Terminado o EuroiTV, congresso europeu de televisão interativa, faço um balanço de um
aspecto que me chamou atenção em especial após a palestra dos convidados
especiais. Eles eram do YouTube. Olga Khroustaleva e Tom Broxton usaram poucas palavras e muitos
vídeos para nos dizer o que já sabemos: YouTube é impressionante! Os números
são absurdos (já mencionei alguns aqui).
Mais de 800 milhões de pessoas veem seus vídeos por mês.
Com a criação dos
canais onde se pode categorizar o que se quer ver, YouTube tornou-se
mais próximo do modelo de TV com uma grande vantagem, pois está se permitindo
inovar no modelo de negócios. O modelo
de publicidade da televisão com publicidade entre programas tem se mostrado claramente
decadente. Os telespectadores hoje têm instrumentos para saltar as publicidades
com muita facilidade. Vejo em casa um exemplo disso. Minhas filhas sempre
assistem dois programas ao mesmo tempo, pois gravam um programa, enquanto
assistem um outro, que voltarão a assistir quando estiver na publicidade do
segundo.
Os palestrantes fizeram uma pequena experiência com a
plateia. Deram-nos pulseiras vermelhas e verdes para que levantássemos quando
quiséssemos que os vídeos que eles nos passariam parasse ou continuasse,
respectivamente. Ao passar um vídeo de uma publicidade tradicional onde havia
um pai brigando com um filho e no fim uma mensagem publicitária, todos
levantaram a pulseira vermelha muito antes da mensagem publicitária acabar. Por
outro lado, ao mostrar um vídeo de um carro que salta obstáculos incríveis
ninguém levantou a pulseira vermelha. Durante o vídeo a propaganda do
patrocinador aparecia subliminarmente diversas vezes.
YouTube propõe um canal só de publicidade. Só assiste quem
quer ver publicidade. Mas como fazer para que os usuários queiram vê-las? Simples
(mas difícil de fazer). Os vídeos de publicidade são tão divertidos e criativos
que atraem a audiência. Em resumo, o usuário da televisão interativa de hoje
não quer ser obrigado a assistir nada. A conquista não será nada fácil.
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