Em 1993, quase vinte anos atrás, (puxa como já faz tempo) quando cheguei na França para fazer meu doutorado, passei a conviver com “as novidades” do primeiro mundo. Surpreendia-me, por exemplo, ver que todos dirigiam com cinto de segurança, o que aqui era totalmente inexistente.
Dentre as diferenças percebidas a necessidade de comprar remédios exclusivamente com receita medica foi a que mais nos impressionou e a que mais tarde chegou ao Brasil. Somente agora estamos implantando uma legislação que regula isso. Nosso hábito de comprar um antibiótico na farmácia por indicação de um amigo ou de um vendedor na farmácia traz enormes riscos, que, embora conheçamos, resistimos a minimizar.
Ver que estamos conseguindo evoluir traz-me otimismo, mas esse crescimento não se faz sem dores. No caso da legislação que restringe o acesso a medicamentos sem receita médica as conseqüências são óbvias. O sistema de saúde já estva estrangulado com a demanda que já existia, agora vai ficar ainda mais sobrecarregado. As consultas médicas que já eram rápidas tendem a ficar ainda mais superficiais. Nada que não possamos vencer. Dores do crescimento.
Um comentário:
Caro Vasco,
Não vejo como faremos as coisas mudarem se não for com algumas dores.
Acho até que, muito ainda não foi feito porque trará impactos dolorosos.
Um abraço
Luis Eduardo
Postar um comentário