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segunda-feira, 14 de maio de 2007
Sinceridade Papal
Ainda sobre a visita do Papa ao Brasil, devo dizer que fiquei surpreso positivamente com a postura afirmativa e segura do Papa sobre os problemas brasileiros. O fato de ser autoridade espiritual para a maioria dos cidadãos brasileiros o permite ser sincero e não tergiversar sobre os problemas que nos afligem (enfocando o ponto de vista da igreja, é claro). E foi exatamente isso que ele fez. Contrariando alguns que esperavam somente uma visita de cortesia com elogios e troca de tapinhas nas costas (o que não deixaria de ser muita hipocrisia), ele foi muito incisivo em seus comentários mostrando um completo domínio da realidade brasileira. Desde a classe política até a mídia televisiva, sobrou para todo mundo. Por exemplo, ele pediu que os pastores buscassem formar “ nas classes políticas e empresariais um autentico espírito de veracidade e honestidade”. Sobre a mídia ele disse que "É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio”. Foi um recado direto a televisão e em particular as telenevolas dito pelo especialista do Vaticano (Jornal OPovo dia 13 de Maio). Ele acrescentou que “ as ficções veiculadas pelas telenovelas não mostram uma família normal. Existem infidelidades, traições, há filhos nascidos fora do casamento, pessoas que passam de uma cama a outra e há o sexo livre. Tudo isso contraria o que é a doutrina moral da Igreja sobre o matrimônio". Ele acha que o que a Igreja constrói educando os jovens nas paróquias e nos oratórios é destruído pela televisão, porque ela é mais forte, mais incisiva do que a pregação de um padre ou de um bispo. Esses comentários me fazem enfatizar a opinião veiculada em um texto anterior de quanto o perfil dos padres é importante para que essa missão seja realizada.
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