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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Hilário

Esse vídeo que circula no YouTube e que tomei conhecimento pelo Zona Cyber é decididamente muito engraçado. É bem verdade que se houver interesse, pode-se conseguir compor um vídeo com situações tão inusitadas com motoristas homens. Mas ainda não encontrei um desses. Por enquanto ...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Revéillon de Fortaleza

O réveillon de Fortaleza foi considerado um sucesso pela sua organização e segurança. Depois de tanta discussão sobre a forma como a contratação dos artistas havia sido feita em 2007, esperava-se um grande esmero dos responsáveis. Parece que isso foi alcançado. Mesmo com esse sucesso atestado, creio que a Prefeitura perdeu mais uma oportunidade de ouro para incrementar a cultura cidadã. Escrevi alguns textos (clique aqui e aqui para ler dois desses textos) sobre como o poder público pode (e deve) ser agente potencializador da educação da sociedade com ações que perpassem a educação institucional feita nas escolas e instituições de ensino. No caso do réveillon, lamento fortemente a escolha artística feita pela Prefeitura. Não que não goste dos artistas convidados ou ponha em dúvida a qualidade dos mesmos, mas acho que o momento poderia ser melhor preenchido com iniciativas mais ricas. Por exemplo, a música clássica de uma filarmônica como a de São Paulo teria um impacto fantástico e agregaria muito mais glamour à festa. Apresentações de balé (que poderia ser inclusive de cearenses com a Edisca) e outras peças músicais, digamos, menos populares combinariam perfeitamente com o momento. Um exemplo magnífico de como isso é bem feito é a cidade de Gramado no Rio Grande do Sul. Lá um concerto com Barítonos e sopranos brasileiros é o ponto alto das festividades e o público formado por turistas e habitantes que, mesmo sem serem apreciadores contumazes, têm a devida sensibilidade para captar a beleza do que lhes é apresentado. Vejam que é esse exatamente o ponto que queria enfatizar. Alguns poderiam dizer que o público, principalmente o cearense, não gosta desse tipo de espetáculo e que não teria a capacidade de apreciá-lo. Discordo fortemente disso. O que lhes falta é oportunidade. Recentemente, o Governo do Estado fez um gol de placa com o patrocínio de apresentações de Artur Moreira Lima na cidade. Um sucesso absoluto. Vejam o que o Jornal O Povo capturou de alguns espectadores:
“Se fosse axé, forró eu não vinha não. A gente tem uma fama de ser um bairro sempre excluído, mas tem muita coisa legal acontecendo aqui e de graça. Se isso aqui fosse pago, com certeza era muito caro”. Clique aqui para ver a matéria completa.

Agora é verdade que há um problema grande com essa minha sugestão. Não combina encher a cara com música clássica, né? É fato. Cabe-nos avaliar que tipo de festa queremos publicamente promover em nossa sociedade e que tipo de imagem queremos que nossos turistas tenham de nossas festas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Convergência de Mídias nas Telenovelas

Li recentemente que a Rede Globo estará lançando uma novidade na sua próxima telenovela. Uma das personagens, um jovem rapaz, será blogueiro. O mais interessante é que seu blog será real, o que permitirá a interação do telespectador. Um passo importante na direção da interatividade nesse gênero de programa televisivo e que abre ricas possibilidades de inovação. O autor da novela já disse que buscará captar o sentimento dos telespectadores através da interação no blog. Admite até que o rumo da estória pode ser decido a partir disso. A Globo inova no Brasil e dá um tom de como a convergência de mídias está a acontecer. Nos EUA já existem, há algum tempo, outros exemplos nessa mesma direção. American Family é um seriado televisivo e o blog de uma personagem tornou-se, além de um espaço interativo no seriado, um lugar para se compartilhar informações sobre problemas e temas relacionados com a típica família americana.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

10 Anos de CIOPS: Ainda Pouca Compreensão

Semana passada, recebi uma singela, mas muito gratificante homenagem do CIOPS de Fortaleza. Na verdade, agora deve ser dito a CIOPS, pois se tornou Coordenação Integrada Operacional de Segurança. Fui homenageado pelos serviços prestados e por ter sido idealizador do projeto. Difícil esquecer o sentimento de desafio que foi a implantação do projeto. No dia 22 de Janeiro de 1999, quando ”viramos a chave” foram alguns meses de adrenalina pura. O termo virar a chave vem do fato de que os links da TELEMAR tinham que ser desviados para os telefones antigos do COPOM da Polícia Militar para os do CIOPS (então Centro e não Coordenação). A população não podia ficar nem um segundo sem atendimento e a mudança tinha que ser feita de forma totalmente transparente. Detalhe: após a virada de chave não tinha mais volta. Embora tenhamos tido intensamente planejado aquele momento, era impossível antever tudo, daquilo que era um projeto pioneiro no Brasil. Foram algumas noites sem dormir com uma equipe aguerrida dentre os quais menciono Coronel Gondim (PM), Major Sólon(BM) e Delegado Róscio além da Amiga e analista de sistemas da ETICE Lúcia Pompeu. Chegada a estabilidade, tornou-se uma referência e visitantes de quase todos os Estados vieram visitar a experiência e copiá-la. Hoje a maioria deles possui um CIOPS nos mesmos moldes. De fato, o modelo CIOPS, embora novo no Brasil, já vinha sendo adotado nos países desenvolvidos há algum tempo. Lamento muito que durante esses dez anos o CIOPS tenha ainda enfrentado tanta desinformação da mídia e mesmo de algumas autoridades. Ainda na semana passada o editorial do Diário do Nordeste deu crédito a consultoria de Bratton pela criação do CIOPS !

A Ciops é fruto do único diagnóstico de qualidade, realizado por consultoria norte-americana, contratada para sugerir a modernização da Segurança Pública no Ceará.

Creio que a carência do sistema de Segurança Pública na época (que era bem maior do que hoje) fez criar o sentimento de que o CIOPS seria o remédio para todos os males. Isso não é verdade, mas um programa persistente de redução da violência em áreas urbanas não pode existir sem uma central de atendimento de emergência eficiente. Antes da existência do CIOPS não havia nenhum sistema de coletas das ocorrências criminais. O telefone 190 estava constantemente ocupado e o atendimento era lento e impossível de ser gerenciado. Repito aqui o que já disse em outros textos em que falei sobre o CIOPS: a existência de um completo sistema de informação com registro de todas as etapas do atendimento é o ponto alto do projeto. Pauta-se assim pela transparência no atendimento, capacidade de planejamento e acompanhamento e medição de produtividade. Evidente que tudo isso de per si não é suficiente para dizer que a qualidade do atendimento é de alto nível. A questão gerencial, qualificação de pessoal e, sobretudo, a estrutura operacional de atendimento na rua da Polícia serão sempre desafios a serem vencidos e darão pano para críticas. É importante, no entanto, compreender o papel do CIOPS para poder criticá-lo de forma a não cometer injustiças com aqueles que nele trabalham, mas principalmente com a Instituição.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Aniversário de Dois Anos

Que delícia poder ler o que escrevi há dois anos atrás no primeiro texto desse blog. Para os que não tiveram a oportunidade de fazê-lo vejam aqui:
Decidi criar meu blog. Depois de algum tempo relutando se deveria fazê-lo, decidi começar. Vários fatores me fizeram relutar. Creio que minhas dúvidas são as de muitos outros ao iniciar: será que alguém vai ler? Será que terei fôlego para manter a interação? Terei fôlego para mantê-lo atualizado? Custou um pouco para perceber que estas perguntas não têm muito sentido. Não tenho obrigação com ninguém, e por isso mesmo não tenho obrigação de mantê-lo atualizado nem de responder a todos que me interroguem. Além disso, não me cobro ter coerência em tudo o que digo, nem estar correto sempre. Escreverei com o nobre sentimento de puder dizer o que sinto e o que penso. Sem ambições, nem pretensões. Só pelo prazer de falar e quiçá de conversar. Vamos ver no que vai dar.

E olhe que já deu muito. A quantidade de acessos triplicou em dois anos. Foram mais de 450 publicações. As reações dos leitores são as mais diversas. Regozijo-me quando comentam meus textos, embora ainda não sejam na quantidade que desejo. Sugestões não faltam. Alguns dizem-me que falo sério demais e sobre coisa demais. Porque não me concentrar em assuntos os quias sou especialista? Ora bolas. Porque não me interessa ficar falando só de trabalho. Provavelmente não teria nem aberto um blog se fosse com esse objetivo. Não que discorde de quem o faz dessa forma, mas não era e nem é meu objetivo. Mas e quais são mesmo os meus objetivos? Leiam o texto entre aspas acima. Os objetivos continuam os mesmos.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Jimmy Wales no Roda Viva

Muito boa a entrevista do criador da Wikipedia Jimmy Wales no Roda Viva. O fato de alguns entrevistadores não entenderem direito como ela funciona teve seu lado positivo. Permitiu que Wales respondesse didaticamente como o projeto nasceu e se desenvolve. O ponto negativo é que perguntas importantes deixaram de ser feitas. Em particular, a relação entre pessoas que consultam e pessoas que atualizam era algo que merecia mais detalhe. Em projetos colaborativos desse tipo é ilusão pensar que todo mundo participa e colabora. Como fazer para manter motivado o grupo que faz as moderações e solicita a colaboração de outros é um dos grandes segredos. Alguns dados interessantes passados pelo próprio Wales são de que proporcionalmente o número de usuários da Internet que usa Wikipedia no Brasil e nos EUA é de cerca 30%. Além disso a Wikipedia em português tem cerca de 500.000 verbetes sendo maior do que a espanhola. A novidade mais interessante é que a reportagem com ele não tem copyright exclusivo da TV Cultura, mas está licenciado em Creative Commons. Isso significa que o programa estará disponível para visualização (clique aqui para acessá-lo). O modelo "Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil" significa que os internautas podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra, além de criar conteúdos derivados. Como contrapartida, a licença adotada estabelece que os usuários não podem utilizar o programa com finalidades comerciais e, caso produzam obras baseadas no Roda Viva, devem distribuí-las sob a mesma licença. A Fundação Padre Anchieta tem o direito de receber os créditos sempre que isso acontecer.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

The Moment em 3D com CNN e Microsoft

A posse de Obama, que os americanos chamam de Inauguration Day além de estar sendo esperada ansiosamente no mundo todo, está aguçando a criatividade dos americanos. Vejam só o que a CNN lançou em seu site para registrar The Moment (hora em que Obama vai estar com a mão em cima da bíblia usada por Lincoln fazendo seu juramento). A rede de TV americana está solicitando que os espectadores presentes tirem fotos e as enviem para seu site. O objetivo é compor um painel em 3D usando o software PhotoSynth da Microsoft. Esse software cria espaços 3Ds a partir de fotos em duas dimensões tiradas a partir de diferentes ângulos. Quanto mais fotos em diferentes ângulos,mais qualidade o espaço 3D possuirá. Por isso, da idéia da CNN de construir o espaço colaborativamente com os espectadores. Você pode usar o software ao clicar aqui (só em Internet Explorer). Vejam como funciona a tecnologia da Microsoft no vídeo abaixo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

WikiCrimes em Italiano

Essa semana uma nova versão de WikiCrimes totalmente traduzida para o italiano está no ar. Trata-se de uma gentil contribuição de Mauro Ferri, um usuário de WikICrimes que mora em Firmini e que se dispôs a realizar toda a tradução. Mauro está divulgando o projeto na Itália inclusive com a Polícia local. Esse texto é uma boa oportunidade de agradecê-lo e dizer o quanto fico feliz que o trabalho colaborativo no projeto esteja indo além do registro de crimes. Veja abaixo uma foto do site em Italiano.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mapas Colaborativos

Estive um pouco distante dos temas de tecnologia. Vou voltar a falar do assunto ao fazer novamente referência a um dos maiores exemplos de participação colaborativa na web, além de Wikipédia. Eu já tinha mencionado a iniciativa da Tom Tom, em que usuários de navegadores com GPS podiam atualizar mapas sempre que tivessem a oportunidade. Pois bem, até hoje já foram realizadas mais de 5 milhões de correções de mapas pelos usuários. Se quiser saber mais, acesse o site do projeto mapshare. Aliás, não é só a Tom Tom que está propondo atualizações colaborativas de mapas. Vi na revista Info outro exemplo. O consórcio OpenStreetMap foi criada há 4 anos na Inglaterra com um objetivo similar ao da Tom Tom: atualizar um mapa-múndi colaborativamente. Mais de 75 mil pessoas do mundo todo já contribuíram com dados. Em Hamburgo, na Alemanha, 300 voluntários mapearam 99,8% da cidade e criaram um livro e um website sobre como viabilizar projetos no OpenStreetMap. O grande diferencial do OpenStreetMap para seus similares como o Google Maps e o Yahoo Maps é que abriu espaço para que cidades um tanto ignoradas por esses serviços, como Bagdá, ganhassem informações mais completas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

História Urbana

Felizmente, muito se tem falado atualmente sobre a necessidade de uma política de ocupação do solo e de ordenamento do espaço urbano em Fortaleza que vem sofrendo há anos com essa carência. Infelizmente as ações públicas e da iniciativa privada demonstram uma enorme miopia para um aspecto que considero essencial: o respeito à história urbana. Estamos sempre derrubando prédios e construindo tudo de novo (de preferência arranha-céus em estilo “moderno” envidraçado). Em minha última viagem a Portugal tive a oportunidade de presenciar uma obra de engenharia civil que exemplifica o tratamento por eles dado a essa questão. A foto abaixo ilustra o que quero descrever. Veja que a fachada da obra é a de um prédio velho, mas que deverá ser mantido. Dentro há um enorme espaço oco, indicando que a obra vai ser de reforma total. Exceto na fachada. Não é a toa que as cidades européias mantêm um estilo próprio e representativo de suas ricas histórias. Lisboa, em particular, é um exemplo que deveríamos seguir. Vejam que temos, aqui mesmo em Fortaleza, exemplos de como vale a pena conservar e restaurar nossos prédios, como o caso dos prédios da Secretaria da Fazenda do Estado e alguns outros nos arredores da Praia de Iracema, mas eles não parecem ser suficientes para a formulação de políticas públicas mais incisivas. Lamentável.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Regulamentação da Profissão de Informática

O primeiro tema que emergiu nos debates, por email, do Conselho de Leitores do Jornal O Povo acabou sendo mais atual para mim do que poderia pensar. Discutiu-se a questão da regulamentação da profissão de jornalista e pude ver logo, logo que era uma questão semelhante a que estamos vendo em várias outras profissões. Em particular, o debate sobre a regulamentação da profissão de informático (até o nome é difícil de definir), que não é regulamentada, acontece há mais de 25 anos. Tema polêmico e que, como tudo o que ocorre na Informática, pela rapidez das mudanças que caracteriza a área, merece reavaliação constante. Dito isso, devo dizer que minha opinião ainda não mudou do que defendo há alguns anos. Compartilho a posição da Sociedade Brasileira de Computação de que não é salutar uma regulamentação que dê reserva de mercado aos formados em Informática. Sei que isso pode parecer um tiro no pé, para um professor que tem demonstrado tanta preocupação com a significativa redução da procura de alunos pelos cursos de Informática. Será que esse não seria uma das razões? Talvez. Mas não acredito que uma visão meramente corporativa deva ser a melhor forma de abordar a questão. Acredito que em uma área em que a multidisciplinaridade é inata, nada pode substituir a liberdade de todos poderem contribuir. Um dos argumentos mais fortes pró-regulamentação é de que ela é necessária para proteger a sociedade, pois determinadas profissões podem causar danos sociais, principalmente os que levam à exposição de vidas humanas. Nestes casos, justifica-se a submissão dos profissionais às regras de órgãos fiscalizadores. Quando esses riscos não são evidentes e a sociedade tem outros mecanismos para sua proteção, como acredito ser o caso da Informática, o melhor é deixar prevalecer a liberdade. O controle social deve ser feito pelo produto ou serviço a ser prestado. Meus alunos poderiam perguntar: mas é justo, professor, passar quatro anos estudando (e há ainda aqueles que fazem mestrado por mais dois anos) e competir com outros profissionais que não tiveram a formação adequada? Bem, se um aluno de informática não conseguir, por sua habilidade, ser melhor do que outros que não fizeram o curso, das duas uma. Ou ele não era tão bom profissional assim e nesse caso a sociedade lucra em não privilegiá-lo, ou o contratante não zela pela qualidade do que estará a produzir e nesse caso o mercado irá avaliá-lo (o dano nesse caso será mais ao contratante). Mas como proteger o contratante? Sabemos que esse não é motivo de preocupação, pois diferentemente de um médico ou de um advogado, o mais comum é que as pessoas físicas contratem o software pronto ou o serviço a ser prestado. Nesse caso existem inúmeros mecanismos para proteger o contratante. Até o direito do consumidor pode ser evocado aqui. O mais típico é quando as contratantes são as Empresas e elas são bem espertinhas para saber o que contratar não? Senão, não estariam vivas no mercado competitivo! Embora compreenda a pressão das entidades que representam os profissionais, desculpem, mas ainda não vejo justificativas para reservas de mercado.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Amy Winehouse

Escutar a música de Winehouse é um prazer e ao mesmo tempo é surpreendente. Seu estilo é próprio e difícil de ser classificado. Em seu DVD gravado em Londres tem de tudo. Um pouco de Jazz, de Reggae, de Rock e até de Bossa Nova. A voz inconfundível e seu estilo extravagante completam a mistura. Pena que ela tenha recebido mais atenção da mídia por sua vida pessoal plena de drogas e deboches. Aliás, não posso dizer que é só a mídia tradicional com seus paparazzi que exploram a vida dela. A Internet nessa hora é um veículo cruel, pois consegue registrar momentos que poderiam cair no esquecimento. Há uma enormidade de vídeos com cenas dela cheirando cocaína, embriagada, dizendo palavrões nos shows. Ou seja, lembrando o tempo todo como Amy é. Será que ela passa por essa fase e se sustenta em pé? Enquanto não sabemos a resposta, vamos escutar músicas no estilo Amy Winhouse na rádio personalizada ao lado e descobrir que tipo de classificação Lastfm vai fazer. Abaixo ela canta “Rehab”: tudo a ver ...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Conselho de Leitores do O Povo

Tive a grata satisfação de ser convidado a participar do Conselho de Leitores do Jornal O Povo. O convite é particularmente gratificante porque as indicações são referendadas pelos editores e repórteres do Jornal e soube que meu nome foi muito bem acolhido. Minha posse, juntamente com outros 14 conselheiros, ocorreu nessa quarta-feira pela manhã. Uma cerimônia muito distinta e que teve dois momentos marcantes: a posse da ombudsman(que a rigor seria ombudswoman) Rita Faheina e o discurso da Presidente Luciana Dummar. A posse de Rita foi precedida da leitura de textos belos e emotivos que descrevem sua personalidade e história no jornalismo. O discurso de Luciana, não menos emotivo, foi marcante pelo fato de ser o primeiro depois do falecimento de seu pai Demócrito Dummar a quem a mesma prestou homenagens e lembrou com carinho. A composição do conselho está em uma matéria do Jornal que pode ser acessada aqui. Para mim, de especial alegria, foi o encontro que tive com o juiz e agora presidente do Fórum Autran Nunes, Judicael Sudário, meu professor há quase trinta anos atrás no Colégio Santa Cecília. Emocionei-me ao receber seus cumprimentos e ao escutar dizê-lo que se lembrava de mim (ainda quando não tinha Vasco no nome!) e acompanhava minha trajetória profissional. Sei, como professor, que nem sempre é fácil lembrar o nome de todos os alunos que temos e tivemos. Senti-me lisonjeado e acima de tudo com uma sensação (egocentrista é verdade) de que não estou passando desapercebido por esse mundo. E o melhor, é que está sendo de forma positiva.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Gaming The Vote: Eleições Podem Sempre Ser Justas?

Gaming the Vote de William Poundstone é um livro que recomendo fortemente. Acabei de lê-lo, aliás, ele é o tipo de livro que se devora com rapidez. Poundstone é um físico formado no MIT e que há mais de vinte anos atrás decidiu escrever livros de não ficção. A biografia de Carl Sagan é um exemplo de um desses livros. Dois outros livros seus The Recursive Universe e Labirynths of Reason foram nomeados ao Pulitzer. Em Gaming The Vote, Poundstone advoga que o sistema de voto majoritário e plural quando se tem mais de dois candidatos é o mais injusto possível. O mais interessante é que seus argumentos são suportados por uma série de estudos que começaram no iluminismo e chegaram ao ápice com o “teorema da impossibilidade” do economista Kenneth Arrow, Nobel de Economia em 1972. Arrow provou que é impossível estabelecer matematicamente um sistema de votação perfeitamente justo. No livro pode-se ter uma noção da história do voto nesses últimos anos com exemplos surpreendentes e divertidos. As falhas no sistema de votação americano permitiram, por exemplo, que os eleitores do Estado da Louisiana nos EUA tivessem que escolher entre um político corrupto e um ex-dirigente da Ku Klux Khan para o Governo. Acho que muitos de nós, brasileiros, já passamos por situações parecidas: ter que escolher entre os dois piores. Pois bem, nada de reduzir nossa estima como eleitores, o sistema é inerentemente defeituoso. A falha no sistema plural, de uma forma simples, pode ser entendida em um caso em que se tem três candidatos sendo que dois deles compartilham idéias e um acaba por prejudicar o outro. Dessa forma o terceiro candidato, que pode nem ser o mais querido, ganha. Poundstone argumenta que isso ocorre com uma probabilidade de 11%. Será que não há algo melhor? Ele acredita que sim e aqui é que a coisa começa a ficar mais interessante. A grande novidade que Poundstone traz a tona é de que o teorema da impossibilidade não vale para eleições onde se fornece um score para cada candidato ao invés de somente colocá-los em uma ordem. Esse tipo de votação já é muito popular na web, onde os internautas estão sempre dando estrelas para vídeos, livros, textos, etc. Os argumentos de Poundstone são muito bem elaborados (pelo menos para um não expert como eu). Se eles vão prevalecer e levar a uma mudança na forma como os representantes são escolhidos nas grandes democracias é uma incógnita. Dada nossa história recente de inovação com o uso do voto eletrônico, estaríamos mais adaptados à mudanças como a proposta por Poundstone? Quem tiver interesse em saber mais, acesse a lista ao lado de livros que recomendo. Ela já está com Gaming The Vote.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Entrevistas com Homens Públicos Tem Que Ser Hard Talk

Acompanhei recentemente duas entrevistas dadas pelo Governado Cid Gomes em programas televisivos, um da TV Diário outro da TV OPovo. Surpreendeu-me a passividade dos jornalistas entrevistadores. As entrevistas acabam por se tornar um espaço de propaganda de ações realizadas ou para externar a opinião do homem público. Raramente as respostas dadas geraram alguma réplica que o levasse a uma argumentação mais detalhada e consistente. Senti limitações dos entrevistadores em relação ao domínio dos dados e problemas da administração pública o que os impediu de realizar questões mais aprofundadas. Acho valiosíssimo que as autoridades venham a público se posicionar frente ao eleitorado, mas da forma como foi feito, deixou um gostinho de quero mais. Abaixo publico uma das entrevistas mais extraordinárias que já assisti. Fernando Henrique Cardoso frente a frente com o jornalista britânico da BBC Stephen Sackur no programa Hard Talk (Conversa Dura). Esse programa é conhecido por suas entrevistas pontiagudas em que o repórter se esmera em realizar perguntas capciosas. É um exemplo de uma imprensa questionadora, mas não posso deixar de mencionar que serve também de exemplo do espírito democrático e da habilidade retórica do ex-presidente. Para entender o contexto, percebam que essa entrevista foi dada em Julho de 2007 no momento em que mensalão e outras crises políticas estavam nos noticiários nacionais.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Retrospectiva 2008 – Parte III

Nessa terceira e última parte da retrospectiva gostaria de mencionar os textos em que contei a Saga da TIM. As desventuras que tive que passar por causa de uma simples (tentativa) de adquirir um modem para transmissão móvel de dados por celular são de fazer rir (para não chorar!). Inovação tecnológica e em especial inovação na área de tecnologia da informação foi assunto recorrente durante esse ano. Minha participação na Câmara Setorial de Tecnologia da Informação foi preponderante para que viesse a refletir sobre os conceitos, problemas e desafios na área. Uma menção especial deve-se a promulgação da Lei Cearense de Inovação. Em Outubro, fiz uma excelente viagem a bela Lisboa para apresentação de um artigo no IBERAMIA. Foi minha terceira viagem a Europa em um ano (acostumei-me a perder malas na TAP!). Na mesma época comecei a me reunir por email e skype com colegas europeus e norte-americanos que faziam parte da Dhalem Koferenzen. Foi um de meus maiores desafios como pesquisador e as discussões em Berlim no final do ano, quando fiquei hospedado na Harnack Haus, preencheram todas as minhas expectativas. Para finalizar, vale a pena relembrar que a festa do ciço manteve a qualidade de meus antecessores. Feliz 2009!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Retrospectiva 2008 – Parte II

Depois de Abril WikiCrimes teve mais (re)conhecimento e diversos outros textos no blog foram dedicados ao projeto. Passei a ocupar espaços em discussões sobre inovação e um desses espaços mais marcantes aconteceu quando fui ao espaço Gafanhoto em São Paulo. A convite de Cazé, quem descobri ser empreendedor na web, fui palestrar sobre WikiCrimes e debater sobre inovação. No entanto, três textos que escrevi sobre políticas públicas foram disparados os mais visitados no blog ano passado. Meu texto mais lido em 2008 foi o que teci considerações críticas à lei seca. Foram mais de 650 pessoas que acessaram o texto. Vale a pena dar uma lida de novo e principalmente nos comentários. O debate foi bem rico e mesmo divertido. Depois de 6 meses de sua aplicação dá para ter uma idéia se a lei foi esquecida ou não. Aliás, o Jornal O Povo ainda essa semana trouxe em sua primeira página a mensagem de que a lei seca tinha cansado. Não menos polêmico e também muito acessado foi o texto que escrevi sobre patrimonialismo. O texto foi escrito num momento em que imagem de alguns representantes políticos cearenses estava desgastada. Por fim, expus minha posição radicalmente contrária ao fato de Governos financiarem times de futebol. Esse tema também foi visitado recentemente pelos jornais quando do acesso do Barueri, que é financiado pela Prefeitura do Município, à primeira divisão do futebol brasileiro. Por falar em esporte, o assunto ainda teve repercussão com três textos em que comento sobre a final lendária de Boston e Lakers, o campeonato de veteranos de basket e as carências do esporte amador. A tríade Moral, Valores e Lei me levou a refletir não somente quanto a lei seca mas sobre ações públicas tomamos e outras que poderíamos tomar. A Segurança Pública foi tema de novo quando escrevi sobre a Polícia que mata e sobre o Ronda Quarteirão. O texto em que transcrevo trechos da música Bohemian Rhapsody do Queen teve a intenção de me explicar aos que poderiam pensar que falar de crimes com tanta freqüência me deixaria incólume aos desastres urbano que vivemos. Continua...