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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Como mudar de plano na TIM ou crônica de uma saída anunciada


Deixem-me logo dizer aos que acessam este texto com o objetivo de ter instruções sobre como proceder junto a TIM para mudar um plano, saiba que não tenho tais informações. Acho mesmo que a melhor forma de mudar um plano da TIM é trocando de operadora. Foi o que fiz. Não busquem aqui maiores instruções.

Não bastasse a má qualidade da rede de transmissão, conheci o serviço de atendimento que não deixa nada a dever ao primeiro. ERA cliente da TIM há mais de 15 anos. Não que ache que tenha me tornado um cliente tão antigo devido a qualidade do serviço prestado. Foi muito mais por comodidade. Mesmo depois da portabilidade, vi-me preso em um hábito por demais estranho que adquiri: conviver com ligações que caem e caem. E pior, pagando caro.

Tinha um plano família que mantive, porque em um primeiro momento não me era vantajoso a troca por planos mais modernos. O problema é que com o tempo ele foi se tornando muito caro e vi-me obrigado a muda-lo.

Como não gosto  de atendimento telefônico de callcenters (tem alguém que gosta?) decidi ir até a loja da TIM. No way. Fui informado que teria que concretizar a mudança por telefone, mas que não me preocupasse, eu seria contactado. Isso foi no começo de agosto. De lá para cá nunca recebi uma ligação da TIM. No entanto, liguei algumas vezes (creio que foram pelo menos oito tentativas).

O cenário mais comum era a ligação cair. Interrompida minha conversa,  tinha que começar tudo de novo. Nas primeiras tentativas tinha senso de humor e brincava como os atendentes dizendo que o atendimento via TIM era digno de TIM. Slogan: ligações que caem o tempo todo.

O segundo cenário mais comum era o de ser necessário transferir a ligação seguido de perto pelo cenário “um momento o sistema está muito lento”. Dá para perceber que esses dois cenários potencializam o primeiro, não é? Por exemplo, a probabilidade da ligação cair na transferência de ramal aumenta.

Em nenhuma de minhas tentativas consegui encontrar alguém que realizasse a mudança. O máximo que consegui foi que me dissessem que em 48 horas (não sei porque esse número !) alguém me ligaria para realizar a mudança. Até hoje, nada. Será que me enganei? Teriam sido 48 meses? Foi então que comecei a pensar que aquilo tudo fazia parte de um plano da TIM para me colocar para fora. Os que me conhecem sabem de minha teimosia genética. Decidi insistir e continuar  ligando. Não iam conseguir me fazer desistir tão fácil J

Passados uns dias fui me convencendo que não tinha como ganhar essa batalha. Eles eram mais forte do que eu. Me queriam fora e iam acabar conseguindo. Não sei muito bem porque, mas ficava evidente que a TIM me detestava. Tinham algo contra mim. Talvez fosse porque pagava a fatura com débito em conta e nunca atrasava. Nunca paguei multas. Isso deve tê-los entediados. Desisti.

Antes que pensem que posso aqui estar fazendo alguma promoção de outra operadora, digo logo que não é o caso e por isso mesmo não vou nem nomea-la. Confesso que não alimento muitas esperanças de ter um serviço muito melhor do que tinha, a precariedade do serviço prestado por todas é o padrão. Só acho que a TIM passou dos limites, literalmente, além das fronteiras (pelo menos das fronteiras de minha paciência).

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Novo Castelão. Por uma nova torcida


O psicólogo social e historiador Michael Shermer em seu livro “The Science of Good and Evil” abre interessante debate, por um ponto de vista evolucionista, sobre a natureza humana no que se refere a moral e a ética. Em especial, ele aponta para vários estudos que dão evidências de como os seres humanos são “maleáveis” e podem agir de forma amoral. Análises com experiências científicas ou por observação de fatos históricos como o Holocausto mostram que uma das coisas que pode gerar comportamento violento de uma pessoa é simplesmente o contágio por um grupo.

Lendo seu livro lembrei-me do que acontece nos estádios brasileiros e de como a sociedade está cada vez mais refém dos atos de violência das torcidas organizadas que se alastram e que agora não ocorrem somente em estádios e seus arredores. Escuto sempre afirmações de que os atos de vandalismo e violência desses grupos é obra de poucos e etc. Acho uma simplificação perigosa. Esses poucos conseguem contagiar outros que acabam agindo, talvez inconscientemente, de forma similar.

O fato é que não há mais justificativa plausível para aceitar torcidas organizadas em estádios de futebol. Promover o agrupamento de pessoas em um espaço com o intuito de se preparar para uma batalha é, parafraseando Roberto Jefferson, “provocar os instintos mais primitivos” das pessoas. Estamos recorrentemente nos omitindo de tomar decisões definitivas quanto a questão. O novo PV foi uma oportunidade perdida como mostrou o último jogo do Fortaleza na Série C. Cometeremos o mesmo erro com o novo Castelão?

A proibição das torcidas organizadas deve vir imediatamente seguida da instituição da prática de se vender ingressos com lugares marcados. Se é verdade que são poucos os vândalos capazes de provocar tanta violência, distribuídos no estádio eles terão diminuída capacidade de agregar seguidores e de formar facções fanáticas. No mundo desenvolvido, os eventos esportivos são espaço de festa, emoção (nem sempre só de alegria, é verdade), mas nunca de guerra. Teremos que instituir essa prática na Copa das Confederações bem como na Copa do Mundo, por imposição da FIFA. Oportunidade melhor não há. Afinal, a quem interessa a situação reinante?

* artigo publicado no Jornal O Povo de hoje, coluna Opinião

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cidades Inteligentes Europeias


Já escrevi sobre cidades inteligentes (Smart City) algumas vezes aqui no blog. É um conceito que vem de mais em mais sendo usado com caracterização diversa. Recentemente descobri esse estudo desenvolvido por Universidades da Austria e Eslovênia. Eles elegeram as cidades inteligentes com base em diversos critérios. O mais inovador é que o recorte de cidades participantes foi feito com base no tamanho da cidade. Somente cidades de até 500 mil habitantes foram consideradas elegíveis. Já é um critério muito interessante. É reconhecer que as megametrópolis são per se pouco inteligentes.

Foram seis os aspectos investigados para ranquear as cidades: governança, pessoas, mobilidade, economia, meio ambiente e bem estar (qualidade de vida). As características consideradas podem ser vistas na figura abaixo, O estudo completo pode ser acessado aqui. A lista das vinte mais também está abaixo. Sem surpresa, as cidades nórdicas dominam os primeiros lugares. Itália, Portugal, Grécia e Espanha não possuem nenhuma cidade entre as primeiras. Um fosso entre Norte e Sul dentro do próprio velho continente.






sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Bebida para menores: um dever de todos



Quando estive em D.C recentemente, fui jantar com minha filha no Ruth’s Chris, um restaurante super agradável que sempre que posso visito nos EUA. Aliás, recomendo. Minha filha pediu uma bebida alcóolica (não lembro bem qual), uma espécie de coquetel. O garçom educadamente pediu que ela lhe mostrasse um documento de identidade para saber sua idade. Nunca tinha presenciado isso antes. Ela tem 22 anos e nos EUA bebida para menores de 21 são proibidas e eles levam isso muito a sério.

Minha filha disse-me que já está acostumada. Em todos os lugares em que vai e que decide beber algo sempre a solicitam a comprovação da idade. É isso que precisamos compreender que fortalece uma sociedade. Não entro no mérito de qual idade mínima é a adequada. O fato é que se a sociedade decidiu que menores não podiam beber com uma certa idade, não cabe exclusivamente às autoridades zelar pela manutenção da lei. É uma tarefa de todos.

Evidente que sabemos que os americanos são bastante rigorosos quando se trata de punir os que desobedecem  a lei, mas afirmo com certeza que a Polícia não sai entrando em restaurantes para dar batidas em buscas de menores bêbados. Isso na verdade é  inadmissível, pois feriria direitos individuais básicos e todos lá sabem disso. Seguem a lei porque concordam com ela e sabem que têm o dever de zelar por sua aplicação.

Nunca presenciei cena similar no Brasil. Quando era jovem também nunca fui proibido de ter acesso a bebida em lugar nenhum (se bem que não recorria a tal expediente com frequência J). Esporadicamente, vejo a movimentação do Ministério Público em festas como o Fortal e outras onde a presença de jovens é muito grande em busca de coibir o uso indiscriminado do álcool. É um exemplo claro de algo necessário, mas largamente insuficiente.

Reparem que estou a falar da nossa postura com relação ao uso de bebidas alcóolicas, mas o mesmo discurso vale para outros delitos e abusos que vamos nos acostumando a aceitar. Vide o problema crônico da prostituição infantil que nos é tão presente. E desta e outras vamos repetindo com vulgaridade o bordão de que Segurança Pública é dever de todos. Estamos entre esses “todos” ou não?  

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O que nos dizem os dados criminais


O Anuário da Segurança Pública 2012 , produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança é um documento que revela não só as altas taxas de violência que continuam nos demarcando negativamente em comparação com boa parte do mundo, mas evidencia ainda a vulnerabilidade de nossas instituições policiais em uma atividade básica como contar crimes. 
 Nele pode-se inferir que as polícias ainda tratam a coleta e divulgação de dados sobre crimes como uma obrigação, pois sentem-se pressionadas a informar a sociedade, mídia, ministérios, etc. Como não o fazem por necessidade cotidiana, o fazem muito mal. Não seguem padrões, só divulgam aquilo que os interessa e não se integram com dados de outras esferas. Segundo o Anuário, o Ceará, por exemplo, não informou ao Ministério da Justiça nem a quantidade de ocorrências de roubos em 2010 e continua sem informar essa quantidade em 2011.
A maioria das polícias, dentre as quais as cearenses, não informou também as mortes provocadas por policiais, seja em serviço ou não. Tal estatística é condição mínima para a criação de uma política para reduzir as ações de uso abusivo da força.
O mais surpreendente é que, em alguns Estados, boa parte das ocorrências de crime que levaram à mortes são classificadas como “a esclarecer”. Ou seja, sabe-se que houve uma morte, sabe-se que foi em decorrência de violência, mas não são classificadas. Esse fenômeno não é totalmente injustificado, pois nem sempre se pode imediatamente determinar a causa mortis, mas o que surpreende é a frequência e taxas crescentes com que vêm ocorrendo. Aqui no Estado, elas chegaram em 2011 a 17,8% das ocorrências, no Rio de Janeiro, a 37%. Isso faz com que as taxas oficiais, por exemplo de homicídio, tenham baixa credibilidade.
Essa realidade só evidencia um modelo de polícia que se esgota. Os dados não são confiáveis porque são usados raramente pelas próprias polícias. Para fazer o policiamento que se faz hoje, é bem verdade, não são tão importantes. O desafio é avançar para um novo modelo de polícia com foco na resolução de problemas, na investigação e na inteligência Assim, a melhoria da qualidade dos dados sobre crimes virá como consequência, bem como por necessidade.
* Artigo publicado hoje na coluna Opinião do Jornal O Povo

domingo, 11 de novembro de 2012

O Futuro do Jornal On Line


O site mashable fez um interessante infográfico mostrando como tem aumentado o número de jornais  que passaram a adotar a obrigatoriedade de pagamento para acesso de notícias on line.

Os americanos passaram a chamar essa prática de Paywall. O New York Times (NYT), embora não tenha sido o primeiro, pelo seu porte, estabeleceu um marco quando adotou a prática no começo de 2011. O leitor paga em torno de U$ 15 a U$ 35 mensais. Desde então ela só tem crescido. Já são mais de 300 jornais que exigem pagamento para a leitura das matérias.

Podemos dizer que isso é a solução para o jornalismo em crise de modelo de negócio? Não é tão simples assim. Paywalls geram uma diminuição grande de acesso ao site. Em alguns casos a queda é de mais de dois terços. O NYT teve um grande incremento da sua tiragem impressa depois da medida, mas outras publicações estão às portas da falência. A acompanhar.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Anuário 2012 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública


O lançamento do anuário 2012 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) sobre a realidade da Segurança Pública no País continua, infelizmente, sendo um evento midiático. Digo infelizmente não como uma crítica ao anuário, à imprensa, nem muito menos à iniciativa do Fórum em produzi-lo, mas ao fato de se caracterizar como um evento por jogar luz nas enormes deficiências das instituições públicas que atuam na área.

Primeiramente o anuário revela as altas taxas de violência que continuam nos diferenciando de boa parte do mundo e em especial dos países com desenvolvimento econômico similares ao nosso e que tanto gostamos de nos comparar.

Não fora somente por isso, ele é também um evento, por evidenciar a vulnerabilidade de nossas instituições em uma tarefa tão básica como contar crimes. Ele mostra de forma inconteste que essa tarefa não é feita de forma correta em boa parte dos Estados.

Vejamos alguns exemplos. Para começar é preciso fazer um esforço em classificar os Estados em grupos que se caracterizam pela qualidade do dado que fornecem ao Ministério da Justiça via Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Sem isso as comparações e diagnósticos ficam prejudicados e podem levar a interpretações equivocadas.

Em 2011 foram quinze os Estados considerados como fornecedores com dados com qualidade (não necessariamente os mesmos de 2010). O primeiro parâmetro para tal classificação foi uma comparação com os dados do Datasus que possui um banco de dados que contabiliza mortes por agressão. Divergências muito grandes são indicadores de falta de qualidade. O Amapá, por exemplo, forneceu a SENASP informação de que haviam ocorrido somente 6 homicídios em 2011, muito embora o Datasus tenha registrado cerca de 180 mortes por agressão.

O outro parâmetro para classificar os Estados é a frequência e abrangência dos dados que são informados esses dados a SENASP. Alguns Estados simplesmente não informam alguns dados básicos. Estados ricos como Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina não informam adequadamente as informações a SENASP. O Ceará, para não ficar por fora, não informou a quantidade de ocorrências de roubos em 2010 e continuou sem informar a quantidade para o mesmo fato em 2011.

Pouquíssimas polícias contabilizam as mortes provocadas por policiais seja em serviço ou não. Desta forma, não podem dizer que têm alguma política para reduzir uma das chagas que vêm marcando as forças policiais desde o Estado Autoritário: o uso abusivo da força.

Vê-se ainda que boa parte das ocorrências de crime que levaram a mortes são categorizadas como “a esclarecer”. Ou seja, sabe-se que houve uma morte, sabe-se que foi em decorrência de violência, mas não são caracterizadas nem como homicídio, latrocínio, lesão seguida de morte, enfim, são a serem esclarecidas. Esse fenômeno seria até compreensível, pois nem sempre se pode imediatamente determinar a causa mortis, mas o surpreendente é a frequência e taxas crescentes com que vêm ocorrendo. Seria uma tentativa de maquiar a realidade?

No Rio de Janeiro, por exemplo, do total de 6620 ocorrências que levaram a morte, 37% delas são “a esclarecer”. No Ceará, a taxa também é crescente e já chega a 17,8% das ocorrências. Vale ressaltar que não estão aqui inseridas as ocorrências de suicídio e tentativa de suicídio, que aliás, também estão em alta em alguns Estados.

O Ceará, segundo dados coletados pela SENASP à própria Secretaria de Segurança e Defesa Social do Estado, é um dos Estados da Federação onde mais há ocorrências registradas pela polícia de suicídios ou tentativas em 2011. Um número alto a ser investigado, se não pelos os estudiosos em segurança, pelo menos para os responsáveis pela saúde pública. Os números contrapõem-se ao nosso senso comum de que somos um povo acima de tudo alegre e que chega mesmo a fazer humor com nossa desgraça.  Ou seria outra forma errônea de contar as ocorrências?

Tem muito mais a ser investigado nos dados do anuário. Trata-se de rica fonte de informação para aqueles que querem entender nossa realidade na área de Segurança Pública. Como já escrevi aqui no blog, nossas deficiências em contar crimes são evidências fortes de que nosso modelo de polícia está esgotado. Os dados não são confiáveis porque não são usados. Não são usados porque não são considerados importantes. Para fazer o policiamento que se faz hoje, é bem verdade, não são importantes mesmo não.

Para mim, um profissional da área de Tecnologia da Informação, a frustração é ainda maior. Considerando todos os recursos investidos em Tecnologia da Informação dos últimos anos, todas essas deficiências me levam a crer que ainda por cima estamos jogando muito dinheiro fora. Além da queda, o coice.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sandy: Fatos e Versões


Conheci com perfeição o que significa a expressão “coração apertado” na semana passada. Estive em Washington D.C. brevemente o que me deu a oportunidade de encontrar com minha filha que está morando e estudando em Manhattan. Matei um pouco da saudade, mas o furacão Sandy forçou-nos a reduzir nossa estada. Nossa despedida no domingo foi muito difícil. Eu fugia de Sandy de volta ao Brasil, mas ela ia justamente em sua direção em New York.

Os dias seguintes  deixaram-me em constante angústia e agonia. Esses sentimentos eram alimentados pelo acompanhamento do noticiário televisivo, em especial, o jornalismo americano. Não demorou muito para perceber o quanto os noticiários eram dramáticos, exagerados e não informativos.

De uma foram geral, a cobertura midiática foi sofrível. Vi claramente que havia pouca informação a prover. Faziam drama de tudo. Informação que é bom, nada. Na verdade, não havia muito a informar. O essencial foi que o furacão havia causado desgastes materiais, havia afetado o fornecimento de energia elétrica e provocado a paralisação dos meios de transporte. Isso pode ser dito em um Tweet. Nos jornais televisivos isso tinha que render. Por isso buscavam dramas, de pessoas angustiadas, tristes e de preferencia desesperadas. Tiveram dificuldades em encontra-las. Solução: blá, blá, blá, blá.

Mas tal fato não se restringe somente a imprensa televisiva e nem muito menos a imprensa americana. O jornal O Povo, por exemplo, em sua página de capa da quarta-feira dia 31 de outubro, consegue fazer uma absurda comparação entre o 11 de Setembro e os efeitos do Sandy. A diferença de mortos entre as tragédias não permitiu ao jornal perceber que de fato o que era mais relevante noticiar foi como um fenômeno de proporções catastróficas como Sandy levaram a tão poucas causalidades. Creio que o Katrina ajudou aos americanos a serem excessivamente cautelosos. Minha versão é que Sandy causou desgastes grandes materiais, mas a imprensa entrou no rolo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Imponência e a Modernidade Urbana em D.C.



Estive brevemente em Washington D.C. para apresentar um artigo científico na Universidade de George Mason. Aliás, saí de D.C. quase fugido do furacão Sandy (mais devastador do que devasso).

Sempre me surpreendo com essa cidade soberbamente bem organizada, limpa, bonita em todos os seus ambientes. Vale a pena a visita. Tive informações técnicas privilegiadas de uma brilhante estudante brasileira (por coincidência, minha filha) que estuda em New York e me acompanhou nas minhas andança. Falou-me sobre a história das escolhas urbanas da capital americana. A imponência  das grandes construções públicas é ressaltada por suas conexões  através de largas avenidas que, quase sempre em diagonal, criam um desenho bem particular desta cidade ímpar.

Não posso deixar de enfatizar: a bicicleta tem sua relevância. Ela tem seus espaços, pode ser alugada de um lugar a outro e é comum ver demarcações nas ruas onde elas têm espaço compartilhado com os carros. Nada de achar que tudo é ciclovia como já cheguei a mencionar aqui.

Difícil encontrar algo para criticar nessa cidade, certinha demais. Adicionam-se ao desenho particular, alguns exemplos simples de uso da tecnologia no espaço urbano que creio valerem menção. Os parquímetros são alimentados por energia solar. Vejam em foto abaixo. Eles nem têm tanto sol como nós, mas o usam bem melhor. Ainda sobre o sistema de estacionamento, o pagamento dos espaços pode ser feito por telefone celular: mobile parking (veja o vídeo abaixo para saber como funciona). Como já disse também por aqui no blog, os smartphones no futuro breve também serviram para falar :-)) Para os antiamericanos, não visitem D.C. terão ainda mais raiva deles (mas, se puderem reconhecer a inveja, fará bem J).