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quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Alugam-se Carros de Polícias
Rio de Janeiro e Minas Gerais deram um tom do que pode se alastrar pelo país. Terceirizaram suas frotas de veículos policiais (nenhuma Hilux!). Todas as viaturas operacionais são alugadas e o contrato prevê que os carros não podem passar mais de duas horas parados. Se quebrar, ou se repara ou se envia outro. Em conversa com o coronel comandante do policiamento de Belo Horizonte, ele me disse que, agora sim, podia planejar as ações e executá-las, pois sabe que vai ter os veículos disponíveis. Não tive acesso ao valor do contrato, mas me disseram que ele é bem salgado (como não poderia ser diferente). Essas polícias se resignaram e admitiram que não têm condições de realizar um gerenciamento eficiente de seus veículos. Pediram socorro. Minha constatação antes de ser uma crítica às policias, é uma felicitação pelo não corporativismo e humildade. Foram ao mercado e contrataram quem (teoricamente) sabe fazer melhor. A princípio, uma decisão lógica. A crítica que poderia ser feita é de que custa muito caro. No entanto, se formos quantificar o custo social de ocorrências não atendidas, creio que se paga. Quem vive no contexto policial sabe que o grande gargalo está no custeio. Em menos de um ano viaturas ficam sucateadas e falta dinheiro para qualquer pequena peça. Poderíamos nos questionar: não vai faltar dinheiro para pagar a locadora de veículos? Provavelmente, não. O que um governante mais detesta é colocar dinheiro em uma área onde ele sabe que tem desperdício e é mal gerenciada. Se pagar uma empresa significa a qualidade do serviço público, isso passa a ser prioridade e o dinheiro aparece. De qualquer forma, carece acompanhar as iniciativas para saber os resultados.
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