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terça-feira, 30 de novembro de 2010

WikiDengue

Mais uma novidade criada em Wikimapps está disponível para acesso de todos. Temos agora um mapa colaborativo para mapear focos de dengue: o sistema WikiDengue. Nele é possível denunciar e igualmente consultar os locais mais vulneráveis. A iniciativa nasceu de comunicações que troquei no Twitter com colegas blogueiros e jornalistas.

Já estamos há quase três anos vivendo com WikiCrimes essa experiência de buscar a participação das pessoas para colaborativamente agirem em prol da comunidade. Desta feita qeremos contemplar a area de Saúde.  Tenho escrito sobre o papel da Internet como instrumento para a aprendizagem da cultura de participação na sociedade. WikiDengue é uma aplicação típica em que isso pode ser exercitado. Venha participar !


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Estrago de Uma Pergunta Errada


Digo sempre a meus alunos que uma boa pergunta é mais importante do que as respostas dadas a ela. Quero dizer que a identificação de um problema relevante é o primeiro passo para uma investigação frutífera. Perguntas erradas levam, no mínimo, a gasto de energia e muitas vezes levam a perda de foco para o que é relevante.

A motivação para essa introdução veio após, ler pela segunda vez, o jornal O Povo abordar a questão de que o perfil do Secretário de Segurança deve ser outro que não um delegado ou militar. Dimitri Túlio foi a primeiro a propor, em seu artigo  “Chega de delegado e general”, um “novo perfil” e de quebra sugeriu o nome de Ivo Gomes para secretário da pasta. Justifica sua escolha por considerar que ele seria um “gestor sistemático e orgânico”  (seja lá o que isso signifique, foi aplicado como algo positivo). O mesmo teria ainda apoio político e outras coisas mais que podem ser lidas no próprio artigo aqui

Já na ocasião tinha achado a questão mal colocada, mas hoje ao vê-la recolocada decidi expor aqui meu incômodo.

Primeiramente, acho que para ser Secretário de Estado uma pessoa deve ser competente, ponto.  Reconheço que não é fácil encontrar gente boa para isso. Mas achar gente competente é desafio para todos os setores. Eleger um ou outro perfil com os capazes de melhorar a Segurança Pública é por demais reducionista. Acaba por desviar o foco dos problemas mais relevantes. Esclareço logo que não estou aqui contra ou a favor de quem quer que seja, muito pelo contrário. Entendo, no entanto, que a questão mais relevante é sobre que política de Segurança teremos. Os quatro primeiros anos da gestão atual na área de segurança foram marcados por ações pontuais, conceitualmente confusas e alicerçadas num programa gerado na campanha eleitoral com claro apelo de marketing.

O que deveríamos estar discutindo era a política de segurança (ou a falta dela) e as condições institucionais, políticas e sociais que devem ser criadas para que a Segurança Pública avance. Não pretendo ser repetitivo sobre quais são essas condições, já expus sobre alguma delas extensivamente nesse blog (veja um pouco aqui, aqui, aqui e  aqui). Resta-me enfatizar que se perdermos o foco dos reais problemas podemos continuar a formular perguntas erradas. A conseqüência disso é que a sociedade acaba por não se envolver da questão da forma que se necessita. 


Reduzir o problema à escolha de um nome ou perfil de gestor só vai  aumentar o estrago atual e, por fim, acabar com a reputação de gestores competentes (delegados, generais ou outros quaisquer). 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

WikiCrimes no Chile

Durante minha estada no Chile fui procurado por "periodistas" em Santiago para falar de WikiCrimes. Veja abaixo uma das matérias.

A Grata Surpresa do Chile


O convite que recebi para palestrar no PDF (Personal Democracy Forum) permitiu-me fazer minha primeira viagem a América Latina. Depois de ter viajado quase toda a Europa e os EUA, já era sem tempo conhecer um pouco a terra de los hermanos. Além de ter conhecido pessoas muito cordiais e interessantes na conferência foi também uma oportunidade para conhecer cidades do continente que para mim é bem desconhecido.

Minha impressão do Chile não poderia ser melhor. Primeiro fator, e mais importante: as pessoas são ótimas. Os chilenos são amáveis, hospitaleiros, alegres e leves como os brasileiros (em épocas de manifestações de xenofobia, vale a pena registrar que essas são características bem típicas de nós nordestinos).

Mas a impressão positiva que tive não se resume às pessoas. As cidades que visitei – Viña Del Mar, Valparaíso e Santiago – possuem características típicas daquelas  mais desenvolvidas e estruturadas no mundo. Elas são limpas, possuem excelente estrutura de transporte público (urbano e interurbano), são arborizadas, seguras e, pasmem, têm um trânsito super ordenado, onde motoristas param a todo momento para pedestres passarem nas faixas. É lamentável ter que se surpreender com isso, mas infelizmente para quem vive no Brasil essas características básicas ainda estão longe de serem conseguidas.

Nota-se, principalmente pelo cuidado que têm com seus monumentos históricos e variedade de museus, que a sociedade chilena avança firmemente na educação de seu povo. Não tive tempo de ir mais ao sul para a região dos lagos e patagônia e que me disseram ser ainda mais interessante pela força das paisagens. O certo é que a primeira impressão que tive me deixou motivado a voltar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

WikiCrimes nos EUA


A onda de dados abertos nos EUA está chegando forte e isso terá um impacto em WikiCrimes também. Um exemplo disso é a recente abertura dos dados criminais da maioria das cidades americanas.

Essa decisão coincidiu com o lançamento de WikiCrimes Mobile para Android e iPhone e por isso decidimos começar a importar dados das cidades americanas para WikiCrimes. As cidades de San Francisco e Oakland foram as duas primeiras. Outras virão. Agora, se você vai viajar para alguma dessas cidades, não esqueça de levar WikiCrimes com você, pois pode perguntá-lo se os lugares que visitar são perigosos.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Novas Formas de Interação com o Computador

Esse vídeo do TED mostra uma nova forma de interface homem-máquina que é verdadeiramente incrível e que já tinha mencionado aqui. Os pesquisadores estão usando Brain Computer Interaction (interação pelo cérebro) onde o usuário move objetos na tela simplesmente pelo pensamento. Por exemplo, um avatar pode andar para frente quando o usuário pensa em mover seus próprios pés, ou ele dobra a direita ou esquerda quando se pensa em mover os braços direito ou esquerdo. Pessoas que não podem se locomover teriam a possibilidade de fazê-lo no mundo virtual ou mesmo fazer uma cadeira elétrica andar sem precisar de controles manuais. Só com o poder da mente! 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Internet e a Democracia Representativa

Estou em Santiago do Chile, participando do Personal Democracy Forum (PDF - Fórum da Democracia Pessoal). WikiCrimes estará na agenda, mas segue abaixo um pouco do que também deverei debater aqui. Como a Internet pode e deve mudar a forma de fazer política e a postura dos cidadãos quanto à isso. 

Não é só no Brasil que a política e políticos estão em desgaste. As democracias ocidentais estão todas, em grau maior ou menor, em crise no que se refere à representatividade dos eleitos. Recentemente uma pesquisa nos EUA indicou que somente cerca de 20% da população daquele País aprova o que faz o Congresso. A dissociação entre os anseios da coletividade e a prática desempenhada por seus representantes é uma das razões dessa crise.

Os representantes dos cidadãos demonstram cada vez menos compromisso com idéias e promessas apresentadas aos eleitores. Nossa recente eleição presidencial foi emblemática disso. Basta ver o pouco valor que os candidatos deram a seus próprios planos de governo. Pediam aos eleitores escancaradamente a assinatura de um cheque em branco. O cumprimento de um mandato eletivo se caracteriza assim por decisões unilaterais, autocráticas ou quando muito oligárquicas. Por consequência, cresce a sensação de que o povo não é escutado, o que dificulta enormemente o engajamento e a participação cidadã nas ações governamentais.

Em direção oposta, a era digital que vivemos transforma a comunicação entre as pessoas e tem se caracterizado pela forte participação das mesmas em todas as instancias. A Internet fez aflorar uma cultura de participação, discussão, ativismos, enfim de compartilhamento de visões e de interação constantes que se opõem radicalmente à forma como os representantes políticos atuam hoje em dia.

Urge repensar as formas de participação popular para que a voz do povo seja ouvida com constância maior do que somente na época de votação. O uso da Internet será essencial para que isso ocorra. Orçamentos participativos mediados por sites na Internet são exemplos de como a tecnologia abre um novo horizonte para uma democracia participativa mais forte  e que o ideal da representatividade se consolide.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CPMF: Sou Contra!


O amigo Plínio escreveu no O Povo hoje um artigo a favor da CPMF e como sei que o mesmo é defensor ardoroso do debate de ideias, dispus-me aqui a apresentar ponto de vista divergente.

Minha primeira discordância vem do fato que ele relega a segundo plano o fato da candidata Dilma não ter  absolutamente tocado no tema durante a campanha (diga-se de passagem nem ela nem Serra e nem Marina). Acredita que isso não deveria inviabilizar a criação do imposto. Per si, acho que isso constitui situação tão imoral que inviabilizaria sim, a aceitação. É o ultimo nível de escancaramento da dissociação existente entre os representantes populares e seus eleitores. Nem empossada a presidente foi, mas já cogita apresentar  proposta que estava preparada e “escondida” para pós-vitória. O que podemos esperar para adiante?
Dito isso, para não inviabilizar a discussão sobre o conteúdo, continuo minha argumentação.  Concordo plenamente que a distribuição da carga de impostos no Brasil é desigual. É por isso mesmo que não deve se tomar medidas que acabem por acentuar essa desigualdade o que é o caso com a CPMF. A forma de cobrança da CPMF é injusta, pois atinge a todos indiscriminadamente e é em cascata. Imposto justo deve cair em fato econômico claro como produção, vendas, compras, prestação de serviços, renda, etc. Essa prática de arremedos tem se mostrado freqüente no País e tem impedido uma reforma tributária séria e abrangente. Sempre que precisam, nossos representantes encontram jeitinhos de nos fazer engolir  “CPMFs da vida” e vão empurrando os problemas de fundo para frente.
Discordo ainda mais frontalmente do argumento de que a mesma apóia a fiscalização de lavagem de dinheiro. Esse tipo de argumento envolve um componente investigativo não transparente que não é salutar para a democracia. Se o governo precisa de instrumentos (e até concordo que os precisa) para combater ilegalidades como lavagem de dinheiro deve propô-los as claras à sociedade. Trata-se de outro debate importante que deveria ser travado no parlamento, pois envolve a proteção da sociedade em detrimento de garantias da privacidade individual.
Me pergunto ainda se esse dinheiro a mais no caixa do governo é assim tão essencial para aumentar os investimentos em Saúde. Lembro-me que antes da CPMF acabar os discursos dos que a defendiam eram aterrorizantes. A Saúde iria parar! Os hospitais iriam fechar! O fato é que a CPMF não melhorou a saúde da população enquanto vigorava e nem piorou quando acabou.
Por fim, nunca é demais lembrar que “nunca na história desse País” se arrecadou tanto. A pergunta que não quer calar é: desse dinheiro todo, a parte que vai para a Saúde é a mais adequada? Outramente, o investimento na saúde está sendo bem realizado?  

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cochilo do Goleiro

Vocês se lembram do gol do Ronaldo fenômeno em que ele espera atrás do goleiro e quando o mesmo deixa a bola cair o surpreende? Vejam esse gol abaixo no futebol italiano (via Brasil Mundial). O goleiro pega um penalti e depois ....

A COELCE contribui para A Fortaleza Bela

Já percebia que as instalações elétricas públicas feitas pela COELCE não primam pela estética, mas nunca pensei que elas pudessem ser tão descuidadas. Vejam essa foto abaixo que tirei de uma borracharia na Rua José Lourenço quase esquina com a Torres Câmara. As instalações aparentes são horrorosas e dominam completamente a visão do muro. Não sou especialista, mas arrisco a dizer que as mínimas condições de segurança também não são verificadas. Vinda de uma empresa que tem concessão pública, deveríamos esperar mais, não?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Redes Corpo-a-Corpo de Telefonia


Vejam que interessante essa material que vi na PopSci. Pesquisadores britânicos estão investigando um meio bem inusitado de acabar como os gargalos de transmissão de dados na Internet. Um sistema de transmissão corpo-a-corpo (BBN - Body-to-Body Network) requer que cada usuário tenha um tipo de sensor que pode ser embutido dentro de um telefone. Todos os sensors se comunicam com outros para fornecer uma rede ad hoc que permite o envio e recepção de dados sem a necessidade de recorrer a uma torre de transmissão.

O mais interessante dessa proposta é que, como seu combustível depende de gente, ela vai funcionar onde os sistemas tradicionais funcionam com mais dificuldade: lugares densamente povoados. Quanto mais gente com sensores, mais capacidade de transmissão. Conheçam um pouco mais do laboratório de pesquisa da Universidade de Queen’s em Belfast, os mentores do projeto, aqui.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DMB no Rio


Quase não este texto não sai! O show de Dave Matthews Band (DMB) no Rio foi há quase um mês e ainda não tinha tido tempo de escrever sobre ele. Eleições e novidades em WikiCrimes e Wikimapps foram ganhando prioridade.

O Rio de Janeiro sempre me é surpreendente. Infelizmente, não só pelas suas belezas. Cheguei no Rio na sexta-feira do show na parte da tarde. Fiquei no Leme, Hotel Othon, e logo no check in solicitei apoio ao recepcionista do hotel para ter transporte à Arena HSBC, local do show. Ele me ofertou um transporte que custava a bagatela de R$ 350,00 para ir e voltar! Disse-me que o táxi para lá em corrida normal seria R$120,00. Recusei evidentemente.

Fomos, minha esposa e eu, de taxi regular mesmo. Não sem receio de como seria a volta, mas ficamos sem muita alternativa. Pois bem, a ida foi bem excitante do que desejávamos. Nossa rota, sugerida pelo motorista foi a Niemeyer porque o túnel era perigoso. Mal sabíamos o que nos esperava. No meio do caminho, em um pequeno engarrafamento, ouvimos gritos desesperados de carros que vinham na direção contrária: “volta ! volta!”.  Um arrastão acontecia à frente. Os carros na fila do engafarramento passaram a fazer o retorno e “marche arrière” desordenadamente. O motorista do taxi estava visivelmente transtornado e senti que meu intento de ver o DMB estava a perigo. Fui tentando acalmar-lhe, e com meu iPhone, consultei o tráfego no túnel da Rocinha. Disse-lhe que estava fluido e que ele tentasse por lá. Embora reticente, ele aceitou a sugestão. Afinal, a Linha Amarela nem era de forma alguma uma alternativa viável. Era voltar para o Hotel ou arriscar o Túnel. Deu certo.

Chegamos no HSBC. Muito belo Ginásio. Estrutura perfeita tanto para jogos como para shows. O show foi espetacular. A banda tinha uma relação especial com o Brasil e com o Rio. Tocaram mais de 3 horas. Reconheço que foi um pouco cansativo, pois o dia havia começado muito cedo. O ponto alto do show foi quanto tocaram #41 com a companhia dos brasileiros Carlos Malta na Flauta e Gabriel Grossi na gaita. Sensacional!. Seus solos acompanhados do violino e da guitarra foram incríveis. Carter Beauford na bateria é um show à parte. A banda deve dar uma parada para descanso e só retornará em 2012. Prometeram voltar ao Brasil.

A volta foi tranqüila. Havia muito taxi disponível para levar os espectadores. Os taxistas estavam surpresos com a multidão, pois não conheciam a Banda e no mesmo dia ocorria o show do Bon Jovi. Detalhe. Paguei R$ 100,00 ida e volta de taxi. Exploração de turista não é nada bom para uma cidade com uma agenda de eventos internacionais tão rica. 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

WikiCrimes Mobile no iPhone


Mais uma grande novidade em WikiCrimes. Lançamos a versão do “Aqui é perigoso?” para iPhones. Desta feita, trata-de obra iniciada por Lucas Mouras e concretizada por Daniel Macedo, dois alunos da graduação em informática da UNIFOR.

Para instalá-lo, basta de seu iPhone, acessar a App Store, fazer a busca por WikiCrimes e solicitar a sua instalação. O aplicativo é bem simples de usar. Basta acionar o botão que representa a pergunta “Aqui é Perigoso?”. A resposta é a visualização no mapa do local onde a pessoa se encontra (pelo GPS do celular) e um conjunto de alfinetes indicando os crimes ocorridos no local considerando-se um círculo de raio a ser configurado. WikiCrimes faz ainda um cálculo comparativo de quanto a área circulada é perigosa em relação a uma área de cerca de dez vezes maior. 

Baixem em seus telefones, usem WikiCrimes e nos dêem feedback do que acham.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Xenofobia de Mayara na rede

Talvez nem todos conheçam Mayara Petruso. Eu também não a conhecia (aliás, nem creio poder dizer que a conheço). Logo depois da eleição, no entanto, essa estudante paulista de Direito ganhou seus momentos de notoriedade no Twitter e acabei sendo apresentado às suas idéias (ou pelo menos a algumas delas).

A pobre moça explicitou em seu Twitter sentimentos Xenófobos que, infelizmente, indicam ranços, muitas vezes subconscientes, mas que existem em parte da população brasileira e que afloram em momentos de paixão. Não vou reproduzir o que ela disse, pois não quero alimentar rancores. Acho que o calor da campanha e o tom agressivo dos candidatos potencializaram comentários exagerados em todas as direções e de muitos.  Mesmo daqueles que se esperava uma postura mais serena.

Achei o debate eleitoral no Twitter lamentável.  Nem em dias de clássico de futebol se vê tanta bobagem. Cheio de clichês, slogans preconceituosos, agressões e muita baixaria. Lamento que o Twitter tenha se transformado em um instrumento de debate inócuo. A falta de espaço para argumentações proíbe discussões mais profundas. Elas são marcadas por frases de efeito e as agressões e clichês negativos são os preferidos.

Não me surpreende que Mayara e muitos outros seguidores tenham entrado na linha xenófoba. A moça até que tentou se refazer da tolice. Retirou o Tweet e pediu desculpas, mas já tinha dado o combustível para uns e outros começarem a “discussão”com mais baixaria em todas as direções. Como é jovem, Mayara terá oportunidade para mostrar que seus tweets foram um mero lapso e que não vão influenciar na sua vida. Só tem um problema: ela agora é celebridade! Outra marca relevante da Twitterland: o sucesso explosivo e intempestivo. Se quiser, ela poderá deixar-se explorar pelos meios de comunicação, pelas revistas masculinas, programas de auditório, etc. e etc. Será uma outra Geisy Arruda? Cabe a ela escolher. Mas creio que, se decidir pelo caminho da celebridade, terá muito mais trabalho para mostrar que a xenofobia  não está dentro dela.  

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Derrota de Serra: o PSDB precisa aprender com Minas

 Fiz questão de enfatizar nesse texto a derrota de Serra e não a vitória de Dilma. Primeiro porque não quero aqui fazer uma análise dos resultados da eleição em geral. Depois, porque muito tem se divulgado que o Nordeste foi o responsável pela vitória governista e consequentemente pela derrota de Serra. Faço uma leitura um pouco diferente das razões da derrota. Acho que o PSDB continua criando condições internas para perder.

Evidentemente que não posso deixar de considerar que algumas regiões do País demonstraram uniformemente a preferência por um ou por outro e que muitas pessoas votaram em Dilma porque achavam que ela era a melhor candidata. No entanto, creio que há algo não explorado na derrota de Serra que deve ser um aprendizado ao PSDB: desuniões internas.

Acho que a grande e inaceitável derrota de Serra foi em Minas Gerais. Ali sim, o candidato tucano foi derrotado flagrantemente. Como explicar que em um dos maiores colégios eleitorais do País, Aécio Neves com enorme popularidade, já eleito para o senado e tendo feito um governador sucessor, não consiga nem fazer com que o candidato de seu partido tenha maioria? Indício claro que o PSDB não marchou unido na campanha.

Essa não foi a primeira vez. Em 2002 Tasso Jereissati quis disputar as primárias com Serra e foi voto vencido. Não conseguiu convencer o partido de que a disputa seria salutar. De lá para cá, Serra não conseguiu nunca mais obter a simpatia do cearense. E a conseqüência disso não foi  somente a falta de apoio de Tasso. Foi sobretudo um sentimento de antipatia do cearense que achou que a atitude do partido e de Serra havia sido autoritária. Estava criado então o terreno fértil para os slogans tipo “Serra anti-nordestino”.

Na eleição deste ano a mesma situação se repetiu. Aécio Neves se apresentou como potencial candidato, mas, novamente, o PSDB paulista não permitiu maiores discussões sobre quem recairia a escolha. Fui a BH duas vezes e escutei com freqüência dos mineiros o mesmo tipo de comentário que escutei na época de Tasso. Havia sempre um ranço, um desgosto que não permitia criar um entusiasmo pelo candidato do partido. Por mais que Aécio tenha trabalhado, não foi suficiente.

A implantação de uma sistemática mais democrática de escolha do candidato deveria ser-lhe a maior aprendizagem de todas dessa campanha ao PSDB. Seria um ganho a mais na democracia brasileira.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dylan e Stones

Para os fãs dos Rolling Stones e de Bob Dylan, ofereço esse vídeo dos Stones cantando "Like a Rolling Stone".