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segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Cesta Mais Fácil


O mapa abaixo que copiei do blog flowingdata que por sua vez se referiu ao artigo científico de Goldsberry da Universidade de Havard, além de interessantíssimo aos amantes do Basquete, é um exemplo para os profissionais do esporte. O mapa mostra um mapa colorido de calor indicando os locais de uma quadra de basquete onde se faz mais pontos. São dados de arremessos em partidas da NBA de 2006 a 2011.

Seria natural pensar que quanto mais perto mais pontos feitos, não? Não é bem assim. Veja que perto da cesta é onde está o vermelho forte, mas a meia distância é branco (não teve pontos) e depois verde, indicando que poucos pontos são convertidos da região. Mais distante, tangenciando a linha dos três pontos, vê-se outra tonalidade mais forte.

Acho também importante pontuar aqui o estudo em si. Ele foi apresentado na Conferência Sports Analytics patrocinada pelo MIT Sloan (Escola de Gestão do MIT – Massachusets Institute of Technology). Os americanos sempre foram obcecados por coletar e analisar dados. Em todos os esportes que praticam fazem isso com muita frequência. Isso agora está deixando de ser algo empírico e começa ser explorado pela comunidade científica. Afinal, com o acúmulo dos dados, as explorações destes fogem do que uma planilha Excel pode dar. Descobrir pontos falhos do adversário ou mesmo virtudes não percebidas do próprio time pode valer milhões de dólares, coisa que os americanos levam bem a sério.

E nós? Como estamos, no futebol, por exemplo? Teremos muita dificuldade em avançar porque não temos a cultura de coletar dados. A história não foi digitalizada nem contabilizada de forma estruturada. Dá para tirar o atraso? Sim, mas temos que correr. Esportes deixaram, há muito tempo, de serem coisa de amador. 

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