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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Smartphones ainda não chegaram com tanta força. Vai demorar ?

Essa estimativa feita pela Google, reproduzida pelo Mashable (em cópia abaixo) indica que os smartphones ainda não têm, no Brasil, uma penetração tão grande. Não estamos nem entre os 15 países com maior uso (em relação a celulares comuns). A grande questão, que não foi coletada no estudo da Google, é a taxa de crescimento deste uso em outros países. Creio que, muito em breve, faremos parte desta lista.  Surpreendeu-me (e ao Mashable) a posição dos EUA que estão em décimo terceiro. Reflexo da crise?



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Viaduto e Mobilidade Urbana


Tenho acompanhado atentamente o debate sobre os viadutos a serem construídos no cruzamento da Antônio Sales com Engenheiro Santana Júnior. Trata-se de tema polêmico, pois envolve as diversas e complexas facetas que permeiam o contexto urbano. Recuso análises simplistas e vejo que muitas pessoas fornecem opiniões e soluções que, mesmo para alguém não especialista como eu, são facilmente percebidas como pura retórica.

Parece consenso de que o cruzamento das avenidas em questão é um ponto de estrangulamento do trânsito. Porém, o fato dele não ser o único, exige-nos a pensar sobre a questão de forma mais ampla e assim é natural perguntar sobre qual é o plano de mobilidade urbana da cidade. Afinal, como esperamos ver Fortaleza nos próximos anos? Não sabemos. Não temos um plano e há um bom tempo que ninguém se preocupou em fazê-lo. Se há alguém que não pode ser criticado especificamente disso é o atual prefeito.

Mas até mesmo essa conclusão que fiz logo acima de que não temos nenhum planejamento não é de todo verdadeira. Temos parte do que seria esse plano geral de mobilidade: o plano de transporte coletivo. Esse plano foi concebido há mais de dez anos e, durante esse tempo, vem sendo implementado (com ajustes de variado tamanho). Foi esse plano que concebeu um conjunto de intervenções urbanas na cidade como o viaduto na Antônio Sales com Santana Jr, as obras das calçadas da Costa Barros, a Bezerra de Menezes e outras que acompanhamos recentemente. Ele nasceu com o objetivo de prover vias para o sistema de ônibus rápido (Bus Rapid Transit – BRT). Aliás, diante disso, é inexato então afirmar que o projeto do viaduto da Antônio Sales visa exclusivamente beneficiar carros.  

Se por um lado é muito positivo termos planos que são implementados por diversas gestões, ingrediente básico para o sucesso de qualquer iniciativa ampla de intervenção urbana, por outro lado, é necessário sempre atentar para a obsolescência do que foi proposto. Estaria o plano inicialmente proposto com data de validade totalmente ultrapassada? Ainda não me convenci que sim.

Os impactos ambientais do viaduto existem (como em toda obra), mas podem ser mitigados com medidas compensatórias como as que a prefeitura se propôs a fazer e que o Prefeito inclusive incrementou. Ademais, a desobstrução do fluxo de veículos e de ônibus na região provoca redução de emissão de gases o que pode ser benéfico ao meio ambiente, dizem alguns, que em escala mesmo superior às árvores derrubadas. Eximo-me de comentar sobre os aspectos legais, os desconheço e acho mesmo que são acessórios. Prefiro pensar que as autoridades responsáveis e o judiciário saberão decidir. O que considero mais relevante é o debate público sobre o nosso desejo em tanto que sociedade. 

Mas como desconsiderar o impacto no entorno dos viadutos? Impossível. Todos sabem que viadutos criam áreas degradadas, em particular, perto de seus alicerces. Os benefícios da obra valem para pagar essa conta? Haveria outra solução que não o viaduto? Certamente sim, mas a que custo? De  posse de dados fornecidos pela Secretaria de infraestrutura da PMF, pude entender que a alternativa escolhida tem custo muito menor do que uma solução que envolva um túnel (cerca de 5 vezes mais caro). Isso se dá, em sua maioria, pelo fato das condições específicas do terreno exigir obras de drenagem e infraestrutura de monta. Novamente faz falta o plano maior de mobilidade urbana. Se ele existisse, seria mais simples definir as medidas compensatórias e as prioridades. Mas, repito, ele não existe e esperar por sua criação e não fazer nada até lá poderia significar passar os quatro anos de gestão sem ação.  

Vendo o cenário dessa forma, fica mais claro compreender a decisão do Prefeito. Decidiu não omitir-se. Louvável!  Homens públicos precisam tomar suas posições. Foi eleito criticando a inoperância da administração anterior especificamente na área de mobilidade urbana. Ele sabe muito bem que as urnas o avaliarão.  Diferentemente de mim  e de outros que podem opinar sem muito compromisso com o “fazer”, ele sabe que vai ser avaliado por essa e por outras decisões como ela. Manteve a coerência com os que o elegeram e sente haver apoio para isso.  

No fim, acho que a cidade está amadurecendo e o debate tem sido muito bom para gerar o engajamento tanto dos opositores quanto dos apoiadores. Tirando o viés politiqueiro, que sempre existe nesse tipo de debate, vejo por um lado um discurso por uma cidade ideal e por outro um discurso pragmático por uma cidade viável a curto prazo. Há razão nos dois lados, mas seria bom se pudéssemos canalizar as energias para termos logo um amplo debate que leve a criação do plano de mobilidade. Tenho notícias de que a própria PMF está iniciando isso. Quanto mais cedo o tivermos, mais rápido o implementaremos, e menos viveremos a ânsia de fazer somente o possível e viável. 

P.S. Talvez nem fosse necessário dizer, mas quero enfatizar que esse texto não reflete uma opinião oficial de gestor da CITINOVA/PMF, mas de cidadão. 


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Armadilhas do Mundo Digital: Oportunidades de Pesquisa

Essa semana vi uma foto que circula na Web e que me fez pensar sobre como cada vez mais será difícil a evolução dessa comunicação digital em espaços públicos. A foto, postada abaixo, foi tirada na Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique que jogava contra o São Paulo.

Nessa Arena há um painel de display que mostra algumas mensagens enviadas pelos torcedores ao Twitter. Uma forma comum é promover hashtags sobre temas definidos por patrocinadores. Na foto abaixo dá pra ver que a hashtag era #HelloAudiCup (Audi Cup era o nome do torneio). Pois bem, vejam a frase que saiu "Ei Douglas, vai tomar no cu!" :-))

O torcedor sãopaulino @Darkfabuloso (ou seria rival?) quis participar da brincadeira a seu jeito e soltou o berro. O moderador (provavelmente alemão ou talvez corinthiano :-))) não teve o cuidado de investigar e acabou liberando o texto que ganhou notoriedade rapidamente.

Taí um bom assunto de pesquisa em informática. Será que podemos fazer essas moderações automaticamente?