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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Zorba

Zorba

Zorba, O Grego é um filme clássico onde o não menos clássico Anthony Quinn (mexicano J) dança o Sirtaki em uma praia de um pequeno vilarejo da belíssima ilha de Creta. Recentemente, encontrei um Flash Mob, produzido pela comunidade grega em Ottawa, CA, em que a música e a dança encantam o público na rua. Vejam-no abaixo e comparem com a clássica cena do filme.Opa!

Ottawa


Creta


sábado, 12 de julho de 2014

Auto-engano


Eduardo Giannetti escreveu um livro de título Auto-engano. Trata-se de refletir sobre a hábito humano de mentir para si mesmo o tempo todo.  Vejam abaixo o que é dito no resumo do livro

Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o auto-engano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto. Abandonados a ele, entretanto, perdemos a dimensão que nos reúne às outras pessoas e possibilita a convivência social.
Nos últimos dias, com a derrota da Seleção, lembrei-me com frequencia desse termo. Recebo diariamente textos que relacionam a derrota brasileira com todo tipo de mazela de nossa sociedade e do nosso País. Dizem, em geral, que a derrota brasileira é reflexo de nossa sociedade pobre de valores pautado no trabalho, na honestidade e coisa e tal.

Neles(nos textos) é patente o auto-engano.  É incrível como as pessoas que bradam só vêem o problema nos outros. Dito de outra forma a la Giannetti "temos a nosso próprio respeito uma opinião que nunca coincide com a extensão de nossos defeitos".

Descobrimos que o País precisa de educação embora não percebamos a nossa própria falta de educação em atos simples do dia a dia, percebemos que o Brasil precisa de honestidade, sem conseguir perceber nossas práticas habitualmente desonestas, percebemos que o País precisa de comportamento cívico e social, como se nossos hábitos deletérios e danosos à vida comunitária não existissem e assim adiante.

Esse festival de auto-engano é talvez um dos primeiros problemas a resolver para que possamos ter um País diferente. Seremos capazes de perceber e mudar?


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Minha História em Medalhas

As fotos abaixo são de como ficaram os dois quadros que emolduram as medalhas que conquistei na minha vida de esportista. São 61 medalhas que agora estão em lugar de destaque no escritório de minha casa. A maioria delas referentes a campeonatos de basquete, embora haja uma variedade razoável.

As medalhas contam um pouco de minha trajetória e valem meu orgulho. Alguns momentos memoráveis em competições nacionais e estaduais. Confesso aqui no entanto que o que mais me motivou a preparar os quadros e a escrever esse texto foi o fato de que elas só existem ainda, porque meu pai as guardou durante esses cerca de 40 anos.

Nunca fui muito ligado em colecioná-las. Durante um certo tempo, lembro que tinha receio de que parecesse esnobe. Depois, com o passar do tempo, esse descaso foi mesmo fruto de minha ignorância histórico-cultural. Dias atrás, quando as vi na casa de meu pai, caiu a ficha. Era um pouco de minha história. Conquistadas, literalmente, com meu suor.  

Meu pai teve a sabedoria e a paciência de guarda-las. Creio que ele sabia que minha ignorância havia de ser passageira. Este post é assim uma forma de agradece-lo pela guarda e pelo ensinamento.



quarta-feira, 16 de abril de 2014

Esses Filmes Despretensiosos que me Conquistam



Percebo que alguns filmes que nem estão cotados como top podem me tocar de forma marcante. Fiquei pensando se poderia descrever o que então caracterizaria esse meu gosto. São filmes despretensiosos a princípio, mas que, vão gradativamente me surpreendendo. Possuem quase sempre uma temática relacionada às minhas pesquisas sobre o impacto da tecnologia na vida das pessoas. Dois exemplos que merecem menção: Julie e Julia e, mais recentemente, A Vida Secreta de Walter Mitty.

Julie e Julia  retrata a vida de Julia Child, autora de livros de culinária e uma das pioneiras a explorar o tema da gastronomia e das receitas culinárias na televisão norte-americana e de Julie Powell uma tele-atendente do ramo de seguros que decide escrever um blog sobre o principal livro de Julia. A vida das duas protagonistas é descrita de forma intercalada.

O filme me encantou porque retrata de forma leve e descompromissada as diferenças do mundo da comunicação do final do século XX para o mundo deste início de século. O filme apresenta conceitos chave da economia digital de nossos dias. Em especial, ele exemplifica ainda o que significa  cognitive surplus e remix.

Cognitive Surplus foi lançado por Clay Shirky em sua palestra na Conferência Web 2.0 em San Francisco. Ele acredita que as pessoas vão cada vez mais usar o tempo que têm disponível para realizar atividades que lhe interessam “cognitivamente”, i.e. que lhes acrescentem conhecimento, cultura ou meramente prazer. Julie, no filme, faz exatamente isso. Precisa se realizar, o que o trabalho rotineiro decididamente não lhe permite, e para isto resolve escrever um blog.

O segundo conceito, o de Remix, foi lançado por Lawrence Lessig em seu livro de mesmo nome . Lessig é um advogado que em seu livro desconstrói o conceito de direitos autorais (copyright) tal como ele é hoje. Ele advoga por uma reformulação das idéias de base do conceito e um de seus argumentos repousa na, cada vez mais  frequente, capacidade das pessoas de renovar (remixar?) produtos com diferentes abordagens, apelos e normalmente em uma mídia digital. 

No filme, Julie, em seu blog, faz exatamente isso. Ela explora o livro de Julia e tenta reproduzir as receitas lá descritas. É uma espécie de revisitação das receitas e dos desafios de reproduzi-las. Não quero descrever todo o filme, mas basta salientar que as diferenças do sistema de marketing e publicidade dos trabalhos das duas também está presente no filme. Mesmo para os que não estão muito afeitos à tecnologia, recomendo o filme mesmo que somente pela versátil atuação de Meryl Streep ao interpretar Julia.

A Vida Secreta de Walter Mitty me conquistou mais ainda. Trata-se de um remake do Homem de oito vidas  produzido em 1947 com Danny Kaye e Virginia Mayo. A nova versão produzida pelo filho do produtor da versão original Samuel Goldwin Jr. tem Ben Stiler como diretor e ele mesmo atua como Walter Mitty. Walter é um sujeito sonhador e  responsável pelo departamento de arquivo e revelação da tradicional revista Life. A revista  deixará de ter uma versão impressa para ter apenas conteúdo online e aí começa uma história com enredo divertido e com dois aspectos que me chamaram fortemente a atenção.

Novamente vem à tona os impactos provocados pela Era Digital. Walter está em vias de ser despedido, muito embora tenha trabalhado com afinco para a Empresa durante longos anos, simplesmente porque sua função, a de revelar fotografias, deixará de existir. Aliás, quem no futuro conhecerá alguém que revelava fotografias?

Outro fato revelador (com o perdão do trocadilho) dessa nossa Era é a relação de Walter com um atendente da e-harmony, um site destinado a encontrar namorados(as). Walter, por ser alguém de vida simples e pacata, tem um perfil muito pouco atrativo. Nesses nossos dias de superexposição midiática, redes sociais e etc. estamos a todo momento buscando nosso momento de celebridade. Um artigo no Facebook contando nossas aventuras e que recebe vários curtir é uma massagem forte no ego, não? Walter, no entanto, tem pouca possibilidade de contar algo a ser curtido, a ser invejado, a ser compartilhado. Ele tem tão pouco a contar, é, por isso, pouco atraente (so boring)

Mas por que não contar seus sonhos? Eles lhe parecem tão reais! Aliás, mesmo para o espectador é difícil distinguir o que é sonho e o que é realidade na vida de Walter. Aqui para nós, mentir em perfis virtual não é nada muito extraordinários, não? Pesquisas sobre a veracidade do que se diz em sites de encontros e namoros mostram que as pessoas tendem a ser bem benevolentes consigo mesmas. As pessoas são sempre “um pouquinho” mais bonitas, inteligentes, despojadas, enfim, são aquilo que querem ser. Walter conseguiu isso?

Sem querer contar mais sobre o filme, não posso, no entanto, deixar de mencionar os efeitos visuais, os cenários e a fotografia que formam outros grandes méritos do filme.

Para finalizar, não poderia deixar de escrever sobre a ótima trilha sonora, em especial, a mixagem feita em Space Oddity do grande David Bowie (já havia postado outra ótima dele aqui) com a própria atriz Kristen Wiig. Escutem-na abaixo e tenham também uma breve ideia da belíssima fotografia.

terça-feira, 8 de abril de 2014

terça-feira, 25 de março de 2014

Fortaleza também NÃO é a sétima cidade mais violenta do mundo

Alguns me perguntaram sobre o que achei da pesquisa da ONG mexicana veiculada recentemente no Fantástico. Há um ano, tinha escrito no Blog sobre o ranking de criminalidade da referida ONG. Ele já indicava a posição crítica de Fortaleza (dizia que era a 13a. mais violenta do mundo). Veja aqui o que escrevi na ocasião. Em resumo, tinha exposto os erros da pesquisa e da veiculação acrítica feita pelo O Povo. Um ano depois os erros da pesquisa e da forma como foi exposta, desta feita pela Globo, persistem.

Enfim, tanto a pesquisa como a matéria do Fantástico são imprecisas, mas o fato é que a sensação de insegurança chegou a um nível que tornou a discussão técnica um detalhe. Detalhe este que os fortalezenses não estão nem mais interessados em discutir.

Tudo isso é lamentável. Mostra um estado de descrença e de indignação que não me parece levar a nenhuma medida efetivamente positiva. As manifestações nas redes sociais e por vezes dos cidadãos nas ruas estão cheias de clichés e soluções mágicas que servem mais para demonstrar nossos preconceitos do que outra coisa.

Queria muito que toda essa indignação pudesse nos levar para uma pauta concreta de melhorias no setor. Vamos ver se isso ocorrerá no debate eleitoral que se aproxima. Confesso que não estou muito confiante.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

WikiCrimes na Info Exame

Essa semana a Exame Info fez uma matéria sobre aplicativos que mapeiam crime em celular. WikiCrimes foi lembrado. Veja-a aqui.