Tenho escrito sobre a importância de ações preventivas para conter a onde de violência e insegurança que vivenciamos, mas sempre tenho muita cautela nas minhas exposições. Essa cautela se
justifica porque me incomoda sobremaneira a forma como esse discurso tem sido
usado de forma quase que irresponsável.
Em recente artigo para o Jornal O Povo deixei bem claro
que repressão com ações policiais deve acontecer em dosagem variada dependendo
do problema. Ações preventivas, desenvolvidas pela Polícia ou não, são em algumas circunstâncias muito mais efetivas que qualquer ação repressiva. Tão logo escrevo isso, sou surpreendido com uma matéria no mesmo
cotidiano sobre a onda de assaltos a banco em cidades do interior do Estado.
Representantes da Academia e da Polícia são interrogados pelo jornal e pasmem,
o discurso de prevenção social está lá presente.
Francamente! Dizer que explosão de bancos bem como assaltos
feitos com quadrilha de oito carros que fecham uma cidade devem ser tratados
com projetos sociais é uma brincadeira de muito mau gosto. Isso desgasta o discurso
da prevenção e parece querer encobrir suas próprias deficiências ofuscando a visão das pessoas.
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