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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Uma Luz no Fim do Túnel

O sentimento de que o Brasil não tem jeito é algo compartilhado por muitos brasileiros. Não é difícil nos percebermos por circunstâncias diversas, que a realidade nos impõe diariamente, em um pessimismo desanimador. Recentemente, comecei a perceber uma brisa (embora leve!) em uma direção que me causa alento. Sem muita pretensão científica, tenho eventualmente refletido nesse blog sobre a questão de nossos valores como povo (clique aqui e aqui para acessar textos sobre a questão). Acredito haver uma crise de identidade do brasileiro. Ele quer ser do primeiro mundo, mas não consegue perceber que os valores que internaliza não o permitem ser. Nossa mentalidade pouco comunitária, de querer levar vantagem em tudo e do jeitinho brasileiro nos levou a criar a sociedade desigual que conhecemos hoje. Esse assunto não é novo e no meio científico há muito tem sido discutido e estudado. O antropólogo Roberto da Matta, por exemplo, tem se dedicado há algum tempo a estudar o “jeitinho brasileiro” e o quão danoso ele é para o País. O problema é que nem esse nem outros temas correlatos conseguiram se tornar um tema popular. De vez em quando temos indicação de que a onda pró-ética vai tomar dimensão ela é logo abortadas, normalmente, por força da realidade cruel do quotidiano que tem a capacidade de enlamear tudo e todos que se arvoram a suscitar o tema. A mais recente oportunidade perdida veio com a chegada do PT ao governo e com a eleição do presidente Lula. Ela vinha precedida de muita esperança que a questão ética pudesse ser colocada na linha de frente dos problemas nacionais. Mensalões, Calheiros e outras questões sufocaram totalmente o tema. Mais recentemente, no entanto, tenho observado através de observações, interações e discussões (muitas delas na blogosfera) que essa questão tem se tornado de mais em mais popular. Um evento que certamente trará mais luz sobre a questão será a discussão que se inicia a partir dos resultados obtidos pela pesquisa realizada pelo cientista social Alberto Almeida no seu livro “A Cabeça do Brasileiro” (veja ao lado o link para o livro e como adquiri-lo). Considero leitura imperdível para todos. É um livro super interessante e será certamente muito útil para trazer à tona a discussão sobre nossas mazelas. Muito polêmico em uma série de conclusões, ele nos permite, de qualquer forma, quantificar a existência de valores arcaicos que relutamos a aceitar que temos enquanto povo. Por exemplo, a pesquisa mostra que a maioria de nossa população é favorável a censura, é leniente com políticos que roubam mais fazem, aceita a violência contra criminosos e outras coisas mais. Todas essas conclusões são delineadas dentro de um quadro em que o fator determinante, na opinião do autor, é o nível de escolaridade. Ou seja, quem tem escolaridade tem internalizado os valores ditos modernos e quem tem pouca escolaridade tem internalizado os valores arcaicos. Como País tem em sua maioria um nível de escolaridade baixo, somos mais arcaicos do que modernos. É claro que um assunto desse tipo está longe de ser esgotado e as conclusões do autor estão longe de ser unanimidade. Mas convenhamos, alguns dados mostrados, explicam fortemente boa parte do comportamento dos brasileiros em muitas de nossos problemas. Vou voltar a discutir sobre o livro em outros textos. Por enquanto queria somente sugerir a leitura e enfatizar que trazer à tona a percepção de que necessitamos agir na direção de mudar nossos valores é alentador.

3 comentários:

Anônimo disse...

O título do seu artigo, sugere algo que não encontrei no texto.

Pode ter sido falta de atenção minha ou algo proposital da sua parte.

Onde está a luz ?

Vasco Furtado disse...

Pois eh anonimo,
pode ser pouco mas acho que o reconhecimento do problema e traze-lo a tona eh o primeiro passo para soluciona-lo. Hoje em dia ainda nao eh o caso.

Anônimo disse...

Hola Brazucas .

Una información :
Enquanto equipos de brazil buscan acá nuestros craques para salvar sus medilcres equipos de descencio, nuestros equipos no queren y no fazen la menor quastión de contratar brasieños.
La verdad es que acá periodicos destacan mucho que en brazil por falta de bons jogadores brasileños , equipos brasileñas buscan craques argentinos, uruguaios y chilenos para salvar sus medilcres equipos de descencio en campeonato brasileño.
Perdón la sinceridad y portuñol, más acá nosotros no tiemos menor interesse em ter brasileños en nuestros equipos jogando .
Si fútbol brasileños es depediente de nosotros, no es discución nuestra y sin una dificuldad de usted brazucas que no tien más bons jogadores para supri sus necesidad razión la cuál busca acá nuestros craques.
Uma cosita es verdad, si usted buscan nosotros, es porque saben muy bien de nuetsra gran superoridad , habilidad y racia, cosita que falta em muchos jogadores brasileños.

Acá prensa destaca tambien que vasco, flamengo son equipos gran de Rio de janeiro que necesitan mucho de nosotros para salvar usted de descencio.

Um abrazo,

Esteban Crustille
cordoba