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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Dirigindo em Rond Points


Rond point é o nome em Francês para os giradores ou rotatórios que encontramos em algumas cidades brasileiras. São usados para controle de tráfego em cruzamentos. Escolhi o nome em francês pelo fato deste tipo de controle de tráfego ser bem típico na França. Quando morava lá, sempre me surpreendia como o trânsito fluía bem e pude conviver com alguns giradores que possuem mais de 10 avenidas. O mais popular é sem dúvida L´Étoile (A Estrela) onde está o Arco do Triunfo (ver foto acima), e chegam doze avenidas. Isso mesmo, doze (veja o mapa acima). Mesmo nesses gigantescos, a coisa funciona (e sem abalroamentos, diga-se de passagem). Por outro lado, fico extremamente intrigado como aqui em Fortaleza somos tão “amarrados” em rond points. Decididamente é um problema cultural. E olhe que não se trata de coisa nova, por estas paragens. Parece-me que os cearenses não conseguem compreender a lógica do rond point. A idéia básica é de que normalmente se pode entrar na roda sem ter que parar. Basta reduzir a velocidade. A contrapartida dos que já estão na roda é uma direção lenta e atenta para permitir a entrada dos outros. Outra estratégia é saber se posicionar no lado interno ou mais externo da roda. Só se deve ir para o lado externo quando se quer sair da roda. Isso evita o bloqueio da entrada dos outros. Os engarrafamentos que vivenciamos nos nossos rond points demonstram nossa incapacidade de dirigir nesses instrumentos. Quase que diariamente, enfrento um desses engarrafamentos no rond point recentemente construído na entrada da BR-116 (na praça Manuel Dias Branco). Para piorar, a prefeitura, periodicamente decide colocar guardas para fazer o papel de semáforo e “controlar” o trânsito. Como era de se esperar, aí é que o negócio fica ruim. Claro. Colocar semáforos é totalmente contrário a filosofia. Não desespero. Nada que um programa de cultura cidadã não consiga mudar.

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