Vi-me refletindo sobre qual
balanço deve fazer Cid Gomes após a aliança (dita) com Luizianne ter se
desfeito. Uma aliança que inclusive o levou, cerca de um ano e meio atrás, a romper
com Tasso Jereissati quando apoiou o Pimentel para o
senado. Ao contrapor-se a Tasso tomou uma decisão que parece-me ter
se fundamentado na crença de que a troca de conveniências que vivia era por
demais valiosa. Mais valiosa do que afinidades de estilo, pensamento e forma de governar que pareciam existir.
Para alguém que não vive na
política como eu é difícil compreender a lógica seguida pelos que nela
vivem. É fácil repetir que a política é
feita de coligações, partidos, alianças, sapos engolidos e blá, blá,
blá. Mas tendo a achar que existe alguma ética de afinidades programáticas
ou ideológica que devem ser perseguidas. Pelo menos era para ser assim. Não vem sendo o caso aqui no Estado.
Sempre ficou evidente que os
governos estadual e municipal pensavam diferente em suas ideias mais
determinantes (e.g. estaleiro no titanzinho).
Na verdade, PT e PSB pós Ferreira Gomes também deram várias mostras que
pensavam diferente. Bem, se Cid considera que valeu a pena ou não, não cabe a mim dizer e nem é de fato muito relevante. A questão mais relevante refere-se ao balanço que nós cidadãos fizemos desse
tempo de aliança. Ela nos foi positiva ?
Não consigo achar indicações
que sim. Não vi o surgimento de políticas integradas, muito pelo contrário
(e.g. buracos nas ruas). Não vi plano integrado por prevenção em
Segurança Pública, coisa que considero fundamental para o combate á violência e
nem vi ações políticas articuladas pela bancada em prol do Estado. A aliança teve ainda o deletério efeito de sufocar as opiniões contraditórias. Implantou-se um pacto do silêncio que só era quebrado pelas tuitadas de alguns em razões e momentos muito pouco claros.
O que espero é que não escutemos novamente, nas próximas eleições, as promessas de que vamos trabalhar em sintonia com Estado e União porque somos aliados. Os acordos de conveniência tem feito como que esse discurso fique cada vez mais desagastado.
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