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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Genialidade Grupal – Resposta dos testes
Semana passada, coloquei dois testes realizados por psicólogos quando tentavam compreender como se dá a criatividade. O resultado para o primeiro pode ser visto na figura abaixo. Parabéns ao Adriano que foi o único que enviou a solução. A dificuldade de resolvê-lo é chamada em inglês de “thinking outside the Box” (algo abrir os horizontes ou ao pé da letra pensar fora da caixa). Os gestaltitas acreditavam que o insight era algo diferente do nosso pensamento tradicional e que estava influenciado por um bloqueio que ao ser eliminado leva a conclusão. No caso do jogo dos nove pontos, o bloqueio é não pensar que as retas podem passar dos pontos. Testes mais recentes com uso de scanners computadorizados indicam que isso não é bem assim. O insight é um mecanismo de raciocínio e busca de solução como os outros. Por essa razão depende mesmo é da experiência de casos similares vividos. Fica difícil ligar os pontos do teste, porque tradicionalmente a experiência das pessoas está ligada ao joguinho de labirinto onde ligar os pontos é feito dentro dos limites. Não há aprendizagem de outra estratégia. Por isso fica difícil encontrar a solução. Outros testes realizados com o intuito de provar essa hipótese mostraram que ao serem ensinadas com estratégias similares as pessoas acabam resolvendo problemas desse tipo mais rapidamente. Para finalizar, a resposta do teste do Raio X é a seguinte: coloque vários aparelhos de Raio X em posições diferentes e direcionados ao tumor. Ligue-os ao mesmo tempo com uma intensidade que não destrua os tecidos, mas de forma que os raios atinjam o tumor ao mesmo tempo. Dessa forma a intensidade que atinge o tumor será forte o suficiente para destruí-lo. O mais interessante desse problema é que ele é resolvido muito mais rapidamente quando várias pessoas discutem sobre o mesmo e colaboram na solução.
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terça-feira, 21 de outubro de 2008
Genialidade Grupal
Li recentemente Group Genius: the Creative Power of Collaboration (Grupo Gênio: a força creativa da colaboração) de Keith Sawyer. O livro trata de assuntos interessantíssimos e que estão fortemente ligados às minhas atividades atuais: criatividade, inovação e colaboração. De uma maneira geral, no entanto, me decepcionou pelo o que considero uma infeliz estratégia seguida pelo autor. Ele caiu na armadilha de dar receitas do que fazer e não fazer e assim dirigiu-se a um terreno arenoso de obra tipo auto-ajuda e que particularmente detesto. Principalmente quando se trata de assuntos que estão na fronteira do conhecimento, melhor deixar o leitor tirar suas conclusões do que ficar querendo propor receitas. Por esta razão não o estarei postando na coluna ao lado. No entanto, há muita coisa interessante no livro que em resumo busca quebrar certo estereotipo de que a criatividade e a inventividade vêm através de insights repentinos por indivíduos iluminados, isolados e mesmo alienados. Ao contrário, criatividade está mais ligada a trabalho em equipe, experiência com tentativa e erro e muita interação, quer seja diretamente com colegas, quer através de idéias que vão sendo gradativamente assimiladas e evoluídas. Quando o autor não está dando receitas de como ser criativo, a leitura flui agradavelmente muito em função das diferentes e interessantes experiências feitas por psicólogos cognitivos descritas no livro. Para relaxar, deixem-me exemplificar com dois testes realizados na década de 60 por psicólogos “Gestaltistas” (consideram que o pensamento e as percepções das pessoas não podem ser entendidos por análises de componentes individualizados, mas somente com a visão completa do todo). Eles fizeram vários testes em busca de entender o fenômeno “aha”ou “heureka” que caracteriza o momento do click, da descoberta, o chamado “cair a ficha”.

Quem souber resolver, pode colocar as soluções nos comentários. Em alguns dias, farei alguns comentários sobre a dificuldade de se resolver esse tipo de problema (além de dizer a solução).
1º teste – Nove Pontos
Veja a figura abaixo. Tente conectar os nove pontos com quatro retas sem tirar a caneta do papel, nem passar duas vezes no mesmo caminho.
2º teste – Problema do Raio X
Suponha que você é um médico e tem um paciente com um tumor maligno no estômago. É impossível operá-lo, mas se o tumor não for destruído o paciente irá morrer. Existe um tipo de Raio X que pode ser usado para destruir o tumor. Se esse Raio X atingir o tumor todo de uma vez com uma intensidade alta o tumor será destruído. Infelizmente, com essa intensidade necessária o Raio X destruirá todo tecido de pele e nervoso que encontrar pela frente. Com uma intensidade baixa os tecidos não são destruídos mas o tumor não é destruído. Como fazer para não deixar o paciente morrer sem destruir seus tecidos nervoso e da pele?
Quem souber resolver, pode colocar as soluções nos comentários. Em alguns dias, farei alguns comentários sobre a dificuldade de se resolver esse tipo de problema (além de dizer a solução).
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