No final do ano passado, no auge da questão WikiLeaks, escrevi alguns artigos sobre o que pensava da questão. Vejam um trecho de um de meus artigos:
O jornalismo está em cheque também. Novos desafios aos jornalistas se impõem nesse tipo de contexto. Como aproveitar a inteligência do público para gerar uma longa lista de matérias, e ainda por cima, aumentar a credibilidade das mesmas. Ou por outro lado, como filtrar as informações e decidir o que vale a pena ou não ser publicado de forma rápida. Na verdade, o grande jornalista do futuro será aquele que vai ser procurado diretamente pelos denunciantes ao invés de lançarem diretamente em sites tipo Wikileaks.
Pois vejam só o que li recentemente. O reputado The New York Times começa a estudar como criar uma linha aberta e com a mais estrita segurança para receber contribuições de quem deseja promover vazamentos. Embora nada tenha sido definido sobre como essa linha para vazamentos vá funcionar, sabe-se que eles precisam agir rapidamente. A concorrência saiu na frente. A rede de televisão árabe Al-Jazeera já criou uma linha dessas que passou a chamar de Unidade de Transparência. Há inclusive rumores que documentos secretos sobre violações de direitos humanos pelo exército israelense já chegaram aos jornalistas da rede árabe.
E cá por essas bandas? Algum meio jornalístico se atreve a abrir um canal de transparência como os que aparecem ailleurs?
Um comentário:
meio complicado...
Nessa reportagem só na eleição de 2010 teve 61 eleitos que informaram que são concessionarios de radio ou tv...
fora aqueles que controlam sem ser concessionarios...
Nessa mesma reportagem tem um ante projeto de lei que visa proibir concessões de meios de comunicação a politicos. Mas o proprio ex-ministro que elaborou o anteprojeto duvida que seja aprovado. Alguem duvida que ele tem razão?
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