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quinta-feira, 26 de abril de 2007
Modelo Federativo Americano e Massacre na Virginia
Em minha visita a Califórnia escutei sempre de meus amigos americanos que era necessário compreender como funcionava o modelo federativo dos EUA para entender como as mudanças ocorrem no País. Diferentemente do modelo brasileiro, nos EUA o poder federal central tem pouco poder. Os estados membros, por sua vez, têm uma grande autonomia e podem estabelecer leis próprias. Por exemplo, a maneira com os EUA estão mudando a forma de encarar o problema do aquecimento global e de como eles vão encampar a luta ecológica se dá através dos Estados. Trata-se de um processo descentralizado onde estados mais progressistas vão liderando e os outros gradativamente vão acompanhando. O exemplo da Califórnia com sua legislação altamente incentivadora de produção de energia alternativa é ilustrador disso. Este modelo comporta, no entanto, suas desvantagens e um exemplo estarrecedor refere-se ao recente caso do massacre na Virginia. O New York Times investigou porque o coreano autor do massacre tinha tido autorização para comprar uma arma se a lei federal dizia que quem tivesse algum histórico de problema mental ou mesmo de depressão não poderia fazê-lo (e o coreano tinha problemas). Eles descobriram que, na Virginia, havia uma interpretação diferente desta lei e que casos como o do coreano (mesmo que conhecessem seus antecedentes), não justificariam uma proibição de aquisição. Vejam como um fato trágico pode ter sido potencializado por uma divergencia de interpretação de leis pelos diferentes agentes do processo. Veja a matéria do NYT clicando aqui.
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