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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Euro iTV 2012


Terminado o EuroiTV, congresso europeu de televisão interativa, faço um balanço de um aspecto que me chamou atenção em especial após a palestra dos convidados especiais. Eles eram do YouTube. Olga Khroustaleva e Tom Broxton usaram poucas palavras e muitos vídeos para nos dizer o que já sabemos: YouTube é impressionante! Os números são absurdos (já mencionei alguns aqui). Mais de 800 milhões de pessoas veem seus vídeos por mês.

Com a criação dos  canais onde se pode categorizar o que se quer ver, YouTube tornou-se mais próximo do modelo de TV com uma grande vantagem, pois está se permitindo inovar no modelo de negócios.  O modelo de publicidade da televisão com publicidade entre programas tem se mostrado claramente decadente. Os telespectadores hoje têm instrumentos para saltar as publicidades com muita facilidade. Vejo em casa um exemplo disso. Minhas filhas sempre assistem dois programas ao mesmo tempo, pois gravam um programa, enquanto assistem um outro, que voltarão a assistir quando estiver na publicidade do segundo.

Os palestrantes fizeram uma pequena experiência com a plateia. Deram-nos pulseiras vermelhas e verdes para que levantássemos quando quiséssemos que os vídeos que eles nos passariam parasse ou continuasse, respectivamente. Ao passar um vídeo de uma publicidade tradicional onde havia um pai brigando com um filho e no fim uma mensagem publicitária, todos levantaram a pulseira vermelha muito antes da mensagem publicitária acabar. Por outro lado, ao mostrar um vídeo de um carro que salta obstáculos incríveis ninguém levantou a pulseira vermelha. Durante o vídeo a propaganda do patrocinador aparecia subliminarmente diversas vezes.

YouTube propõe um canal só de publicidade. Só assiste quem quer ver publicidade. Mas como fazer para que os usuários queiram vê-las? Simples (mas difícil de fazer). Os vídeos de publicidade são tão divertidos e criativos que atraem a audiência. Em resumo, o usuário da televisão interativa de hoje não quer ser obrigado a assistir nada. A conquista não será nada fácil.

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