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quarta-feira, 31 de março de 2010

Armando Nogueira


Armando Nogueira

Difícil imaginar que alguém tenha a habilidade inata para fazer poemas e prosas sobre o futebol que Armando Nogueira tinha. Somente alguém loucamente apaixonado e perdidamente enamorado podia ter tanta sensibilidade.  Os amantes do futebol sabem do que falo. Os sentimentos que esse esporte extraordinário traz são tão ricos que reduzi-los à palavra e mantê-la representativa desses sentimentos só pode ser feito por um gênio.  Suas frases são pérolas que vão permanecer por gerações. Aqui embaixo segue algumas delas que mais me agradam. A espiritualidade que contêm ou pelo fato de considerar que as mesmas verdades nuas e cruas me levam a reproduzi-las.

  • Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifundio
  • Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro
  • Deus castiga quem o craque fustiga
  • O calendário do futebol brasileiro não é gregoriano nem juliano, é cartoliano
  • O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela
  • No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica 

  • Pelé era tão perfeito que, se não tivesse nascido gente, teria nascido bola

Para terminar, Vale indicar aquela que parece que fez para esse momento:
  • Um dia, antes do derradeiro apito, ela (a bola) há de morrer, com um gol, no fundo do meu coração



Novidades em WikiMapps


A partir dessa semana estaremos lançando novas funcionalidades em WikiMapps. Desde que o conceito e o site foram lançados, mais de 300 mapas interativos foram criados. Percebemos que muitos não chegaram ao término e não passaram a ser efetivamente usados. Sentimos que nem todos compreendem que um WikiMapp não é o mesmo do Google Maps. Um Wikimapp é um espaço para colaboração e/ou interação. As pessoas podem participar para colaborativamente cumprir um objetivo comum ou podem usar os marcadores no mapa para interagirem. No entanto, compreendemos que a comprensão dessa ideia só poderá ser facilitada quando mais funcionalidades que exprimissem o conceito estiverem presentes. Por isso estamos começando a lançá-las.
Algumas das novas funcionalidades são:
Na primeira versão de WikiMapps os marcadores eram somente pontos representados por ícones. Agora sera possível marcar uma área através de um polígono ou somente uma linha. Dessa forma, sera possível representar um bairro ou uma rota, por exemplo.
Outra nova possibilidade é a de definir diferentes tipos de marcadores. É assim possível, em um mesmo mapa, marcar uma pessoa, um estabelecimento, um evento ou uma denúncia. Dessa forma, o projetista do mapa interativo (wikimapp) terá mais possibilidades de criação.
Percebemos ainda que existem usuários que querem criar um marcador, mas deixá-lo restrito ao seu próprio controle. Ou seja, pode-se ter uma marcador que será criado somente pelo administrador do mapa. Além disso, é usual definir marcadores que tenham uma data de expiração. Por exemplo, um evento como um comício ou um concerto tem data para acontecer e depois disso devem ser apagados do mapa. O projetista do Wikimapp pode agora criar esse tipo de marcador.
Essas mudanças já estão disponíveis na web e todas são gratuiatamente disponíveis aos usuários. Estaremos, nos próximos dias, liberando novas mudanças que referem-se à capacidade de interação dos usuários nos mapas e com a capaciade de agregrar novas informações aos mapas pelos projetistas. Fiquem atentos.

terça-feira, 30 de março de 2010

Novidades em WikiCrimes



Não é só WikiMapps que apresenta novidades, WikiCrimes também tem novas funções. Uma nova versão já está no ar e com ela é possível explorar características sociais. Fica mais fácil para os usuários compartilhar informações sobre áreas perigosas com outras pessoas. Ao entrar no sistema, o usuário agora vai ver imediatamente o mapa de manchas que representa o locais com mais registros de crimes. Na verdade, essas manchas não indicam somente a quantidade de crimes mas uma densidade relativa à área de visualização. Essa densidade é calculada por um método de Kernel que, em linhas gerais, que áreas no mapa apresentam uma maior concentração de crimes. A visão dos alfinetes que indicam crimes específicos marcados na mapa é obtida automaticamente quando o usuário escolhe aproximações (zoom) da área de visualização até se ver o nome das ruas.
As manchas perigosas vistas no mapa podem ser editadas pelos usuários. Pode-se, por exemplo, enviar uma mensagem de alerta aos seguidores do twitter ou amigos do facebook. Nesse caso, um link é enviado como conteúdo da mensagem que, quando acessado, revela a área escolhida do local do alerta com uma breve estatística da criminalidade no local. Além de enviar uma mensagem de alerta, pode-se editar a área para mudar seu tamanho e contornos. Outra novidade é que cada usuário pode dar um nome a uma área identificada como perigosa pelo sistema. Nossa idéia é capturar os diferentes significados e batismos que aquela área pode ter para as pessoas. É uma forma de “taggear” (dar-lhes rótulos) o que pode ser útil na identificação de interesses comuns.

El Secreto de sus Ojos

O filme argentino ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro, El segreto de sus ojos (O segredo de seus olhos) é simplesmente magnífico. Enredo extraordinário, câmera magistral e personagens inspirados. Um dos grandes filmes que já assisti. O Oscar desse ano serviu pelo menos para divulgar esse filme. Não assisti os outros que competiram com ele na categoria de filme estrangeiro, mas que é melhor do que Avatar e Guerra ao Terror juntos, disso eu não tenho a menor dúvida. Não deixem de vê-lo quando entrar em cartaz aqui em Fortaleza. Vejam abaixo o trailer.

domingo, 28 de março de 2010

Marcadores com Associações

Mais novidades em WikiMapps. No final de semana, lançamos uma nova versão do site. Fizemos uma das maiores modificações, desde que Wikimapps foi lançado, na direção de prover cada vez mais aos mapas gerados, características que promovam interatividade e colaboração entre os usuários. Vale lembrar que um WikiMapp envolve os conceitos de colaboração e interação em mapas.

Um marcador é o que representa o conceito a ser mapeado. Pode ser um evento, uma pessoa, um estabelecimento, etc. O que WikiMapps está agora permitindo é que os usuários possam se associar a um marcador. Essa associação assume o significado que o projetista do mapa quer fornecer. Isso é definido na hora do projeto do WikiMapps. Por exemplo, em um mapa usado para mapear jogos de futebol, um marcador pode ser um jogo específico e os usuários podem se associar ao marcador dizendo que vão ao jogo. Pode-se assim pesquisar, para um determinado marcador, quem vai ao jogo e inclusive descobrir quem são os amigos ali associados.  

Um exemplo interessante de como isso está sendo feito pode ser visto abaixo no mapa desenvolvido para identificar as escolas que possuem alunos que vão participar das Olimpíadas Brasileiras de Química (OBQ). No WikiMapp OBQ, os coordenadores da Olimpíada e as escolas começam a ser mapeadas. Os alunos que vão realizar as provas se inscrevem nas escolas e podem interagir com os coordenadores e com os outros participantes. Vejam abaixo como fica a janela de interação nesse caso.



quinta-feira, 25 de março de 2010

Tenis e Cerveja: Para rir

Semana passada mencionei o vídeo da Devassa com Paris Hilton. Hoje, publico um outro vídeo publicitário sobre cerveja. Bem menos devasso, é verdade, mas muito criativo.

Estaleiro no Titanzinho em Fortaleza: Minha Opinião

Ideologia, Eu quero uma pra viver
Cazuza

A novela sobre a instalação do estaleiro em Fortaleza motivou-me a escrever esse textos, um pouco maior do que os que normalmente faço, mas que senti-me impelido a fazê-lo. Para os que não são familiares com a questão, vale a pena uma pequena introdução. Uma licitação feita pelo governo federal para construção de estaleiros no País teve como um dos vencedores uma Empresa que deseja construir um deles na cidade de Fortaleza. O local escolhido foi a praia do Titanzinho, local conhecido na cidade pela adequação à prática do surf. Não se trata de um dos pontos turísticos da capital sendo mais explorado pelos habitantes da cidade e moradores da região. Embora sem infra-estrutura turística a praia é bem dentro da cidade.

O Governador do Estado, Cid Gomes, assumiu pessoalmente a causa pró-instalação, pois vê vários pontos positivos do empreendimento, em particular, a criação de empregos. Os que são contrários ao empreendimento argumentam que os impactos negativos, por exemplo, por questões ecológicas não justificam o entusiasmo do governador. O surpreendente é que os que contrários são, em maioria, membros da coligação que apóia o próprio Governador embora mais ligados à prefeita de Fortaleza. Cheguei a assistir um debate entre o líder do Governo na Assembléia(do PT) contra o líder da Prefeitura na Câmara Municipal (do PT). Foi exatamente esse debate e uma declaração do líder do governo, Nélson Martins, que disse que a questão do estaleiro não era ideológica, que me motivaram a escrever sobre o tema.

O contexto é bem complexo e compreendê-lo e analisá-lo não pode ser feito em poucas linhas. Não tenho conhecimento técnico nem todas as informações sobre o empreendimento, mas ao escutar os discursos de lá e de cá fui gradativamente tendo o sentimento que não era necessário tanta profundidade para tecer os comentários que seguem. Creio que o debate inteligente pode nos fazer mais fortes como sociedade. Infelizmente, não me parece ser isso que ocorre.

Vejo o imbróglio como emblemático da falta que nos faz uma ideologia. E aqui quero dizer que não me refiro à ideologia no sentido crítico e até pejorativo de instrumento de dominação e convencimento alienador da consciência humana. Refiro mais ao sentido neutro “de conjunto de ideias, de pensamento ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas” (segundo a Wikipedia).

As partes têm tentado vários argumentos para defender o ponto de vista. E nesse tocante cometem alguns absurdos. Primeiro. Decidiram escutar a comunidade que mora na região. E desde quando uma decisão dessa magnitude só afeta a comunidade que vive na região? O Governador chegou inclusive a dizer que se a comunidade não quisesse, ele desistia do empreendimento (só não disse como ele pensa em medir o sentimento da comunidade). O fato de freqüentar ou não o Titanzinho não desmerece a opinião de nenhum Fortalezense para uma questão desse porte.

Outra coisa que não aceito é quando começam a argumentar que os estudos técnicos vão decidir a instalação ou não do estaleiro. Balela. A não ser que o empreendimento fosse absurdamente degradante do meio ambiente (aliás, se assim o fosse, seria identificado e barrado nos órgãos técnicos que liberam alvarás para sua instalação). Os estudos técnicos só vão suportar um ou outro ponto de vista que se quer defender. A questão climática ambiental em escala global tem nos mostrado o quanto se pode encontrar estudos técnicos para suportar as mais diversas teorias.

Por fim, a politicagem entrou em cena. A Prefeita Luizianne Lins decidiu apresentar um projeto controverso (saído do forno, bem quentinho) para o local. O projeto transformaria o local, com praças e parques. O dinheiro para tal, ninguém sabe de onde vem, nem quando vem. A iniciativa serviu para acirrar os ânimos. A credibilidade de que o mesmo seja implementado é baixíssima. Isso fez então com que aqueles que já não pensam muito, pensassem menos ainda (ou passassem a pensar da forma pequena como muitas vezes o fazem) : “Se a Prefeita é contra, eu sou o favor”, “a prefeita nem faz, nem deixa fazer.

No centro do debate “Titanzinho” deve estar uma questão ideológica, sim: que tipo de desenvolvimento se quer para a cidade. A primeira coisa a se fazer é reconhecer que qualquer que seja a decisão, há prós e contras. Ideais são fundamentais para unir uma sociedade. Para passar uma mensagem de que se reconhece o que se perde, mas que se acredita no que se faz. Nada de visões simplificadoras e lineares de que se pode tudo prever, nem pelos melhores estudos técnicos. Por isso, digo que a ideologia é fundamental. De um lado, o argumento de que a oportunidade de trazer o desenvolvimento econômico, necessário à região, justifica os malefícios que por ventura podem trazer. De outro lado, o argumento de que embarcar no estaleiro (com o perdão do trocadilho) não é sustentável a longo prazo e é incoerente com uma visão voltada ao turismo e mesmo ao desenvolvimento econômico futuro. Um impasse bem representativo do mundo em que vivemos durante esses últimos cem anos.

Por fim, minha ideologia. Creio que já está na hora de agirmos concretamente na direção de outro tipo de desenvolvimento. Os impasses tipo Titanzinho marcam o fim de uma era de desenvolvimento: a era industrial. Chega de pensar que porque uma certa região é carente ela aceita qualquer tipo de desenvolvimento. Queria saber se o local mais adequado para fazer o estaleiro fosse o Porto das Dunas se alguém teria coragem de propor sua instalação lá. Chega de tripudiar da nossa enorme riqueza que é nossa orla marítima. Gerações futuras não esquecerão das decisões como a que estar a ser tomada. Ainda hoje não consigo entender como temos um IML(em expansão, aliás) e uma estação de tratamento de dejetos no belíssimo mirante da praia do Pirambu. São exemplos de intervenções estatais equivocadas que, se não mataram, dificultaram fortemente, a possibilidade de crescimento turístico da área. A conseqüência é a manutenção de uma condição econômica desfavorável para a população dos arredores. O impasse do estaleiro exige da sociedade fortalezense uma mensagem clara de que estamos conseguindo ver um futuro diferente. Digo-lhes, os investidores estrangeiros vão compreender a rejeição, pois seria o mesmo que ocorreria nos seus países de origem. Se não fizerem negócio agora, lembraram da cidade quando quiserem fazer um negócio em um local onde a sociedade sabe o futuro que quer.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Consensos Ocos na Segurança Pública

Achei ótima a expressão que me parece ter sido cunhada por Al Gore que em português está sendo dita “consenso oco”. Já ouviram falar disso? A expressão nasceu no contexto da luta pela preservação do meio-ambiente e do aquecimento global. A senadora Marina (pré-candidata à presidência) tem repetido e divulgado a expressão e acima de tudo o que ela representa. Refere-se à uma aceitação passiva das pessoas às causas dos problemas. Por exemplo, acredita-se que é importante acabar com a pobreza e educar a população, então, podemos passar para outro assunto porque já estamos em acordo. Dito isso, não se faz mais nada. Não se discute, por exemplo, como fazer para que o problema aceito consensualmente seja resolvido. Como se viabiliza recursos para isso? A consequencia é a contínua inércia ao processo. Vejo algo similar ocorrendo na Segurança Pública nos dias atuais. Os jornais O Povo e Diário do Nordeste têm repetidamente realizado cadernos sobre a crítica questão da Segurança Pública no Estado. Sempre escuto depoimentos de especialistas, ativistas e governistas que colocam culpa na desigualdade, falta de Estado, desagregação familiar e todo tipo de doença da nossa sociedade. No rol das sugestões estão passeatas pela paz, participação da sociedade e criação de uma cultura de paz. É um caso típico de consenso oco. Faz-se de fato o quê? Já tinha escrito sobre isso em textos desse blog. Dizia (o que ainda acredito) que pode-se fazer muito para atenuar o problema com ações imediatas na Polícia e em projetos de prevenção em geral. Outro cliché é quando se diz que Segurança é um problema de todos. É verdade, mas calma. Isso não pode ser usado para servir como escudo ou desculpa para que os atores que tem obrigação de agir, não o façam eficazmente. É esse o debate que precisa ser feito. Aqui sim a participação da sociedade é essencial. É preciso criar mecanismos de cobrança e avaliação da efetividade das ações em andamento.

segunda-feira, 22 de março de 2010

QR Code em WikiCrimes



Os mais observadores podem ter percebido no texto da semana passada em que falei das novidades de WikiCrimes um símbolo de um QR Code na janela de envio de alertas de locais perigosos. Essa é outra grande novidade de WikiCrimes e que queremos explorar fortemente a partir de agora.

Já havia mencionado o que era o QR Code, mas para os que não conhecem o conceito aqui vai uma breve introdução. Trata-se de um código (como um código de barras) que pode ser lido por câmeras de baixa resolução como as dos celulares. QR vem de Quick Response (Resposta Rápida). Foi inventado pelos japoneses há cerca de quinze anos, mas como tem limitações para representar textos grandes (normalmente só representa 100 caracteres), não tinha encontrado muitas aplicações. Só agora começa a ter maiores utilidades, pois como os celulares começam a popularizar o acesso à Internet, os QR Codes podem representar links para web, o que facilita o acesso aos mesmos sem necessidade de digitação ou memorização.

É exatamente esse o uso que estamos dando ao QR Code em WikiCrimes. O usuário pode gerar um link que mostre uma área de WikiCrimes e representá-lo por um QR Code. O código pode assim ser impresso e o papel com o mesmo pode ser colocado em qualquer lugar (normalmente, esperamos colocá-los no mesmo local a que se refere o link). Qualquer pessoa, pode assim, de seu celular, ler o código e acessar automaticamente o link na Internet. Será uma espécie de placa “Saiba sobre a segurança daqui” de forma eletrônica. Começaremos a distribuir esses códigos em Fortaleza juntamente com outro projeto que estamos concebendo com colegas publicitários (mas que falarei mais em outra oportunidade).

Lembrem-se dos requisitos que você deve cumprir para conseguir lê-lo:
- Um leitor de QR Code no seu celular (você pode baixá-lo aqui)
- Um celular que acesse a Internet
- Um celular com câmera filmadora ou fotográfica.

Agora, já sabem, se ao andar por Fortaleza, virem um QR code desse espalhado pela cidade, usem seus celulares pode ser indicações de locais perigosos.

Acessem WikiCrimes e gerem QR Code das áreas que quiser alertar. É o mesmo procedimento que descrevi no texto passado. Para começar a se exercitar, “leiam” o que está acima desse texto e vejam como ele funciona. Quem me diz que área o código representa?

De retorno

A partir de amanhã, estarei escrevendo novamente nesse espaço. O servidor Blogueisso está fora e resolvi voltar. Mantenho-os informado sobre qual espaço utilizarei definitivamente.