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quarta-feira, 30 de junho de 2010

A Imprensa Esportiva e a Seleção

Os últimos atritos de Dunga com a imprensa levaram-me a refletir sobre os porquês dessas crises. Verdade seja dita. Não é só Dunga que tem (ou teve) essas crises. Outros técnicos também sofreram com a pressão de ser técnico da Seleção e a imprensa acaba sendo canalizadora e algumas vezes geradora dessa pressão. Os atritos são comuns. Alguns mais habilidosos, como Parreira, tiraram de letra. Outros como Felipão, Zagalo, Leão e Luxemburgo em maior ou menor escala tiveram relação conturbada com a imprensa. Defensor incondicional da Imprensa como instituição fundamental da democracia que sou, acho que o papel de intermediária entre a Seleção e a população exercido pela imprensa é fundamental. Afinal de contas, quer goste ou desgoste, nada mais importante ao cidadão brasileiro do que o futebol nacional. Ser informado sobre tudo o que acontece com a Seleção é questão de vida ou morte.

Evidente que não se pode esperar que a imprensa seja só uma mera repassadora de fatos. Cabe-lhe também interpretá-los, analisá-los e mesmo induzir o espírito critico da sociedade. Em se tratando de política, por exemplo, a investigação jornalística é fundamental para controle social.

Em tempos de Copa do Mundo, no entanto, os interesses econômicos são muito grandes. Os patrocínios gigantescos e as exigências por exposição das marcas igualmente. Como gerar pauta para todo esse esquema? Com programas de “análise” esportiva. E haja analista e haja assunto. A mídia está repleta de “especialistas” e que se posicionam sobre toda e qualquer escolha feita pelo treinador ou jogadores. Impossível acertar. Impossível ter consenso. Dificílimo ser imparcial. Alguns jogam literalmente para a galera (para ficar no contexto), pois mantém a popularidade. Nesse contexto, chega-se mesmo a esquecer que o futebol por ser um jogo carrega o fator do imponderável. A conseqüência é que se passa ao exercício do achômetro com roupagem jornalística sendo assim inevitável o desgaste. As críticas e observações pontuais em particular sobre  o treinador ficam repetitivas e passam a imagem de que há uma perseguição. O interessante é que isso pode se voltar contra o próprio veículo jornalístico. Os recentes eventos com Cala Galvão, Cala Boca Tadeu Schmidt e Um Dia Sem Globo exemplificam isso.

Um comentário:

Paulo Vitor Moraes disse...

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