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domingo, 21 de dezembro de 2008
Dahlem Konferenzen – Representantes
Só agora que acabou tive tempo de organizar as idéias discutidas em Berlim na Dahlem conferência. Vou começar falando da diversidade de pesquisadores presentes no grupo que foi, pelo meu ponto de vista, um dos fatores mais positivos da reunião. Sem querer entrar muito em detalhe, nós pesquisadores estudamos e discutimos sobre como é possível definir modelos matemáticos (aqui inseridos os modelos computacionais) para representar aspectos da vida em sociedade. O objetivo foi o de definir uma agenda com temas e questões de pesquisas que sejam direcionadores das pesquisas a médio prazo no tema. Éramos 40 pesquisadores de diversas partes do mundo representando áreas diversas como Economia, Sociologia, Criminologia, Física, Matemática e Computação. A representação por nacionalidade dos pesquisadores era a seguinte Alemanha 12, EUA 8, França 5, Reino Unido 4, Dinamarca 2, Suiça 1, Suécia 2, Holanda 2, Austrália 1, Brasil 1, Romênia 1, Itália 1. Vejam que do hemisfério sul somente um australiano e eu fomos convidados. O convite foi formulado pelo conselho da Dahlem Konferenzen, formado por professores da Universidade de Berlim e pelos organizadores e moderadores escolhidos para discutir o tema. A escolha foi baseadas no currículo dos pesquisadores e, principalmente, nas publicações científicas realizadas no tema em questão. Minha participação deveu-se as publicações realizadas no contexto de simulações de crime. WikiCrimes ajudou ainda a tornar-me, digamos, “mais popular”. Aliás, durante a conferência fui convidado a dar uma entrevista, juntamente com um colega holandês, para uma rádio alemã em um programa que fala sobre ciência. Dois aspectos merecem menção. Primeiro, ressalte-se que crime é notícia até em países com índices baixíssimos de criminalidade. Dentre os assuntos discutidos, a rádio escolheu exatamente dois representantes desse tema. Mesmo a crise econômica não teve tanta prioridade. Segundo, o jornalista que me entrevistou era um alemão que tinha doutorado em matemática e possuía um conhecimento profundo em simulações. Foi uma das entrevistas mais desafiadoras que pude dar. Ele me fez uma sabatina, sempre buscando ir além do que eu respondia. Bem diferente da maioria das entrevistas que dou no Brasil onde muitos jornalistas nem mesmo escutam o que estou a dizer (ou se tentam, não conseguem entender). Vou ver se consigo o áudio da entrevista para disponibilizá-la aqui. Falei em inglês, mas será traduzida para o Alemão. Vamos ver como vai ficar.
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