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quarta-feira, 20 de maio de 2009

“Criminoso Que Fica Preso é Azarado”

A frase do título foi dita por Túlio Khan um especialista paulista em Segurança Pública e reproduzida em uma reportagem feita pela revista Época dessa semana. Trata-se de uma matéria reflexiva sobre a realidade do sistema de Segurança Pública no Brasil e em especial sobre os dados da criminalidade. Fui consultado pela jornalista responsável em uma conversa telefônica de quase duas horas. O fio condutor da reportagem foi compreender o porquê do aumento da criminalidade em São Paulo depois de quase sete anos de queda consistente. A jornalista Solange Azevedo ao consultar vários especialistas tenta mostra o quanto ainda precisamos avançar em termos de transparência e de análise desses dados. Sobre esse contexto de pouca transparência ela dispara:
Quando os números são bons, governantes adoram falar sobre a “eficiência” da polícia, quando são ruins ...

Voltando ao caso de São Paulo, a única explicação momentânea plausível para a retomada da escalada dos crimes foi a grave da Polícia Civil no final do ano passado. Mesmo nesse primeiro trimestre, o número de procedimentos e prisões realizados não se equipara aos níveis de 2008. Estima-se que de dos 90 mil boletins de ocorrência que viram inquérito em SP, 3 mil pessoas acabam no sistema prisional. Embora seja um percentual muito pequeno, uma greve de quase dois meses deixa na rua cerca de 6 mil pessoas que não deveriam estar livres. WikiCrimes (www.wikicrimes.org) foi mencionado na reportagem, em particular, sobre como as autoridades não compreendem ainda o projeto. Outra estatística impressionante, dessa vez por uma estimativa de Khan, é de que cerca 60% das ocorrências criminais não são notificadas à polícia. Talvez a experiência que estamos planejando executar na África do Sul possa se tornar um exemplo de como as autoridades poderão usar WikiCrimes de forma complementar ao que possuem hoje. Voltarei a falar mais sobre isso quando os trabalhos nessa direção avançarem.

3 comentários:

Rogério Madureira disse...

Cheguei ao seu site pelo Google e ao seu blog pelo site. Gostaria de compartilhar uma dica para tornar seus escritos mais visíveis aos sites de busca; é bem simples: crie o link na frase chave em vez de em palavras como "clique aqui". Por exemplo, na frase: "Em setembro de 2008 escrevi sobre o Ronda Quarteirão (veja o artigo aqui) e de como, na campanha para prefeito, o tema tinha sido abolido das discussões." Seria bem melhor que criasse o link usando a frase "Ronda Quarteirão" do que em "veja o artigo aqui". A razão é simples: semântica. O ranking do Google (e outros sites) é feito primordialmente por links e títulos das páginas. Se o link não dá uma pista semântica da página que está apontando, fica bem mais improvável que palavras chaves relacionadas com seu tema sejam posicionadas nas primeiras posições dos resultados de busca.

Vasco Furtado disse...

Caro Rogerio,
Obrigado pela dica. Relutei no começo a agir assim porque achei o esquema do aqui mais didático para meus leitores que não são iniciados na web. Mas já era tempo de mudar. Vou faze-lo.
Abco,

Brasil Empreende disse...

Ola visitei seu blog e gostei muito e gostaria de convidar para acessar o meu também e conferir a postagem de hoje: Times financiam falta de idoneidade no brasileirão 2009
Sua visita será um grande prazer para nós.
Acesse: www.brasilempreende.blogspot.com
Atenciosamente,
Sebastião Santos.