O blog Mashable dedicou importante espaço para refletir sobre o futuro das mídias sociais no jornalismo. Começam provocando ao dizer que mídias sociais estão mortas. Na verdade, querem dizer que todas as mídias serão sociais e categorizar um jornalismo como social vai ser pleonasmo. Emendam que, além de social, o consumo de conteúdo sera de mais em mais personalizado. As funcionalidades que induzem atividades sociais nos sites estão ainda inspirando os leitores a se tornarem cidadãos jornalistas habilitando-os a publicar e compartilhar informação em grande escala. O Twitter está cheio de exemplos em que o cidadão se tornou jornalista e que a notícia teve forte propagação.
A figura do blogueiro também tende a se moldar a essa nova realidade. Passam a escutar fontes externas e a considerar o quão credíveis elas são. Em conseqüência, passarão, de mais em mais, a ser fonte de referência. Não é a toa que a reconhecida agencia de notícias Associated Press (AP) passou a considerar a possibilidade de referenciar blogueiros como fontes de informações de suas notícias. E olhe que a AP já começou tarde. Uma análise feita em seis anos de artigos do New York Times e do Washigton Post mostrou que os blogs estão crescendo como fonte de referência crível já desde 2008. A análise foi feita em cima de cerca de 2000 artigos e 120 blogs. A conclusão é que há um novo ciclo de notícias se estabelecendo com referencias cruzadas entre os dois veículos.
Outra característica diga de menção é o surgimento de mídias locais e colaborativas. Organizações como TBD possuem estações de TV e website e levam notícias locais e informações da comunidade (no caso de TBD trata-se da comunidade de Washigton, D.C.). Nessas iniciativas há uma mistura entre a fonte da informação e o produtor de conteúdo, pois a testemunha do fato acaba se tornando o repórter. Agora, tudo isso vai exigir uma mente muito aberta dos jornalistas, pois vão ter que se habituar a ceder um grau de controle editorial para a comunidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário