Participei hoje pela manhã, na Agencia de Desenvolvimento do Estado do Ceará – ADECE, de mais uma reunião ordinária da Câmara Setorial de Tecnologia da Informação – CSTIC. Represento a FUNCAP como suplente do Pres. Tarcísio Pequeno.
O Dep. Federal Ariosto Holanda foi convidado para palestrar e expor ideias sobre C&T, inovação e TIC. Ariosto mostrou em suas transparências um pouco da realidade brasileira. Um País em crescimento, mas com um enorme passivo que se formou nos últimos anos. Um passivo, que em sua grande parte, se concentra na área da educação, seja a básica, seja a de nível superior.
Vários números foram apresentados. O Deputado enfatizou a necessidade de mais investimento em extensão para transferência tecnológica. Ele acredita que há muito conhecimento estocado hoje nas universidades e que pode e deve chegar aos meios produtivos. Ótimo que na reunião estavam presentes representantes da FIEC, SEBRAE, BNB e Universidades. Eles são atores fundamentais para realizar isso.
Escutando os comentários das pessoas após a apresentação feita pelo deputado, vi-me novamente na situação que já começa a me ser familiar. A diversidade de percepção do que deve ser uma inovação é muito grande. Todo mundo tem seu conceito de inovação e consequentemente se permite definir o que é relevante para ser inovador. A rigor todos estão certos. Afinal de contas, há exemplos de inovações os mais diversos, nas mais diversas áreas e também com os mais diversos impactos. Só que conseguir engajar um processo de discussão produtivo e construtivo do papel do Estado e das devidas instituições públicas nesse contexto é muito difícil.
A eterna discussão sobre cooperação Universidade-Empresa, por exemplo, vira e mexe volta à tona com observações estereotipadas que nada acrescentam à questão. Já escrevi sobre isso aqui e aqui, mas há na mente das pessoas uma imagem tão forte de estereótipos que tendem sempre a ressaltar a mesma visão de que a Universidade é distante, professores não querem inovar, etc.
Na FUNCAP tenho buscado contribuir e fazer minha parte no projeto atual em andamento. Várias ações de aproximação universidade-empresa, fortalecimento da pesquisa e de estabelecer uma cadeia de inovação vêm sendo realizadas.
Continuo acreditando que a inovar é inventar o futuro. Uma metodologia natural de pensar o futuro é a pesquisa científica. É o que os cientistas estão habilitados a fazer. Evidentemente que inovar não é algo exato e experimentar é regra. Há que se aprender com os erros. Por isso inovação sempre leva um tempo maior do que o que a gente prevê. Há muitos percalços no caminho. Como ainda estamos, no Estado, em fases preliminares desse processo, fica todo mundo achando que há algo errado. Tenho convicção de que o caminho que está sendo trilhado, se continuado, dará bons frutos.
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