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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Moulin Rouge e A Magia dos Musicais

A produção de filmes musicais não é tão farta como os outros estilos de filmes. Acho que compreendo por que. Um musical requer sempre um pouquinho a mais de cada item do filme. Por exemplo, os atores têm que ter habilidades especiais ligadas às canções, o roteiro requer uma dinâmica especial para a estória não ficar monótona, além, é claro, da música que passa a ter uma relevância obviamente maior do que num outro estilo. Nessa viagem recente que fiz à Paris não pude deixar de lembrar daquele que para mim é o mais belo dos musicais de todos os tempos: Moulin Rouge. Trata-se de uma produção americana que retrata uma estória de amor e lágrimas vivida numa Paris super extravagante e protagonizada por uma soberba encarnação de uma estrela holywoodiana, Nicole Kidman. Ewan McGregor consegue ficar a altura de Nicole (o que é uma grande coisa!). O diretor é australiano e não muito conhecido Baz Luhrmann, com Moulin Rouge, teve sua obra-prima. Dificílimo de comparar com qualquer outro musical tradicional como Cantando na Chuva ou A Noviça Rebelde. Moulin Rouge é muito diferente deles. As cores são exageradas, os personagens excepcionalmente extravagantes, a música, super-eclética. É pura ousadia. Fazer com que tudo isso consiga divertir e emocionar é dificílimo. Poderia mencionar vários momentos especiais do filme. Particularmente, a interpretação de Your Song de Elton John que acompanha as personagens durante todo o filme é magistral. No entanto, admito que a versão de Roxanne de Sting é imbatível. Transformar um rock em tango e com momentos de ópera tem tudo para se tornar uma salada de mau gosto. Não é o caso em Moulin Rouge. Vale a pena conferir. Para os que não assistiram o filme, vejam abaixo: El Tango de Roxanne.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uso de Preservativo e Valores Morais

Creio que a opinião pública brasileira, de uma forma geral, não tem dúvida de que os governos federal e estaduais têm obrigação de construir campanhas de esclarecimento à população quanto aos males que sexo sem proteção pode trazer, em particular com a transmissão do HIV. Em se tratando de um País laico, ou seja, onde não há intervenção da religião na estrutura legal e de poder político, não se pode esperar que o governo seja influenciado em sua política de saúde por questões religiosas. Mas será que essa questão é assim tão simples? Dado o calor do debate recorrente, pode-se perceber claramente que não. Embora algumas declarações intempestivas de uns e outros possam passar a impressão de que há radicalismos e intransigências (como declarações de religiosos pondo em dúvida a qualidade da camisinha como protetor), creio que o cerne da questão é que, neste debate está embutido um outro que versa sobre o quão um governo é responsável por disseminação de valores morais. O habitat tradicional de divulgação dos valores morais defendidos pelos religiosos é a igreja (ou templos), local onde os cultos ocorrem. Evidentemente que o trânsito da mensagem religiosa não se restringe a esses espaços. Os religiosos buscam a interação direta com a sociedade e há uma luta diária pela conquista do “fiel”. Nessa busca de disseminação dos valores morais que defende a igreja, os meios de comunicação de massa são um componente fundamental. Fica assim mais simples de entender o porquê das críticas veementes e recorrentes da igreja a forma como a mensagem governamental tem sido veiculada. As campanhas publicitárias dos governos ignoram totalmente o fato de que um comportamento sexual restrito a um parceiro ou mesmo a abstinência são igualmente formas de proteção contra transmissões de doenças. Tome, por exemplo, o slogan básico usado nas recentes campanhas: “Use camisinha!”. A igreja se queixa de que haveria aqui uma tendência a se desvincular toda e qualquer responsabilidade de se passar uma mensagem que comporte apoio a algum valor moral que possa ser considerado conservador. Afinal, o Estado tem ou não uma responsabilidade dessa natureza? Esse é o debate que me parece mais importante para o País e que temos obrigação a suscitá-lo. Os países ocidentais com sociedades mais amadurecidas encontraram seus caminhos. Em países laicos os valores morais são transmitidos nas escolas e se baseiam nos direitos fundamentais do ser humano. No entanto, quando se fala de um país que não consegue prover uma educação de qualidade para a maioria da polução, fica evidente de que existe um vácuo de educação moral e que contribui para incrementar as crises sociais que vivemos hoje. Precisamos encontrar o nosso caminho.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Avaliação de Financiamentos de Pesquisa: Experiências Americanas e Européias

Como disse em um texto recente deste blog, tive a oportunidade de participar, em Bruxelas, de uma reunião onde pesquisadores europeus e brasileiros foram obrigados a apresentar a evolução de suas atividades dentro de um projeto euro-brasileiro de pesquisa científica financiado pela comunidade européia. Essa experiência me foi muito útil em especial por ter vivido no pós-doutorado nos EUA uma situação similar. Fiz parte de um grande projeto financiado pela DARPA (Agência Americana de Defesa) e estive presente em uma das reuniões de avaliação e prestação de contas. As similaridades entre os métodos usados pelas agencias de fomento americanas e européias são bem maiores que as diferenças. Tem-se sempre uma comissão de especialistas contratados pelas próprias agências que fazem a análise técnica do projeto durante o desenvolvimento do mesmo. A liberação de recursos para a continuação do projeto é condicionada a uma avaliação positiva desses especialistas. As reuniões de apresentação são extremamente importantes e duríssimas para os cientistas. Há uma sabatina sobre todos os aspectos do projeto, quer sejam financeiros quer sejam sobre o conteúdo científico. Agora, percebi uma diferença que me chamou a atenção. No modelo americano a proposta de projeto científico é feita por uma empresa encarregada de montar um consórcio de cientistas (no projeto que estava participando essa empresa era a Lockheed Martin), normalmente vindos de diferentes universidades. Essa empresa tem ainda a responsabilidade de gerenciar o projeto, definir o que deve ser entregue nas diferentes etapas, avaliar resultados e, sobretudo, de concretizar as pesquisas desenvolvidas. Ressalte-se ainda que essa empresa contrata um pesquisador para ser o gerente geral científico. É normalmente alguém altamente renomado e que possui uma ingerência forte nos rumos do projeto. Lembro-me que perguntei a um experiente cientista americano do porque deste modelo. Ele me disse que, antigamente, quando não se seguia este modelo, muitos projetos nem chegavam ao fim. Disse-me que cientistas não são obrigatoriamente bons gestores e com a inserção de uma empresa obtinha-se uma maior eficiência. Essas características demonstram nitidamente o perfil pragmático dos americanos. Há que se transformar as soluções científicas propostas por cada componente do consórcio em resultados o mais concreto possível. Os europeus tradicionalmente não seguem esse modelo. Há igualmente um consórcio, mas somente com uma instituição líder. A gerência geral do projeto é bem mais difícil de ser feita. Isso não impede, como já tinha dito anteriormente, que o processo de avaliação seja rigoroso e realizado durante o processo. E o que poderíamos dizer do modelo brasileiro? Bem, por não termos uma história longa de financiamentos a projetos científicos, creio que ainda estamos aprendendo. Em muitos projetos as avaliações e prestações de contas só são feitas ao final do mesmo. Depois que o dinheiro já foi gasto, o que se pode fazer? Ainda por cima as avaliações técnicas nem sempre existem, foca-se mais na prestação de contas meramente administrativa e financeira. Temos muito o que aprender, mas nosso atraso nessa área é compreensível.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Curtas Impressões Francesas

Fazia mais de sete anos desde minha última estada em Paris. Minha visita na semana passada foi extremamente agradável. Rememorei diversos aspectos inerentes à sociedade francesa e que, mesmos sem os esquecer, aos senti-los trouxeram várias lembranças. Falar da inconteste beleza de Paris é chover no molhado, mas sou atraído a falar da áurea de glamour que está presente em cada pequeno evento, em cada pequeno restaurante, em cada garrafa de vinho, em cada refeição, em cada loja, enfim, que está presente no ar. Incrível como os franceses conseguiram se demarcar por dar essa dimensão especial a sua cultura. São extremamente orgulhosos disso. Mas não foi somente isso que percebi na atmosfera francesa. Percebi algo que me preocupou. Vi uma atmosfera pesadíssima em relação à presidência de Nicolas Sarkozy. Que ele é um homem polêmico e mediático, todos já sabiam, mas a má vontade da imprensa é notória. Os jornalistas são acintosos em suas críticas e comentários pejorativos e irônicos contra o presidente. Além disso, suas propostas econômicas que visam aproximar-se do modelo americano são explosivas. Um dos assuntos mais querido aos franceses é falar mal dos americanos. Em qualquer programa de entrevistas na TV se encontra alguém para criticar a sociedade americana. Sarkozy tem o interesse, dentre outras idéias, de dinamizar a economia francesa com reformas que envolveriam, por exemplo, facilidades dos empresários de demitir e conseqüentemente de contratar funcionários. Implantar uma política econômica “a La America” na França é um desafio imenso e que não sei se Sarkozy terá força para tal. Outra coisa que me surpreendeu foi a forma como os franceses reagiram a proibição de fumar em lugares fechados. Nunca pensei que isso poderia ser obtido somente com uma mudança legal. Contraria demais um hábito secular de fumar em bares e restaurantes. Mas para minha imensa surpresa, os franceses estão seguindo a lei à risca. É comum encontrar uma mesa de restaurante sem clientes, somente com os copos de vinho ou champagne. Onde estão os clientes? Na rua (muito frio!) fumando. Eles saem, fumam e depois voltam para a mesa. Difícil saber o que faz uma lei ser tão respeitada, mas o medo de ser punido, certamente é um dos principais. As multas para os donos de estabelecimento são altíssimas.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

AMC “a la Paris”


Estava passeando pelas ruas parisienses no Quartier Latin (um dos lugares que mais me cativa) quando tive a oportunidade de presenciar o serviço de controle de trânsito da cidade funcionando. Em menos de cinco minutos vi o caminhão do reboque chegar(com um só funcionário!), “laçar” um carro que estava estacionado em lugar proibido e levá-lo preso ao depósito. O proprietário do carro quando chegar, não vai nem saber o que aconteceu. Saberá depois, certamente, que vai pagar bem carinho. Além da multa, todos os custos do transporte e armazenagem do carro são de sua responsabilidade. Acima há uma foto que tirei do momento em que o carro foi laçado e, abaixo, um pequeno filme do mesmo sendo rebocado. Vejam no filme que o local onde o carro estava estacionado tinha escrito “livraison” (era espaço reservado para entregas). Será que nossa AMC seria capaz disso?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Le Metro à Paris

Paris nos surpreende a cada esquina, a cada ruela, a cada “coin”. Seu metrô não poderia ser diferente. Embora já o tenha visto mais limpo no passado, surpreende-me sempre encontrar artistas de diferentes nacionalidades, gêneros musicais, estilos em espetáculos bem sui generis. Abaixo uma pequena amostra de um começo de “soirée” muito fria (zero grau).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

UNIFOR na Comunidade Européia

Tivemos, prof.ª Elizabeth Furtado e eu, nessa quinta-feira (14), uma experiência única até então em nossas vidas e certamente única para a UNIFOR. Fomos a um dos prédios da comunidade européia em Bruxelas para apresentar os resultados do primeiro ano do projeto SAMBA. Só lembrando o SAMBA é um projeto desenvolvido por um consórcio de instituições européias e brasileiras para estudo e desenvolvimento de tecnologia de TV Digital. O projeto é totalmente financiado pela comunidade européia. A UNIFOR é uma das instituições do consórcio juntamente com USP, TV Mirante e APTEL, e outros parceiros alemães, italianos e finlandeses. Sua maior responsabilidade é a de estudar o perfil dos usuários da cidade de Barreirinhas no interior do Maranhão que será o local piloto onde as pesquisas em desenvolvimento serão aplicadas. Uma banca de cinco revisores estava presente. Eram especialistas de diferentes áreas, instituições e países. Durante a reunião uma sabatina rigorosa foi feita com os palestrantes e deu para perceber que os membros da banca tinham lido detalhadamente os relatórios enviados pelo consórcio. Por diversas vezes pude lembrar-me de uma defesa de doutorado. A continuação do projeto, em seu segundo ano, e mesmo a liberação dos recursos no mesmo nível orçado inicialmente dependem fortemente da avaliação dos especialistas. Enfim duas menções são necessárias: i) a seriedade com que o dinheiro público europeu é tratado , ii) a UNIFOR, e em particular a equipe coordenada pela Profa. Elizabeth Furtado, merece reconhecimento por esse feito. Abaixo uma lembrança da reunião.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Web 2.0 e WikiCrimes

A TV UNIFOR recentemente me perguntou o que era Web 2.0(veja textos em que falo sobre isso aqui e aqui) e que exemplos deste novo conceito poderíamos prover. Foi uma boa oportunidade para introduzir alguns conceitos e, principalmente, para explicar WikiCrimes. Vejam a matéria abaixo.

Des Détails, Des Images e des Sons

Sem linearidade. Detalhes de uma viagem por aeroportos, metrôs e trens. No aeroporto em Lisboa, uma língua portuguesa sempre surpreendente e anedótica: fiz um levantamento (saque) em um caixa eletrônico, depois de ter carregado (teclado) no botão verde. E nem precisou enfrentar uma bicha (fila)! Gare Du Nord à Paris. Um painel mais do que tradicional. Em uma época onde tudo é digital, é de chamar atenção ver os nomes dos trens passando com esse som de máquina de escrever. Nada mais clássico.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ergonomia e Respeito

Dois exemplos do nível de detalhe que os provedores de serviços europeus desenham sua soluções. A ergonomia da haste de ferro dividida em três para ser usada como sustentação pelos passageiros do metrô de Paris. Uma cadeira para auxiliar a subida na escada de pessoas com handicap físico em um prédio público em Bruxelas. Detalhes que indicam respeito.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Mais WikiCrimes na Mídia Nacional


Neste fim de semana mais dois importantes veículos de comunicação abriram espaço para noticiar WikiCrimes. O Diário do Nordeste em seu caderno Zoeira e em seu blog ZonaCyber e o Jornal O Fluminense que é distribuído prioritariamente em Niterói e cidades adjacentes. Ressalto que neste jornal, WikiCrimes foi noticiado em sua primeira página. Vejam a foto da mesma acima.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Motivation and Goals of WikiCrimes

WikiCrimes has now an english version (as well as a portuguese one). Just reminding the main goals and motivations. The debate on the credibility of criminal data currently being supplied to society by law enforcement agencies is growing more heated every day. The traditional mechanism of data-gathering for which such agencies are responsible ends up giving them a monopoly over the handling of information on criminal occurrences, which is not always in keeping with the precept of transparency and public availability of information required by a democratic system. Allied to that, the limitations to provide high-quality public services, tend to provoke a feeling of disbelief among the populace which, in turn, contributes toward the low rate of reporting such occurrences: the so-called underreporting effect. Research conducted with victims of crime has shown that underreporting may, in densely-populated areas, is always there. The result of this can be disastrous in terms of formulation of public policies and especially in the planning of police actions, in view of the fact that the official criminal mapping may reflect a trend that is quite unlike what is actually occurring in real life. WikiCrimes intends to change the traditional logic of handling information on crimes that have already occurred, and considers that such a change is up to the citizens themselves. It is based on the principle that with adequate support, citizens will be capable of deciding how and when historical information on criminal occurrences can be publicized. WikiCrimes aims to be this support. It draws inspiration from the collaborative form of working on the Web, popularly exemplified today by the online encyclopedia Wikipedia. The idea is that the total mapping of crimes in a geographical area can be done, in a collaborative manner, directly by citizens. Consequently, data stemming from this participatory mapping will be automatically available for consultation and access by everyone, to use as they see fit. WikiCrimes also opens possibilities for conducting victimization studies that are more comprehensive and less costly than those being done at the present. Finally, we hope that it can serve as a tool for use by the public agencies themselves in the formulation of public safety policies and, in particular, by police forces in their activities of analysis and planning. Comparisons among the criminal maps produced by WikiCrimes with those produced by the law enforcement agencies, for example, may bring new knowledge about the dynamic of crime.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Cooper Atrapalha o Trânsito: Continuamos Estragando Boas Idéias

Uma matéria do Diário do Nordeste de 28 de janeiro com o mesmo título da primeira parte do título deste texto chamou-me atenção (clique aqui para ver a matéria ). De início, o próprio título da matéria me causou espanto. Numa cidade onde os pedestres nunca têm a prioridade, o título em questão é no mínimo inusitado. Podem os coopistas ser os causadores de tamanha façanha? O inverso me soaria mais natural. É o trânsito desregulado da cidade que não permite a prática de ciclismo, nem de corridas sem que o praticante arrisque sua vida. O corpo da matéria descrevia que alguns motoristas se queixavam pelo fato da prefeitura destinar um espaço na Avenida Beira-mar das 5 as 8 da manhã para os coopistas. Ao fazer isso, o espaço para os veículos foi reduzido e engarrafamentos passaram a ocorrer frequentemente. Como sou freqüentador casual desse espaço pelas manhãs, pude testemunhar os problemas. Como muitas das coisas no nosso País, trata-se de mais um exemplo de boa idéia e péssima implementação. É claro que destinar um espaço público ao cidadão para prática do esporte é uma boa idéia e trata-se de iniciativa louvável (vejam o exemplo de Paris que mencionei aqui). Mas ao fazer da forma atual, a Prefeitura arrisca estragar mais uma boa idéia (outros dois textos sobre estrago de idéias está aqui e aqui). A iniciativa requer um pouquinho de planejamento e ação interdisciplinar (não muito!). Há dois problemas cruciais no trânsito da Beira-mar: o estacionamento de carros da Avenida e a parada de ônibus de turismo. Os dois problemas podem ser resolvidos com um pouco de engenharia de trânsito e capacidade de articulação com o setor de turismo. Não se admite que cada ônibus de turismo tenha que obrigatoriamente parar na porta de cada hotel da orla. Porque não criar espaços próprios para paradas dos ônibus na própria avenida (ao se restringir o estacionamento de veículos de passeio nessas áreas se ganharia espaço para tal). Porque não destinar outros espaços para os ônibus nas vias de acesso a Beira-Mar? Porque não negociar como setor hoteleiro e com as agências de viagem um pequeno escalonamento de horário para o embarque e desembarque de passageiros visto que o fluxo é muito concentrado em alguns horários durante o dia? E principalmente,porque não colocar agentes de trânsito para coordenar o trânsito e educar os transeuntes e motoristas nos horários de engarrafamento: Normalmente isso só é necessário em períodos curtíssimos (no caso da manhã, o problema se concentra entre 7 e 8 da manhã). Não quero ser exaustivo nas soluções até porque não sou especialista em engenharia de trânsito, mas me parece claro que há alternativas, não muito complicadas, para que todos se sintam atendidos e respeitados. Agora, sem uma ação integrada e planejada, decididamente, não dá. Vejam o que disse o secretário de esportes sobre o assunto. “O que aconteceu é que muitos guias de turismo e pessoas ligadas à hotelaria se sentiram incomodados porque os ônibus não podem mais estacionar no meio da via. Até porque isso é proibido pela Código Nacional de Trânsito”. Não podem, mas o fazem, secretário, o fazem diariamente e é por isso que o problema ocorre. Criar o hábito de parar no meio da rua para recuperar os hóspedes é um desrespeito às leis, sim, mas infelizmente os órgãos responsáveis não estão presentes para repreender os abusos. É preciso entender que uma cidade bela e turística significa uma cidade onde as regras são seguidas e as instituições são respeitadas por buscarem resguardar o interesse da coletividade. Isso não estamos vendo na Beira-mar. Aliás os problemas mencionados ocorrem à noite também mesmo sem haver espaço reservado para os coopistas.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

WikiCrimes Começar a ser Divulgado em São Paulo


A divulgação de WikiCrimes em São Paulo é um dos próximos desafios para que o índice de notificações no sistema aumente. O primeiro passo nessa direção foi dado nessa segunda-feira. O Jornal A Tribuna de Santos (www.atribuna.com.br) destacou uma página inteira de seu caderno de Ciência para WikiCrimes. Trata-se de um jornal com área de atuação localizada, mas que não deixa de ser muito relevante. Ele atende à região litorânea de Santos com mais de 1,5 milhão de potenciais leitores. Além disso, seu caderno de ciências é distribuído para 280 escolas da região. Veja acima uma foto da versão digital do jornal. O link para a matéria em texto está aqui. Infelizmente é preciso ser assinante para ter o acesso completo da notícia em qualquer dos dois modos.