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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Privacidade e Segurança em Mídias Sociais


Estou participando em Belo Horizonte de um Workshop Internacional sobre privacidade e segurança em mídias sociais. Um encontro excelente em que pesquisadores de diversas partes do mundo estão presentes. O workshop se desenvolve na UFMG sob coordenação do Prof. Virgilio Almeida do Departamento de Computação.

O primeiro dia foi concentrado nas questões de privacidade.Um desafio de pesquisa que tende a se tornar cada vez mais importante no contexto da web no futuro. Aliás, já é um problema relevante. Muito embora as pessoas, em especial os jovens, dêem sempre mostras de que não se preocupam muito com privacidade, os abusos a que estamos sujeitos com o uso de informações pessoais em interesses diferentes dos que desejamos já chega a níveis intoleráveis.

Prof. Bala Khrisnamurthi deu uma palestra impressionante sobre como os dados pessoais hoje na Web são facilmente vazados e, em especial, como a Google é a maior usuária desses dados.

Como combater essa realidade sem cair na tentação de criar controles excessivos? De uma forma geral, o consenso é de que é preciso prover ferramentas que permitam aumentar a capacidade de monitorar seus dados pessoais e de proibir que os mesmos sejam usados em condições divergentes àquelas concordadas inicialmente pelos usuários.  

O desafio dos pesquisadores de computação é criar modelos computacionais que sejam simples e usáveis. Isso está longe de ser trivial. Facebook, por exemplo, definiu uma nova política de privacidade que é tão complexa que parece só estar querendo que as pessoas se desinteressem ou não consigam controlar seus dados.

O problema tende a crescer exponencialmente. Com o advento da Web Semântica será possível, de mais a mais, explorar dados por programas e isso pode vir a ser menos transparente ainda para as pessoas. Não é a toa que a comunidade de pesquisadores de Web Semântica tem buscado soluções que se baseiam na formalização das permissões de acesso para cada objeto semântico caracterizado. Essas permissões acompanhariam os dados quando estes trafegam e assim seriam investigados por softwares que venham a fazer automaticamente a autenticação e validação das permissões. Muito há ainda a se fazer, mas o tema é mais do que palpitante.



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