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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Os próximos 50 anos

Alguns colegas que sabem de meu vício por livrarias têm me solicitado sugestões de livros. Não me sinto confortável para sugerir livros de ficção, pois os acho muito pessoal. Vou arriscar uns não-ficção de vez em quando. Um que acabei de ler e achei interessante faz uma coletânea de ensaios de 25 cientistas sobre como será o futuro da ciência daqui a cinqüenta anos (“The Next Fifty Years: Science in the first half of the twenty-first century”, Editado por J. Brockman, Vintage Books, 2002). Diferentes assuntos como genoma humano, astro biologia, computação quântica, inteligência artificial são tratados em ensaios por biologistas, psicólogos, físicos, químicos, neurocientistas e cientistas de computação, entre outros. É uma tarefa desafiadora e arriscada, pois por melhor que seja o cientista, as bolas de cristal não são distribuídas nas Universidades. J No entanto, a maioria dos textos é muito instrutiva, pois o linguajar é simples e didático. Permite-nos compreender onde está a ciência hoje e quais são os desafios para o futuro. Para os professores, sugiro em especial o capítulo escrito por Roger Schank, um pesquisador em Inteligência Artificial, que tem focado suas pesquisas em computação para educação. Ele tem uma visão muito crítica do processo educacional atual e acredita que uma mudança radical tem que ocorrer (mais do que uma previsão, ele faz uma conclamação). Com a computação ubíqua (computador em todo canto e a todo o momento), ele acredita que mesmos as paredes vão poder responder perguntas. Por conseguinte, a educação deve ser focada na realização de perguntas e não no provimento de respostas. As respostas, as máquinas poderão dar. Em suma, ele diz que os professores tem que deixar de fazer perguntas e exigir que os alunos as façam.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com o Roger: espero que a idade dos "porquês" que as crinças passam quando têm uns três anos se extenda por toda a vida.
Rubens