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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cooperação Empresa com Universidade: Porque é Tão Difícil?

Há alguns dias atrás participei de uma reunião promovida pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia que tinha o objetivo de aproximar as empresas de Tecnologia da Informação (TI) do Estado às Universidades e a seus laboratórios de pesquisa. A metodologia empregada foi a de que cada laboratório exporia seus projetos e potencialidades para que os empresários pudessem identificar interesses em cooperação. As apresentações dos laboratórios me foram muito úteis, pois não conhecia o que estava sendo feito em boa parte deles. Principalmente os laboratórios da UFC do departamento de teleinformática. Embora necessária, a efetividade da aproximação Universidade-Empresa através de um maior conhecimento de suas competências é somente a ponta do iceberg. Creio que podemos olhar para o problema sob dois pontos de vista. Primeiro, há uma questão financeira. Pesquisas científicas requerem investimento, não são baratas e não dão resultado a curto prazo. Em se tratando do mercado cearense, que é majoritariamente formado por pequenas e médias empresas, recursos privados para pesquisas não são de forma alguma fáceis de serem obtidos. A margem de manobra das empresas é pequeníssima e ainda por cima, não custa lembrar, pesquisa embute um risco que as empresas quase nunca se sentem confortáveis em bancar. Depende-se assim fortemente de uma política governamental de indução a cooperação e que envolva recursos públicos. Os recentes investimentos do Governo Federal em subvenções econômicas às empresas privadas é um exemplo de como isso pode ser feito. O outro ponto de vista refere-se ao aspecto metodológico de como a cooperação pode ser feita efetivamente. Nesse aspecto, considero que a forma mais efetiva de cooperação deve envolver sempre que possível a imersão do pesquisador dentro da Empresa. Ele precisa conhecer o negócio da Empresa, suas potencialidades e seus problemas. Isso é fundamental porque a descoberta de um problema (em termos científicos) é uma das etapas cruciais do processo de pesquisa. Tenho visto muito freqüentemente os empresários buscarem na academia soluções para problemas que os mesmos identificam nas suas Empresas. Em sua grande maioria trata-se de problemas que podem ser resolvidos com a adoção de uma tecnologia adequada. Não deixam de ser importantes para a Empresa e podem otimizar suas operações, mas não se caracterizam como problemas de pesquisa e que, ao serem resolvidos, podem dar um diferencial competitivo significativo. Já mencionei em texto anterior (acesse-o clicando aqui) como algumas empresas estão criando um conselho de ciência e tecnologia e colocando pesquisadores acadêmicos para fazer parte do mesmo. Se provermos soluções para os problemas apresentados sob essas duas óticas, a aproximação será muito mais fácil. Na verdade, sou bem otimista quanto a essa aproximação, pois é exigência do mercado globalizado. Vale a lembrança do que também já mencionei no mesmo texto supra-referenciado. O maior motor de indução da aproximação universidade-empresa é a competição do mercado que vai exigir inovação em todos os níveis das organizações. Quem não investir nisso, não sobreviverá muito tempo.

Um comentário:

jedson disse...

cara o negocio seria trazer a empresa ate a universidade e a levar a universidade para empresa....isso quer dizer uma poderia ajudar a outra ...a empresa seria como um "livro de problemas" a universidade seria alguem que solucionasse afim de adquirir conhecimentos...um exemplo de soluçao foi de um professor meu na unifor que passou um trabalho para nos alunos conhecemos uma empresa e elaborasse um sistema para melhorar a empresa de um modo grosso falando...assim nos alunos conheceríamos a empresa elaboraremos o projeto e damos para o usuario jsomente pela troca de conhecimento...claro que isso nao resolve o problema de pesquisa científicas(q sao muito caras...) mas e o começo de um vinculo..exemplo se uma empresa media cresce e ela gostou viu o que as universidades fizeram para ela no quando esta em desenvolvimento acho que que tera outra visao sobre as universidades e poderam ate investir em desenvolvimentos cientificos mas isso requer um enorme esforço das universidades que terao que informar,explicar os beneficios e os maleficios para as empresas essa falta de informaçao pode ser tambem um motivo que dificulta essa cooperação