Dois artigos provocativos escritos na Wired recentemente por Chris Anderson (A Cauda Longa) e Michael Wolff debatem sobre algo até certo tempo inusitado. A Web com suas páginas e browsers estaria com os dias contados? Fazer esse tipo de pergunta só mesmo no contexto da informática. Tudo aparece e morre com tanta rapidez que mesmo essa pergunta não soa totalmente impossível. Para os leigos no glossário informatiquês, deixem-me acrescentar que a Internet é a rede mundial de computadores, já dá-se o nome de web ao sistema de documentos com hiperlinks e que pode ser acessado pelos navegadores ou browsers.
Mas o que quer dizer mesmo isso da morte da web. Simples. De mais em mais os usuários vão passar a usar aplicativos (apps) em seus celulares e iPads. O que era antes uma página ou site na web virou um aplicativo. Escutar música numa pandora app, ler notícias numa New York Times app, conversar com amigos através da Facebook app, etc. Tudo vira aplicativo. Vejam o caso do Twitter. Várias apps tipo TweetDeck existem. São muito mais cômodas de serem usadas do que o próprio site na web. Esses aplicativos são plataformas semi-fechadas que usam a Internet para transportar mensagens normalmente através de chamadas de serviços. Vejam a imagem abaixo para entender que o declínio da web já ocorre há algum tempo. O que predomina na Internet (tráfico) hoje é vídeo.
Mas para alguns não se trata somente de uma evolução tecnológica. É todo um modelo baseado na abertura e democracia que caracterizam a web que está em cheque. O modelo de apps para aplicações móveis favorece o aparecimento de soluções proprietárias como as que hoje já existem sob o sistema operacional da Apple nos iPhones. Até mesmo a Google deve sentir o impacto, pois as informações que estiverem nas apps móveis não poderão ser rastreadas pela gigante da busca. Esse debate tem sido travado na revista Wired por TIM O’Reilly (quem cunhou o termo web 2.0) e Chris Anderson. Você pode acessá-lo aqui.
2 comentários:
Esse gráfico ai está furado. Não que esteja errado, mas comparar o volume de imformação de vídeo com o de navegação normal e dizer que a web está em declínio é usar mal uma imagem do gráfico. O volume de carga de um vídeo é centenas de vezes maior que um vídeo. Se o gráfico levasse em conta o crescimento do volume de informações na internet (o gráfico seria uma rampa crescente) veria que em momento algum a taxa de acesso web declinou. O uso de apps ainda é irrisório para baixar o acesso a web.
Caro Caco ,
O gráfico está em termos de proporção de tráfico na Internet. Veja que em 2000 a proporção uso da web vs vídeo era bem diferente de hoje. Uso da web naquela época era cerca de 45% do total. Hoje é abaixo de 25%. Ou seja, está claro que há uma significativa redução do volume de informações (proporcionalmente ao total) devido ao uso da web.
Quanto às apps, vc tem razão. Não têm impacto significativo em termos de volume de tráfico. O que se afirma é que elas tendem a ocupar de mais em mais os espaços de páginas. A tendência mobile assim indica.
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