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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os Seios da Princesa, Paparazzi e Internet: Um mistura explosiva


Qual manchete vende mais? o cachorro mordeu o homem ou o homem mordeu o cachorro? Essa pergunta anedótica ilustra o quanto a mídia precisa chamar a atenção de seus leitores. Os eventos incomuns constituem excelente oportunidade para isso.

O topless, prática das mulheres não usarem a parte superior do biquíni nas praias, é extremamente comum na Europa. Os anos 60, marcados pelos movimentos de liberdade feminista na Europa, foram a época de início da prática de topless nas praias europeias, prática que persiste até hoje, embora em declínio.

Essa semana pensei nesse tema ao ler sobre o impacto causado pela matéria de um jornal sensacionalista francês que mostrou fotos da esposa do príncipe William da Inglaterra em topless durante as férias de verão. Mais do que o abuso da privacidade da princesa que foi perseguida por um Paparazo em um castelo privado e que usando câmeras com potente zoom conseguiu capta-la, o que me atraiu na história foi a perspectiva da disseminação do sensacionalismo via Internet.

Sempre houve gente bisbilhotando a vida das celebridades com o objetivo de exploração comercial, pelo simples fato de que vende. Nesses nossos tempos de veiculação rápida e global da informação  isso tem componentes mais agudos. Dentre eles o choque cultural. É aí que insiro a questão do topless. Embora comum na Europa, tem sua aceitação variada de país a país. Alguns como o nosso, é curioso, meio fetiche, meio desafiador, mas, não chega a ser agressivo. No entanto, há aqueles em que tal prática é vista de forma muito pejorativa, agressiva mesmo.

Celebridades como o príncipe e a princesa não podem mais ter comportamento condizente somente com a cultura deles. Precisam ser politicamente corretos com um mundo que cada vez mais se radicaliza. Deve ser frustrante. É muita proibição. Mas a busca por audiência que era monopolizada pelos meios de comunicação oligárquicos, agora tornou-se paranoia de todo pequeno produtor de conteúdo na Web. Enfim, tem muito mais gente querendo explorar as mordidas dos homens nos cachorros. São sinais de nossos tempos.

2 comentários:

Menezes disse...

Lembrei de uma piada que meu pai contava sobre uma manchete de jornal:
Cachorro fêz mal à moça".
Nada além de um cachorro-quente estragado.

Vasco Furtado disse...

ótima como todas de Seu Evanildo!