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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Franceses no Brasil

Estive semana passada no Rio de Janeiro participando de um workshop (nome em inglês para seminário) com pesquisadores sobre um dos temas de minhas pesquisas: simulações e negociações entre agentes de software. No entanto, não é do aspecto técnico que desejo falar nesse texto, mas de outro aspecto que me chamou fortemente atenção. Dentre os pesquisadores participantes do workshop (e outros que conheci em outras circunstâncias) havia quase uma dezena de franceses. Nada fora do normal, pois os franceses têm cientistas de gabarito nessa área de pesquisa. O que me surpreendeu, primeiramente, foi o fato de que todos falavam muito bem o português. Além disso, estavam morando no Brasil, já há algum tempo. A maioria trabalha em uma entidade chamada CIRAD (Centre de coopération International de Recherche em Agronomique pour le Dévelopment – Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa em Agronomia para o Desenvolvimento). Trata-se de uma instituição criada para desenvolver projetos de pesquisa científica em regiões subdesenvolvidas e/ou em desenvolvimento em várias áreas de expertise ligadas a agronomia. No caso dos pesquisadores do workshop, eles eram ligados a área de meio ambiente. Pude conhecer trabalhos muito interessantes relativos a preservação ambiental seja na Floresta Amazônica, na floresta da Tijuca e mesmo de preservação da qualidade da água em bacias hidrográficas no Estado de São Paulo. Trata-se de um exemplo louvável de transferência tecnológica. Os pesquisadores franceses trazem suas experiências teóricas e, juntamente com pesquisadores brasileiros, vão literalmente a campo para a aplicação de modernas tecnologias investigadas nas Universidades e nos centros de pesquisa. Grande parte dos recursos vem da Comunidade Européia que oferece periodicamente propostas de financiamento a fundo perdido para equipes compostas de pesquisadores europeus com pesquisadores de países em desenvolvimento.

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