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segunda-feira, 11 de maio de 2009
Susan Boyle e as Celebridades Efêmeras da Web
Suzan Boyle é mais um exemplo de celebridade na Internet. Trata-se de uma senhora de 47 anos que aparenta 60, com ar ingênuo e que, com sua voz brilhante, conseguiu ficar célebre depois que foi um a programa de auditório britânico. Já são cerca de 100 Milhões de visitas às cópias do vídeo de sua apresentação no Youtube (cerca de 250 mil comentários em um desses vídeos). Recentemente assisti um programa na Globo News só para discutir o fenômeno Suzan Boyle. Seu visual nada atraente (condição importantíssima para ser célebre) foi muito bem explorado pela produção do programa para criar o clima de surpresa e “venci apesar de tudo e de todos” que entusiasma e emociona as pessoas há anos. Veja o vídeo aqui para compreender bem a estória. Até a música foi bem escolhida. Nesses tempos de Obama que relembrou-nos o discurso de Martin Luther King sobre sonhos impossíveis, “I dreamed a dream“ de “Les Miserables” não podia ter sido mais bem escolhido. Suzans Boyle em programas de auditório não são fenômenos inéditos. No entanto, o vídeo do programa britânico caiu na rede. E aí, toda a diferença está feita. A velocidade transmissão da informação na web transformou Suzan Boyle numa celebridade e fez muita mais gente do que o normal se emocionar. Já tinha escrito sobre esse fenômeno de cauda longa (veja o texto aqui) quando falei do livro com esse nome. É o espaço que a web abriu aos outsiders. Agora, nada está garantido quanto a durabilidade desse momento. Eu diria mesmo que há uma correlação positiva entre o tempo desse apogeu e seu ocaso. Ou seja, as celebridades desaparecerão tão rapidamente como aparecerão. O conceito de celebridade no nosso mundo modificou-se. Antes, as celebridades, goste ou não, tinham um dom. Cantavam, encenavam, escreviam enfim tinham alguma habilidade. Construíam um carreira e, é claro, precisavam ter senso de oportunidade como tudo na vida: estavam no lugar certo, na hora certa. Além disso, os mecanismos de distribuição de imagem eram lentos, visto que poucos e centralizados. A exposição mediática era rara, cara e difícil de ser conseguida. Quem tinha um pouco de espaço, só conseguia disseminação se demonstrasse alguma competência. A internet mudou essa lógica. A disseminação é coletiva, distribuída, por vezes caótica. Agora, o que acho mais interessante é que não podemos dizer que esse processo não é totalmente desprovido de critérios avaliativos. Talvez não haja uma análise mercadológica, estética enfim uma análise com critério técnico. A web estipula seus critérios ad hoc. Os estilos são variados. O humor é o carro chefe (veja um exemplo aqui), mas há espaço para tudo, inclusive o dramalhão. Agora, nesses tempos em que a televisão cria celebridades a partir de Big Brothers e a imprensa escrita as propaga via Caras e coisas afins não dá para criticar os critérios da web, né?
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Um comentário:
meu amor pelo vasco nao tem divisao para min esse vasco foi o melhor time do mundo
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