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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Governos e Campanhas Eleitorais


Governos não conseguem resolver sozinhos muitos dos problemas que afloram diariamente na vida de uma comunidade. Precisam da participação das pessoas, mas sofrem para serem catalisadores da energia popular. Muitas vezes nem percebem essa necessidade. Recentemente, li uma matéria jornalística que versava sobre como o lixo depositado nas ruas gerava poluição nas praias. Um exemplo clássico de como as ações governamentais de limpeza urbana não são suficientes. Se as pessoas sujarem indiscriminadamente não há serviço de limpeza que baste.

Conseguir o engajamento dos cidadãos às causas comunitárias envolve, dentre outras coisas, uma campanha educacional para além da sala de aula. A postura dos cidadãos no seu cotidiano pode e deve ser educada. Usar a criatividade em campanhas de conscientização com exemplos claros dos danos que atos inadequados podem causar é a melhor estratégia educacional.

Mas não é somente isso. O verdadeiro desafio para tornar essas campanhas efetivas é fazer com que sejam apropriadas pelos cidadãos. Elas precisam ser marcantes e gerar o sentimento de contágio. As pessoas têm que se sentir impelidas a participar, pois compreendem os impactos e, acima de tudo, se contagiam com a participação dos outros.

Alguns mais céticos acreditam que nossos governantes não são capazes de gerar isso. Digo que são, sim. O fazem muito bem quando querem se eleger. A mesma dinâmica usada durante uma campanha eleitoral que visa criar um movimento em torno de uma ideia ou de um nome de um candidato pode e deve ser usada nas ações de governo.

Temos exemplos de políticos que são excelentes na campanha. Agitam, interagem, convencem. Agindo assim conseguem ajuda para se eleger. Quando no governo, se apequenam, se fecham. Não conseguem ajuda para governar. Custa usar a mesma estratégia? 

*publicado na coluna opinião do Jornal O Povo, 22 de Fevereiro, 2011

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