O mapa abaixo que copiei do blog flowingdata que por sua vez se referiu ao artigo científico de Goldsberry da Universidade de Havard, além de interessantíssimo aos amantes do Basquete, é um exemplo para os profissionais do esporte. O mapa mostra um mapa colorido de calor indicando os locais de uma quadra de basquete onde se faz mais pontos. São dados de arremessos em partidas da NBA de 2006 a 2011.
Seria natural pensar que quanto mais perto mais pontos
feitos, não? Não é bem assim. Veja que perto da cesta é onde está o vermelho
forte, mas a meia distância é branco (não teve pontos) e depois verde, indicando
que poucos pontos são convertidos da região. Mais distante, tangenciando a
linha dos três pontos, vê-se outra tonalidade mais forte.
Acho também importante pontuar aqui o estudo em si. Ele foi apresentado
na Conferência Sports Analytics patrocinada pelo MIT Sloan (Escola
de Gestão do MIT – Massachusets Institute of Technology). Os americanos sempre
foram obcecados por coletar e analisar dados. Em todos os esportes que praticam
fazem isso com muita frequência. Isso agora está deixando de ser algo empírico
e começa ser explorado pela comunidade científica. Afinal, com o acúmulo dos
dados, as explorações destes fogem do que uma planilha Excel pode dar.
Descobrir pontos falhos do adversário ou mesmo virtudes não percebidas do
próprio time pode valer milhões de dólares, coisa que os americanos levam bem a
sério.
E nós? Como estamos, no futebol, por exemplo? Teremos muita
dificuldade em avançar porque não temos a cultura de coletar dados. A história
não foi digitalizada nem contabilizada de forma estruturada. Dá para tirar o
atraso? Sim, mas temos que correr. Esportes deixaram, há muito tempo, de serem coisa de amador.
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