Siga-me no Twitter em @vascofurtado

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Vivo: não só quanto a dinheiro


O diretor-presidente da agência Dinheiro Vivo, Luis Nassif, fez uma breve, mas muito feliz, apresentação na abertura do evento sobre tecnologia e segurança em que estive como palestrante e debatedor essa semana (veja mais aqui). Demonstrou perceber toda a dimensão do que caracteriza o momento de dados abertos.

Há um espaço para empreender e produzir uma nova forma de serviço público. Um serviço público intermediado por instituições que trabalham os dados abertos e os põem a disposição da sociedade, digamos, de forma palatável. A mídia investigativa e o jornalismo, dito de dados, são exemplos dessas possibilidades.

Nassif com seu portal brasilianas.org já vem investindo numa direção de quebrar a predominante dominação da mídia nacional por grandes conglomerados. Ao perceber essa outra dimensão, parece-me que vai ter a capacidade de inovar também em outras direções. Foi meu sentimento. 


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Contando Crime


O convite para debater no evento sobre Tecnologia e Segurança promovido pela agência Dinheiro Vivo em São Paulo essa semana deu-me a oportunidade de fazer uma recapitulação do que tenho vivido, estudado, aprendido e experimentado nos últimos 15 anos na área de Tecnologia da Informação (TI) aplicada à Segurança. Infelizmente não vi muitos motivos para entusiasmo.

Acho que temos avançado muito pouco a despeito do avanço tecnológico extraordinário que vivemos. Quando se fala em tratamento e uso da informação através da tecnologia, o que continuamos fazendo hoje é mais do mesmo: contar crime.

Quero aqui me referir a pouca percepção do quanto a coleta, análise e uso da informação nas tarefas policiais é fundamental. As polícias contam crime porque precisam informar a sociedade, mídia, Ministério da Justiça e às demais instancias de poder que as demandam em constância. Ainda por cima, como não o fazem por necessidade cotidiana, o fazem muito mal. Não seguem padrões, só informam aquilo que os interessa, não se integram com dados de outras esferas e não são transparentes.

Essa situação é ainda emblemática do quanto os investimentos em TI precisam estar aliados a um novo modelo de polícia com foco na resolução de problemas e na investigação. Se assim acontecer, a TI passará a justificar os altos investimentos demandados por todas as polícias no País. Caso contrário, é um risco grande de jogar dinheiro fora.

Há exceções à regra? Sim, mas infelizmente essas exceções padecem de outro mal tão deletério quanto o anterior: falta de continuidade. Temos sempre as policias que são a bola da vez, os modelos, os exemplos. No entanto, a institucionalização das iniciativas é prejudicada, pois não há como ocorrer em pouco tempo. O que é bom exemplo hoje  pode, de um governo para outro, virar passado. E vira. Vi isso acontecer aqui no Ceará, para não ir muito longe.

Por fim, na minha apresentação, que pode ser encontrada abaixo, descrevo porque acredito que a política de dados abertos pode ser um caminho para vencer boa parte desses, digamos, maus hábitos.  

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

As poltronas que não reclinam da TAM: Cuidado!


Viajar em aviões A320 da TAM podem proporcionar ao passageiro um  exemplo de como não se deve tratar o cliente ou talvez de como se deve trata-lo mal (cada qual com seu cada qual J). Eles possuem uma fileira de cadeiras logo à frente daquelas posicionadas nas saídas de emergência que, diria, ser o local ideal para os que têm que pagar penitencia. As cadeiras desses aviões já são extremamente pequenas e apertadas umas com as outras, mas, não reclame, pode ficar pior. As poltronas da fileira 11  não reclinam, embora as da fileira 10 sim. Dá para imaginar o espremido?

Para completar a raiva do passageiro, a fileira 12 e 13, das saídas de emergência, são superespaçosas e normalmente estão vazias. Nada mais natural do que dar um “salto” para trás e usa-las, não? Negativo, é proibido. A TAM cobra mais caro para aqueles que nelas querem sentar. Dizem ser “acentos conforto” ou “acentos mais". Se ninguém pagou por eles, ficam vazios mesmo. Ali, intocáveis. Fica-se assim, observando o pirulito, mas a chupar a dedo.

Só tenho um nome para isso: oportunismo. O espaço maior sempre existiu por razões de segurança, pois permite a passagem dos passageiros em caso de emergência. O mais aviltante é que as cadeiras da fileira 11 não são mais baratas. Se estivessem dando bônus por conforto deveriam dar também por desconforto; bônus para os acentos menos!

Como a grande maioria dos passageiros não têm conhecimento dessa situação, pois requer saber o tipo de avião, os que nessas cadeiras sentam acabam pagando por algo que não recebem. Aliás, um comissário, impotente e constrangido frente à situação, deu-me a lista de aviões em que esse problema ocorre (vejam-na abaixo). Facilzinho de memorizar, não? É bom fazê-lo, no entanto, visto que o sistema de check in pela web ou nos kioskes não avisa nada.

Mesmo sabendo dessa armadilha, não canso de esquecer quais são mesmo as ditas fileiras. Além de desabafo e alerta aos viajantes, reforçar-me a memória é pois mais uma das razões que movem minha escrita aqui. Detalhe: enquanto escrevo (fazendo malabarismos com o computador) estou a pagar penitencias, mesmo que não saiba quais, bem em uma poltrona da maldita fileira 11.


Assentos que não reclinam

avião A319 – fileiras 10 e 24
avião A320 – fileiras 11 e 29
avião A321 – fileiras 11, 24 e 39

O mais surpreendente é que as cadeiras “conforto”  da fileira 11 no A319 e 12 no A320 também não reclinam. Ou seja, pague mais pelo conforto de não ficar inclinado (faz bem às costas) J

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Trânsito: gentilezas e responsabilidades


Essa semana depois de uma cansativa jornada de trabalho, ao voltar da UNIFOR por volta de onze da noite, vi-me em um engarrafamento na Av. Washington Soares logo após o viaduto que leva ao Iguatemi. Meu carro estava perigosamente mal posicionado logo no começo da descida do viaduto. Só soube, no entanto, o quanto aquilo era perigoso quando refiz-me do tremendo impacto que senti provocado por um carro que entrou direto na traseira do meu.

A desagradável sensação se prolongou até conseguir sair do carro (precisei encontrar meus óculos primeiro) e olhar o estrago do ocorrido. O carro que colidiu em mim estava num estado lastimável e temi pela sorte de seu condutor. Ao ver a jovem condutora saindo do carro, percebi seu espanto e só lhe perguntei se estava bem e sã. À parte algumas contusões ela estava bem. Fomos conversando, tentando entender o que acontecera e buscando explicações. Acidentes acontecem, foi só que pude dizer.

Seus pais vieram ajuda-la e logo tínhamos todos nos postos de acordo a como proceder. Nada de arroubos, muita cortesia e compreensão. Acabei tendo uma leve sensação de felicidade, se é que pode-se dizer que se fica contente de estar envolvido em circunstância de tal natureza, mas o fato de não haver vítimas e a forma educada, cortês e civilizada de todos deixou-me feliz. Bom saber que existe gente cordata no mundo. Pessoas que sabem reconhecer quando erram, que sabem pedir desculpas e assumem suas responsabilidades. Diferente da ainda grande quantidade de situações que ainda vivenciamos em nossas ruas de pessoas que agem errado e ainda assim consideram-se com a razão.

No fim de semana, ao passar novamente pela região, percebi que o acidente não ocorrera exclusivamente pelo descuido da condutora. A sinalização e engenharia do trânsito do local favorecem acidentes. Como é possível dobrar a esquerda logo após a saída do viaduto, engarrafamentos na área são frequentes e se terminarem no início da descida do viaduto vão provocar mais acidentes. A curva do viaduto tem um ponto cego e a percepção de um carro parado logo à frente é sempre uma grande surpresa levando a frenagens bruscas e derrapagens. Seria bom a prefeitura assumir suas responsabilidade na área, cordialidades à parte, ninguém merece experimentar acidentes, que podem ser bem mais danosos a todos.

* Artigo publicado na coluna Opinião do Jornal O Povo de hoje

domingo, 16 de setembro de 2012

Modelos de Policiamento

Essa semana estarei em São Paulo a convite da agência Dinheiro Vivo para debater sobre tecnologia na Segurança Pública. Ao preparar minha apresentação, deparei-me com alguns relatórios super interessantes produzidos por fontes diversas sobre estratégias de policiamento.

Um deles que creio merecer menção aqui é um produzido pelo Ministério da Justiça que resume o que já se sabe (através de estudos acadêmicos e de experiência das polícias no mundo) que não faz efeito na redução da criminalidade. Vejam duas transparências desse estudo abaixo.

Será que estamos aqui no Estado adotando estratégias efetivas?


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Dados Abertos Governamentais no Estado do Ceará

Esta manhã estarei no auditório da Controladoria Geral do Estado discorrendo sobre Dados Abertos Governamentais e o projeto Ceará Dados Abertos. É a primeira vez que tenho a oportunidade de expor as ideias que estão sendo produzidas por mim dentro de minhas atividades na ETICE em conjunto com o Prof. Fernando Carvalho.

Abaixo a apresentação que usarei. Maiores detalhes sobre a repercussão e reações ao projeto serão comentadas posteriormente.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Neymar e as vaias “estranhas”

Ao ler que Neymar tinha estranhado as vaias que levou no jogo da Seleção contra a África do Sul, percebi que o garoto e seus assessores não compreenderam ainda o que se passa com sua imagem. Mano Menezes então, esse é que não entendeu mesmo ao decidir substituí-lo no último minuto de jogo.  

Já escrevi aqui mesmo nesse blog sobre o quanto acho arriscada a estratégia que o Santos encontrou para mantê-lo no Brasil e na equipe. Fatiaram cada minuto que ele tem extracampo para uma infinidade de marcas que buscam, muitas vezes sem muita noção, explorar a imagem de um preposto “gênio”. 

 O risco dessa estratégia é que qualquer pessoa, seja um verdadeiro gênio ou não, enquanto celebridade exposta tem um tempo de ascensão que vem logo precedido de queda. Há um natural desgaste na imagem e que pode ter consequências muito negativas não só à imagem, mas que pode afetar o futebol do garoto. Isso acontecendo, confirmar-se-á o que diz a sabedoria popular, além da queda, o coice.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

iPhone ou iPad?

Nesses dias em que se aproxima o lançamento do iPhone 5, voltam a surgir rumores de todos os lados sobre o que essa nova versão do telefone mais famoso do mundo terá. Parece ser verdade de que ele será um pouco maior e que alguns acessórios como os fones de ouvido serão diferentes.

Não estou muito ansioso, afinal dia 12 de outubro está bem perto e não conto mesmo trocar meu iPhone 4 ainda. Agora o que gosto dessa época é porque surgem alguns rumores que são muito criativos e que, as vezes, chegam a ter ares de ficção científica.


Este vídeo abaixo é um exemplo disso. Nele vê-se as novas características que deverão fazer parte de um novo iPhone . Algumas podem estar presentes no próximo iPhone , outras, ainda demorarão um pouco.


A mais interessante é a capacidade do celular esticar e ficar maior virando uma espécie de iPad . Acredita-se que o avanço em novos materiais conhecidos por metais líquidos e polímeros porosos vão permitir o elasticimento em torno de 200% do tamanho original. Caso isso venha realmente a ocorrer no futuro, estaremos falando de um iPhad?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Respeito é bom e os torcedores o querem


Escuto sempre de que o cearense, pela paixão que tem pelo futebol, merece mais do que seus times o presenteiam. Sou mais um a engrossar esse caldo. A média de público nos campeonatos brasileiros seja da série A, B ou C de Ceará e Fortaleza é sempre invejável e demonstra o comprometimento das torcidas com suas equipes.

Já está então mais do que na hora dos times passarem a respeitar mais seus torcedores. O que acontece hoje com o programa sócio-torcedor tanto de um time quanto de outro é mais um exemplo do inadmissível. Os times convocam os torcedores para se inscreverem como sócios de forma que, ao pagarem uma mensalidade, obtenham automaticamente o direito de assistir as partidas de seu time em um espaço destinado a tal.

Acontece que isso tem se mostrado uma verdadeira fraude. Eu posso dizer de cadeira (com perdão ao trocadilho) que ao chegar no Estádio o sócio-torcedor não tem, de forma alguma, garantia de ter sua cadeira para assistir o jogo. As três vezes que decidi ir ao PV assistir um jogo, fiquei em pé com muitos outros, na entrada do espaço destinado às cadeiras em condições totalmente inapropriadas para quem paga (antecipadamente ou não) e mereceria receber um serviço digno.  

Sabedor de que não teria uma assiduidade alta, inscrevi-me como sócio-torcedor com o objetivo maior de contribuir com meu clube de coração. Mas esperava ter respeito quando decidisse ir ao estádio. A dura realidade tem me deixado tão indignado que me levou a escrever essas linhas.

Estamos em época e clima de copa do mundo. Vislumbramos-a, mesmo que muitas vezes de forma até inocente, como oportunidade para resolver boa parte de nossos problemas. Agora, um deles não me parece ser tão difícil de resolver. Envolve uma equação supersimples que os dirigentes dos clubes locais e Federação Cearense de Futebol têm certamente condições de fazer: há que haver uma cadeira reservada para quem pagou por ela. E olhe que já existe até lei que protege o torcedor.  Falta o que para ela pegar?  Respeito é bom e nós merecemos.

* artigo publicado hoje na coluna Opinião de O Povo

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

FHC disparado


Fiquei surpreso com o resultado da votação no iG sobre qualpresidente fez mais pelo Brasil. FHC teve maioria absoluta com quase a metade dos votos de Lula, o segundo colocado.

Sem entrar no mérito sobre as opiniões dos internautas, minha surpresa vem do fato de que os primeiros números das pesquisas eleitorais para prefeito têm mostrado que  Lula ainda continua muito forte como cabo eleitoral. Aqui em Fortaleza, por exemplo, nada pode explicar a subida do candidato do PT nas pesquisas a não ser o apoio de Lula. Ficou-me a dúvida, será que a amostra de usuários do iG é tendenciosa? Ou o resultado seria fruto de um perfil típico dos que acessam Internet de uma forma geral? Alguém arrisca uma explicação?