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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Diga pelo Twitter o Final da Novela



Os americanos estão começando a usar o Twitter como interface para tornar a TV mais interativa. Trata-se de um caso típico do que chamamos de cross-media interaction (interação com mídias cruzadas). 

O episódio do seriado Miami 5-0 da semana passada (14/01/2012) terá final definido pelos telespectadores. Foram dadas opções de personagens que seriam os assassinos e uma votação definirá o final.

Outro detalhe importante foi que, devido ao fuso horário, como o programa passa em horários diferentes na costa leste e na costa oeste, o resultado do programa pode ter sido diferente dependendo de onde você esteja.

Isso se tornará tendência? Teremos novelas globais com finais definidas pela public? Será o Twitter o veículo que vai capturer as opiniões das pessoas? Respostas virão em breve como tudo no mundo da tecnologia. Veja mais aqui.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

De Carbonos, Educação, Pais e Filhos


Recentemente, experimentei o quanto a realidade das propagandas das escolas privadas está distante do que acontece nas salas de aula.  Apresentei-me para estudar Química Orgânica a minha filha (uma atitude a la fois nostálgica e prazerosa). Ao começarmos veio o sentimento de que, a despeito de ser uma excelente aluna com notas invejáveis, ela talvez não estivesse percebendo o porque de tanta ênfase no Carbono como objeto de estudo. Mas afinal de contas,  porque essa celebridade toda para um só elemento?

Percebi que ela se apressava em memorizar as inúmeras propriedades do Carbono, com seus nomes nada elementares, mas lhe escapava a essência, a intuição, a motivação que estava por trás daquilo tudo. É essa essência, no entanto, que quando se captura não se esquece jamais. Ela que motiva o aprendizado. É ela que dá sentido e nos aproxima dos fenômenos físicos, químicos e biológicos, mais complexos que permeiam nossas vidas. Isso é que faz a ciência bela.

Esse fato já me deu uma indicação de que poderia haver uma deficiência no ensino e assim, convidei-a a descobrir comigo qual a intuição que estava por trás da preponderante posição do Carbono. Tinha certeza que haveria material didático destinado a isso. Estava enganado. O material didático curricular era de uma pobreza sem tamanho. Apostilas anônimas continham textos simplórios com várias categorizações das propriedades do Carbono e só. Nem um livro havia.

Vai Vestibular, vem ENEM, e nosso sistema educacional continua voltado à memorização de fatos, nomes, fórmulas, etc. As escolas, ditas melhores, são as que melhor se adaptam a esse contexto. Fica difícil gostar de estudar. O apelo que as surpresas trazidas pelas descobertas científicas e pela abertura de horizontes que provoca não podem deixar de ser conhecidas. Têm um poder fantástico de entusiasmar a todos e aos jovens em particular.

E  quanto ao Carbono? Se sentirem-se curiosos, busquem descobrir com seus filhos, netos ou jovens que os rodeiam na Internet. Foi o que fizemos e, garanto-lhes, é  fascinante. 

* P.S Artigo publicado na coluna Opinião do Jornal O Povo de hoje

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

WikiCrimes no Estadão

No final do ano passado o Estadão fez uma matéria sobre transparência e WikiCrimes foi ressaltado. A matéria pode ser encontrada aqui. Além das características e motivações básicas do projeto nela a uma declaração perfeita do sociólogo Renato Lima dizendo que "boletim de ocorrência é ato administrativo e como tal deve estar sujeito à Lei de Acesso à Informação". Simples assim. Já está na hora de avançarmos nesse quesito.




domingo, 13 de janeiro de 2013

Mortes por arma de fogo no mundo: estamos “bem”


Os EUA com cerca de 5% da população mundial têm quase 50% das armas que estão nas mãos de civis. Um numero impressionante. É quase 90 arma para cada cem habitantes.

O The Guardian fez um mapa para mostrar como é essa distribuição. Vejam também abaixo quais os maiores índices de homicídios por arma de fogo no mundo. Não temos muito o que nos envaidecer, pois estamos entre os primeiros. Só perdemos para alguns países da América Central e da América Latina como Porto Rico, Honduras, Guatemala, Venezuela e Colômbia. Veja a matéria completa aqui.



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Feliz Compartilhamento!


Novo ano, novos votos. Para fazer os meus, inspiro-me em meu objeto de trabalho e ao mesmo tempo fonte de admiração: a Web.  Não me refiro aqui aos aspectos tecnológicos como software, protocolos e outros bits e bytes.  A genialidade da Web decorre do fato de ser uma obra construída coletivamente pela humanidade. Uma invenção de todos nós.

Essa infinita rede de conhecimento que se constrói a cada momento está sempre pronta a nos surpreender. Pronta mesmo para revolucionar. E mesmo em constante construção, nela há informação que nos auxilia a responder sobre tudo e sobre todos. Resolve nossos problemas, tira nossas dúvidas, deixa-nos perto dos que estão longe.

A Web de amanhã resolverá problemas que hoje nem percebemos que existem. Parece-me que a humanidade tinha uma ânsia represada de compartilhar informação. Faltava a plataforma para fazê-lo. A Web e a Internet foram essas plataformas e que permitiram esse esforço coletivo único. Sem coordenação central, sem um dono e sem fim.

Podemos ir além. Devemos ser visionários e olhar a Web como um exemplo que nos guie para algo ainda mais grandioso. Um mundo onde a ação de compartilhar esteja no centro de uma nova forma de organização da sociedade. Uma ação que envolve com incrível naturalidade os conceitos de sustentabilidade, igualdade e bem-estar social. Inspiremo-nos e pensemos no compartilhamento dos mais variados recursos como a água, os transportes, a energia, a alimentação. Cabe-nos começar a construir as plataformas que permitam que isso aconteça. Exigirá uma nova economia, inclusive: a economia do compartilhamento. Que 2013 seja o começo! São meus votos.

* Artigo publicado na coluna Opinião do Jornal O Povo de hoje

domingo, 6 de janeiro de 2013

Données Ouvertes


Os franceses também aderiram a prática de abrir os dados governamentais. O portal http://data.gouv.fr festejou seu primeiro aniversário em dezembro último. Durante esse tempo, mais de 700 mil visitantes já fizeram cerca de 400 mil downloads de dados disponíveis no site.

A iniciativa francesa começou a cerca de um ano, mas ganhou força em outubro de 2012 depois da criação de um órgão dedicado exclusivamente à modernização do governo e das instituições públicas. Esse órgão passou a ser o responsável por aglutinar todas as ações relativas a dados abertos no País.

Veja o comunicado oficial do governo francês sobre a criação da nova agência ligada ao primeiro-ministro e do compromisso em perseguir uam politica de dados abertos ampla e constante. 


* PS. Vale o registro que dados em francês é feminino ! Por isso os données são abertas :-)))

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Big Brother Gringo


Muito interessante a entrevista de Julia Angwin, repórter do Wall Street Journal aqui. Ela afirma que o governo americano hoje detém mais informações sobre os cidadãos do que mesmo os governos de regimes ditatoriais como o de Hitler e Stalin e até mesmo do que possuíam os agentes secretos da temida Stasi sobre os alemães do leste.

O governo americano coleta hoje correio eletrônico, chamadas telefônicas, cartas, informações sobre a saúde da pessoas, viagens efetuadas, compras, pesquisas efetuadas na web, sites acessados, registros escolares e de emprego, só para nomear alguns.

Adicione-se a esse arsenal de informações, novas tecnologias como a de reconhecimento de face, que permite identificar onde a pessoa está indo (isso, obviamente, se estiver sem celular com GPS).

Todas as comunicações de generais, funcionários públicos do alto escalão e políticos de dez anos para cá estão gravadas. O jornalista lança um alerta: essa paranoia vem mesmo de antes do 11 de setembro e não é somente para proteção. Serve igualmente para identificar os dissidentes. George Orwel nunca pensou que Big Brothers nasceriam em democracias ocidentais, não?