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terça-feira, 24 de março de 2009

A Saga da Delta

Já andei escrevendo sobre sagas que passei ao ser atendido por serviços de algumas de nossas grandes Empresas (a saga da Tim começa aqui e a da TAM aqui). Agora, saga de multinacional é a primeira que vivi. Minha ida para a Califórnia na última sexta-feira tinha tudo para ser uma das mais tranqüilas e rápidas. Afinal, o Governo do Estado, em especial a Secretaria de Turismo, tinha conseguido colocar Fortaleza na rota da Delta Airlines, uma das grandes companhias aéreas americanas. Que maravilha! O vôo Fortaleza-Atlanta era a aproximação entre os hemisférios que merecíamos. Algo do que se orgulhar. Isso se tudo não passasse de uma farsa sem tamanho. Os vôos são frequentemente cancelados por causa de "manutenções" nas aeronoves. A verdade, que mesmo os funcionários da Delta não conseguem esconder, é de a viabilidade econômica do vôo é dúvidosa. Quem sofre as consequencias é o cliente que é desrespeitado sem pena. Se não há quórum suficiente para tornar o vôo lucrativo, ele é cancelado e os passageiros são “jogados” de um lado para outro. Foi exatamente o que aconteceu comigo. Se tudo tivesse corrido bem, a previsão era de chegar em San francisco ainda na sexta-feira em cerca de treze horas de viagem. Um vôo diuturno com apenas uma conexão em Atlanta (provavelmente mais caro do que o que acabei pegando). Com o cancelamento, fui enviado ao Rio de Janeiro e só saí para Atlanta cerca das onze da noite. Quase na hora que deveria estar chegando ao destino. Nesse ínterim, o atendimento da Delta mostrou-se digno dos péssimos serviços por mim supra-mencionados. Perdi uma diária do hotel nos EUA que já estava paga. Ao perguntar quem ia me ressarcir, disseram-me “resolva no Rio de Janeiro”. No Rio de Janeiro, disseram-me “resolva no site”. Em Fortaleza, garantiram que teríamos um hotel no próprio aeroporto para nos abrigar até a saída do vôo(eu e os outros cerca de vinte passageiros na mesma situação). Ao chegar no Rio, nada de hotel. A notícia era de que não havia disponibilidade. Promessas de que poderia haver um upgrade para classe executiva também fizeram o mesmo trajeto: Fortaleza-Rio-Água. Consegui falar com o gerente da Delta no Rio. Disse-lhe que o mínimo que a companhia deveria fazer era me fornecer um upgrade mesmo sem minha solicitação, pois naquela noite deveria estar dormindo em um hotel no destino e não dentro de um avião como fui obrigado a fazer. Fui pouco convincente. Sabe o que ele me ofereceu: a sala VIP. Só que só poderia acessá-la quando o check-in fosse feito. Como o check-in não podia ser feito, não podíamos acessar a sala VIP. Cheguei em San Francisco em uma pequena viagem de cerca de 36 horas. Dei queixa na ANAC. Fui gentilmente atendido, mas percebi o quão frágil é sua estrutura. Sei que se recorrer a justiça terei como receber meus direitos, mas mesmo para um blogueiro ter essas estórias para contar cansa.

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