A blogesfera e a mídia de tecnologia essa semana deu, não surpreendentemente, muito espaço para o protótipo do Google Glass, um óculos que lhe permite ficar conectado na web a todo instante. A gigante de Mountain View tem hoje o poder de divulgar publicidade sem pagar um tostãozinho. Tudo que lançam gera “mídia espontânea”.
Convenhamos, não sem razão. Google é uma fábrica de inovações (alguns de meus textos sobre a Google podem ser vistos aqui e aqui). Mas afinal esses óculos são tão inovadores assim mesmo? Vejam um dos vídeos que descreve os óculos abaixo. Ele permite aos usuários estarem conectados na web e fazerem uso de serviços diversos, principalmente os ligados a localização, de forma imediata.
Embora pareça muito futurístico, a proposta não é muito diferente do que já existe hoje em telefones celulares. A combinação de serviços de fotos, consulta em mapas e uso de vídeos, tudo isso com interface via voz ,já está presente nos melhores SmartPhones. O que surpreende na proposta da Google é a mudança do paradigma de que o telefone deixaria ser usado desacoplado do corpo como o fazemos hoje. As mulheres então o desacoplam demais ao colocarem os seus dentro das bolsas (e consequentemente o “perdem” e/ou não atendem as chamadas).
Ao propor um novo modelo de usar um smartphone que passa a ser vestido pelo usuário, ela fortalece a ideia, que lhe é interessante, de que estaremos conectados a todo e qualquer momento. Os impactos dessa proposta são imensos. Ela vislumbra um futuro onde a interação com a Web será natural como quem conversa com um amigo. Tal naturalidade enfatiza o quanto será necessário termos soluções, também naturais, para proteger a privacidade das pessoas. Alguém vai se preocupar com isso? Ou será como a política de privacidade do Facebook que segue a linha de Mark Zuckerberg que já declarou “Who cares about privacy?”.
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