Tenho viajado de avião com alguma freqüência e a qualidade dos serviços prestados se deterioriza com tanta intensidade que é impossível não pensar que isso pode afetar a segurança do vôo.
É comum viajar com equipamentos quebrados, por exemplo. Na volta de Nova York pela Delta Airlines, minha esposa ficou num assento que não tinha luz, áudio nem vídeo. O vôo lotado impediu a mudança de assento. Reclamações similares foram feitas por outros passageiros. O avião era um Boeing com pouquíssimo espaço para colocar as bagagens de mão. Foi uma batalha para achar espaço disponível. A comida, para variar, é péssima. O atendimento é sofrível. Um das atendentes espirrava tanto que não tínhamos nem interesse que ela viesse nos servir.
O serviço de entrega de bagagens, esse então, é um sufoco só. Para cada dez viagens internacionais que faço, em três delas a bagagem é extraviada. Em especial, se houver conexões. Desta vez uma de nossas malas não chegou. A Delta em São Paulo nos ofereceu números de telefone, fax e email para contato que simplesmente não funcionam. O sistema de informática para rastreamento de bagagem não é atualizado. Enfim, estávamos certos de que a mala não chegaria mais.
Depois de mais de dez dias, após um contato informal conseguido pela agência de turismo onde compramos as passagens, descobrimos que a mala já tinha sido enviada para São Paulo (estava em Detroit). Ontem recebi uma carta da Delta dizendo que lamentava não terem encontrado a mala !? Ela já estava conosco em casa e eles nem sabiam. Um descontrole total!
A Delta não é um exemplo solitário. As outras companhias, estrangeiras ou nacionais, estão no mesmo nível. Mas isso não acontece igualmente em todos os lugares. A atuação dos órgãos reguladores no Brasil é insignificante e ficamos à mercê dos interesses econômicos das empresas. Não dá mais para dizer que não se teme andar de avião.
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