Siga-me no Twitter em @vascofurtado

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

The Social Network


Embora seja nomeado para vários prêmios técnicos, ganhando inclusive o Oscar de melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora original, o que mais me chama atenção no filme The Social Network (A Rede Social) é seu caráter histórico. Histórico no sentido de representar, marcar uma época. Pois assim ele o faz. Mas somente isso não o faria tão especial. O impressionante é que a época que ele marca se caracteriza pela explosão repentina dos sucessos, das riquezas, das tecnologias, dos fracassos,etc. A época de Suzan Boyle é a mesma em que nasce o bilionário mais jovem do mundo.

Um bilionário que, com somente vinte e seis anos, já tem filme biográfico.  Parece até que sua extensa vida já se passou e há muito para ser contado. Nada disso. Vivemos numa época de fatos históricos super velozes (e talvez efêmeros). Para os que contam estórias, não há tempo a perder.  Falemos agora do jovem Zuckerberg, talvez não haja o que falar no futuro. É exatamente isso que considero a grande inovação do filme. Um filme sobre uma época em que as estórias nascem e se propagam tal como o sucesso daqueles que descobrem o fator da rede, da rede social.

Outro aspecto que me agrada no filme é que ele retrata a cultura da inovação. Tenho tentado sempre mostrar aos alunos que há, hoje em dia, um espaço extraordinário para a inovação em computação. A Internet trouxe para nossas casas um grande laboratório para criarmos nossas inovações. Meu discurso teve um apoio considerável do filme.  Em tempos atuais, em que os jovens só pensam em fazer concursos, um pouco de ousadia e coragem para empreender tal como Zuckerberg fez cai muito bem.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mais do que um abuso de autoridade


Devo reconhecer que quando vi o vídeo abaixo pela primeira vez, primeiro, não consegui ir até o fim e, segundo, achei que era uma pegadinha de algum programa sensacionalista. A cena me pareceu tão absurda que custei a acreditar que ela fosse verdadeira. A ficha só caiu hoje, quando escutei o depoimento da Senadora Marta Suplicy indignada com o abuso que realmente ocorrera na Polícia Civil de São Paulo em 2009.

O vídeo mostra a forma brutal como uma policial foi tratada. Ela foi obrigada  a ficar nua na frente dos outros policiais, pois os mesmos desconfiavam que ela havia recebido propina para liberar alguém de um inquérito. Ela, em muitos momentos, pede para ser revistada pelas policiais femininas que estavam na sala, mas os companheiros de profissão foram intransigentes. É chocante. Um caso de desrespeito à mulher sem igual. Se a própria companheira de trabalho é tratada daquela forma, como o são os cidadãos? Impossível não pensar isso.

Esse caso é revelador de uma cultura que vai além dos abusos policiais de autoridade que ainda proliferam no País. Agregue-se aos abusos a cultura machista, que violenta, que desnuda e desrespeita a individualidade da mulher. Abominável.  E não venham me perguntar se a policial tinha ou não recebido propina. Isso é totalmente irrelevante dada a tamanha violência.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ocupação de Pequenos Espaços


Fui alertado por Lara sobre como a arquitetura tem buscado ocupar pequenos espaços com apartamentos que se transformam. Paredes se movem e os ambientes vão aparecendo do nada. Vejam no vídeo abaixo um exemplo desse tipo de apartamento em Hong Kong.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Governos e Campanhas Eleitorais


Governos não conseguem resolver sozinhos muitos dos problemas que afloram diariamente na vida de uma comunidade. Precisam da participação das pessoas, mas sofrem para serem catalisadores da energia popular. Muitas vezes nem percebem essa necessidade. Recentemente, li uma matéria jornalística que versava sobre como o lixo depositado nas ruas gerava poluição nas praias. Um exemplo clássico de como as ações governamentais de limpeza urbana não são suficientes. Se as pessoas sujarem indiscriminadamente não há serviço de limpeza que baste.

Conseguir o engajamento dos cidadãos às causas comunitárias envolve, dentre outras coisas, uma campanha educacional para além da sala de aula. A postura dos cidadãos no seu cotidiano pode e deve ser educada. Usar a criatividade em campanhas de conscientização com exemplos claros dos danos que atos inadequados podem causar é a melhor estratégia educacional.

Mas não é somente isso. O verdadeiro desafio para tornar essas campanhas efetivas é fazer com que sejam apropriadas pelos cidadãos. Elas precisam ser marcantes e gerar o sentimento de contágio. As pessoas têm que se sentir impelidas a participar, pois compreendem os impactos e, acima de tudo, se contagiam com a participação dos outros.

Alguns mais céticos acreditam que nossos governantes não são capazes de gerar isso. Digo que são, sim. O fazem muito bem quando querem se eleger. A mesma dinâmica usada durante uma campanha eleitoral que visa criar um movimento em torno de uma ideia ou de um nome de um candidato pode e deve ser usada nas ações de governo.

Temos exemplos de políticos que são excelentes na campanha. Agitam, interagem, convencem. Agindo assim conseguem ajuda para se eleger. Quando no governo, se apequenam, se fecham. Não conseguem ajuda para governar. Custa usar a mesma estratégia? 

*publicado na coluna opinião do Jornal O Povo, 22 de Fevereiro, 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Eles Temem o Quê?


Essa semana que passou foi, para mim, marcante para a política cearense. Depois de uma matéria jornalística que relatava que o Gov. Cid Gomes tinha recebido um presente de um empresário para ir em seu (do empresário) jato particular ao exterior (durante as férias do governador), o deputado Heitor Ferrer fez uma solicitação na Assembléia para pedir maiores informações ao Governador. Não buscava nenhum veredicto, visava pedir informações.

A postura dos deputados foi mais um daqueles exemplos que nos faz perder crença no sistema político. Em particular ressalto a posição daqueles do PSDB que estão em “dúvida” se são oposição ou não (o que mesmo significa essa crise de oposição, eu não sei). O fato é que uma denúncia de irregularidade foi exposta. Mas eles todos (com a exceção do requerente Heitor) decidiram se omitir. Na verdade, essa atitude per se, não me surpreende muito. Afinal de contas as negociatas políticas estão aí diariamente expostas. Não há mais como ser ingênuo, nem como confiar nos representantes que lá estão.

Agora algo nessa história me chamou ainda mais a atenção e aumentou-me a repugnância. Trata-se da explicação dos deputados quando perguntados sobre a questão. Se limitavam a dizer nada com nada. Engoliam as palavras. Não tinham justificativas. O líder do PSDB não sabia o que dizer, mas soltou uma frase fantástica: “O governador Cid Gomes é um homem de bem”. Só tenho uma explicação para descrever tudo isso: tinham medo.

Mas estamos ou não numa democracia? Aliás, mesmo numa ditadura temos bons exemplos de pessoas corajosas. A covardia nunca foi páreo para idealistas. Mas nos dias atuais não há nem idéias, nem corajosos. Será que não percebem que o povo vê isso?

Acho apropriado assistir o vídeo da Dep. Cidinha Campos que circula na Internet. Continua recebendo menções de apoio pela coragem que representa. Pode até não ter provocado resultados concretos, mas como eles são nossos representantes, devem pelo menos expor nossa indignação que é cada vez mais crescente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Vigilância dos Cidadãos e a Credibilidade da Imprensa


A facilidade com que se bate uma foto ou se faz um vídeo hoje aliada à convocação dos meios de comunicação para que o cidadão participe mais ativamente dos problemas de seu cotidiano têm provocado resultados muito interessantes, mas igualmente mostrado os desafios que isto traz.

Recentemente, vi uma foto no Diário do Nordeste, enviada por um cidadão denunciando Policiais Militares que dormiam em serviço. Isso era impossível tempos atrás. O cidadão faz a denúncia e mostra a prova. Perfeito, não?

Como nada é perfeito, o desdobramento dessa estória não é tão previsível. A Polícia Militar refutou a afirmação de que os PMs dormiam, pois disse tratar-se de uma foto antiga de cerca de três anos. A assessoria da PM ainda aproveitou para dar uma tapa de luva de pelica no Diário do Nordeste pedindo mais critério na publicação de dados vindos do cidadão. Vejam-na aqui.

O fato é emblemático de uma dos grandes desafios da imprensa nessa nossa época de web 2.0. A mídia terá de mais em mais de encontrar um equilíbrio entre abrir-se para participação popular com a segurança que lhe mantenha credibilidade nas iniciativas. 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Elementar Meu Caro Watson

Quem conhece um pouco da cultura americana sabe o quanto os “quiz” jogos de pergunta e resposta são populares lá. Hoje e amanhã (16/02) eles têm um motivo a mais para ficar vidrados na TV e acompanhar um dos mais conhecidos desses programas: Jeopardy. Nele os competidores buscam fornecer respostas simples (quase sempre de uma única palavra) para questões diversas que vão desde cálculos complexos à conhecimento do quotidiano e de senso comum.

A competição desses últimos dias envolve duas pessoas e Watson, o supercomputador da IBM que usa técnicas de Inteligência Artificial para responder as questões. A IBM repete assim a fórmula que deu sucesso com Deep Blue, seu supercomputador, que joga xadrez e que bateu Kasparov.

Grosso modo, Watson combina a potência computacional com uma variedade de técnicas hoje já relativamente bem desenvolvidas em Inteligência Artificial para fazer as máquinas entenderem a língua natural falada, aprenderem, raciocinarem e representarem conhecimento. Watson, para responder perguntas em tempo hábil, tem cerca de mil processadores Power 7 rodando paralelo em 15 Terabytes de memória. Os técnicos da IBM estimam que se Watson tivesse somente um processador, ele responderia cada pergunta em cerca de duas horas. Da forma paralela como está desenhado o faz em três segundos.

A escolha de Jeopardy foi estratégica. As perguntas e respostas são pequenas e focadas. Isso simplifica substancialmente o problema de compreensão da língua, pois não exige uma profunda articulação de significados que podem existir em grandes conversas ou textos longos. No entanto, nem tudo é tão simples. Em Jeopardy o competidor que deseja responder uma certa pergunta precisa acionar um botão mais rápido do que os outros. Desta forma, o competidor tem que ter confiança de que sabe a resposta e que vale a pena tentar respondê-la, pois se errar perde tudo. Um sistema complexo para tomar a decisão sobre como agir nesse ambiente incerto foi um dos grandes desafios de Watson.

No primeiro round, Watson terminou empatado em primeiro com um dos competidores e o outro humano terminou em segundo. Amanhã teremos a continuação. Para saber mais sobre Watson, veja os vídeos abaixo. Não deixe de assistir a competição amanhã aqui.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Educação Vai às Ruas


Ao ler uma recente matéria do O Povo sobre como o lixo depositado nas ruas gera poluição nas praias, vi-me impelido a  retornar à questão da cultura cidadã.  
A matéria ressaltava que a ação inadequada do cidadão ao sujar a cidade provocava dano em um dos maiores bens públicos que o próprio cidadão tem o direito de desfrutar: as praias. A Praia do Futuro, bastião do turismo cearense, era a vítima da ocasião e estava imprópria a banho.

Quero aqui enfatizar o papel educacional destinado ao poder público que vai além da sala de aula. A postura dos cidadãos no seu cotidiano pode e deve ser educada. Usar a criatividade em campanhas de conscientização é a melhor estratégia educacional que se pode querer. Mostrar as conseqüências de atos que aparentemente não causam danos diretos ao cidadão é uma dessas estratégias. Por exemplo, as próprias pessoas que sujam as ruas são as que mais lamentam o fato de não terem as praias limpas.

Mas não é somente isso. O verdadeiro desafio par tornar essas campanhas efetivas é fazer com que elas passem a ser apropriadas pelo cidadão. Elas precisam ser marcantes. Precisam gerar o sentimento de contágio. As pessoas têm que se sentir impelidas em participar, pois devem começar a perceber que os outros estão participando. Alguns mais céticos poderiam dizer que nossos governantes não sabem fazer isso. Digo que sabem, sim. O fazem muito bem quando querem se eleger. A mesma dinâmica usada durante uma eleição que visa criar um movimento em torno de uma ideia ou de um nome de um candidato deve ser usada durante o governo.

Já imaginaram se tivéssemos tido a aguerrida candidata Luizianne Lins durante os últimos seis anos como prefeita imbuída de missões como a que proponho?  Ela teria ou não conseguido “movimentar” Fortaleza?

Uma grande campanha chamada “educação vai às ruas”, usando, para começar as estratosféricas verbas de publicidade seria um excelente começo para contagiar a sociedade. Alguém se habilita?  

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Transformers à la Brasileira

Adorei esse vídeo que tomei conhecimento via Carlos Gustavo. Vejam a habilidade do motorista. Parece com filme de ficção científica tipo Transformers onde há aqueles enormes robôs se locomovendo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Regras de Postura na Internet


Essa propaganda da Bridgstone veiculada durante o Super Bowl é ótima! Lembra-nos das novas regras de postura que a Internet nos obriga a aprender. O pobre do funcionário da empresa pensou que tinha dado um reply all (responder para todos) de sua mensagem que naturalmente deveria ter uma abragência bem mais restrita.

Aliás, essa publicidade está atualíssima ao contexto cearense, visto que refere-se às formas de se portar no uso das mídias sociais. Semana passada, o secretário de Estado Arialdo Pinho ao rebater as críticas que a prefeita havia feito à Companhia de Água e Esgoto chamou-a (via Twitter) de “Lulu Discurso Maravilha” para então concluir que a prefeitura transferia a responsabilidade dos problemas por inoperância.

Eu posso até nem ser dos mais entusiastas com a administração municipal, mas me pergunto se uma regra mínima de uso das redes sociais, quando usadas por representantes do poder público, não deveria ser a da compostura que o cargo que lhes é confiado exige. Senão, qualquer debate pode virar, como a própria prefeita rebateu: “arenga de menino”.

No vídeo da publicidade abaixo, vê-se o  funcionário correndo para tentar reparar seu erro. Ele pelo menos está tentando reparar o erro cometido. Vejam o vídeo é hilário!


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os Desagradáveis e Incômodos Buracos de Fortaleza

O artigo da Prefeita Luizianne Lins no O Povo de hoje que versa sobre a, para lá de desgastada, questão dos buracos de Fortaleza é digno de comentário. Eu escrevo mensalmente naquele espaço e sei como é difícil passar uma mensagem em espaço tão diminuto. Ela conseguiu uma proeza. Tem mensagem ali para um caderno inteiro.

Mesmo que em sua linha mestra, o objetivo seja o de reconhecer que tem realmente muito buraco na cidade e discutir as causas e possíveis soluções, o que mais me chamou a atenção foi a relativização inicial do problema. A primeira frase é simbólica: os buracos são incômodos e desagradáveis. Algo como uma espinha, uma acne. Ou seja, chato, mas periférico, que não é essencial. Depois escreveu um parágrafo inteiro onde tentou caracterizar aqueles que não sabem dos serviços que a Prefeitura desenvolve.

Imaginemos qualquer munícipe que não tem filhos na escola pública, portanto não tem dimensão das melhorias na educação Municipal. Paga um plano de saúde que o faz não depender exclusivamente da saúde pública (mas quase dois milhões de pessoas dependem). Tem casa própria ou alugada, portanto não precisa de casas dadas ou reformadas pela Prefeitura - que já beneficiaram mais de 37 mil pessoas. Tem carro, então não usufrui dos avanços no transporte coletivo.

Bingo! Sou um desses munícipes (sem culpa)!

Depois de criar a classe daqueles que podem se sentir incomodados com os desagradáveis buracos ela continua e diz:

Talvez nesse momento ele lembre da Prefeitura!

Preciso dizer que não é só quando passo nos buracos que me lembro da prefeitura. Sou obrigado a fazer isso anualmente ao pagar o IPTU e mensalmente ao pagar ISS e todos os outros impostos e taxas, mesmo que não arrecadados diretamente pelo município, como a tarifa de iluminação pública, IR, etc.

Ainda por cima me pergunto: será que aqueles que fazem parte dos que “percebem” a Prefeitura também não percebem os buracos? Creio que sim. Percebem porque o trânsito para os ônibus também fica prejudicado com a buraqueira. Percebem porque os ônibus quebram. Percebem porque é feio. Enfim, percebem porque é o dinheiro deles também.

Essa me parece a falha fundamental do discurso de Luizianne. Ela tem uma tendência a considerar o problema da mobilidade urbana como uma questão ideológica de luta entre classes. Em especial, aqueles que têm carros e aqueles que não os têm. Não vou nem entrar no mérito da qualidade do serviço coletivo de transporte urbano, mas uma coisa é fato: ele ocorre sob as ruas e consequentemente quem dele faz uso “se lembra” da prefeitura a todo momento.

O que a Prefeita parece não conseguir perceber é que ela está ficando estigmatizada como alguém que não cuida da cidade. Esse é o ponto! Os buracos são somente um dos sintomas evidenciados pelo tratamento ruim que a cidade vem recebendo. As ruas mal sinalizadas, o descaso com o uso inadequado do espaço urbano  e a sujeira das ruas se integram naturalmente aos buracos para aumentar essa sensação. Não adianta querer ideologizar muito, pois o exemplo concreto do cotidiano é muito forte.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Salve o Tibet!


A febre dos sites de compra coletiva não para de aumentar. Aqui no Brasil diariamente surgem novos. Para os que ainda não conhecem a ideia, trata-se de sites que conseguem promoções na aquisição de produtos feita por um grupo de pessoas. Exemplos desses sites são obônus, barato coletivo, Peixe Urbano, clickon.

Groupon http://www.groupon.com.br, o mais poderoso deles no mundo, já está tão forte que se deu ao luxo de encaixar uma propaganda durante o maior evento esportivo dos EUA, a final do campeonato americano de futebol americano, o Super Bowl. A corrida para ter um espaço publicitário lá é algo compreensível. Poucos eventos chamam tanta atenção do público que, mesmo em crise, é o maior comprador do planeta.

O grande problema é que Groupon não poderia s ter chutado tão para fora como fez. Montou uma campanha baseada nos perigos que corre a cultura tibetana, mas somente com o objetivo de dizer que era possível se servir de comida tibetana em Chicago por 70% do preço normal (caso os usuários acessasem o site, é claro).

As conseqüências à Groupon não têm sido nada boas. Uma chuva de comentários negativos começou a cair inclusive com campanhas para que se compre do concorrente. Groupon não deu muito o braço a torcer, mas reconheceu que faltou deixar claro na propaganda que parte do valor arrecadado com as compras do restaurante iriam para uma campanha de solidariedade ao Tibete. Acredite se quiser!



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ciência Motivacional


Nesse fim de semana, quando uma malvada virose me permitiu, estive assistindo o vídeo da palestra de Dan Pink no TED Oxford. Ele retoma a questão cujo a qual já discorri aqui no blog e que tem Dan Ariely, autor de Predictabily Irrational” como a voz mais ativa: a economia comportamental

Pink volta à questão do que motiva as pessoas e o caráter deletério que as recompensas financeiras podem ter. Em particular, ele dá exemplos de tarefas criativas e de como as pessoas reagem negativamente quando instigadas a desenvolvê-las por recompensas financeiras. Em tarefas onde se exige esforço mecânico e continuado as recompensas financeiras funcionam bem. Mas o mundo dos negócios hoje em dia se baseia de mais em mais em atividades criativas.

O exemplo da estratégia da Google de dar 20% do tempo do trabalho para o funcionário fazer o que desejar é mencionado como uma prática adequada para esse novo contexto. Cerca de 50% dos novos produtos da Google nasceram dos próprios funcionários justamente nesse momento em que têm tempo livre. A motivação que os move é a de poder criar algo novo e atrelar seu nome a isso.

A palestra começa com uma historinha de um exercício criativo que é bem interessante: o problema da vela. Veja a figura abaixo com tachinhas, fósforos e a vela. Como fazer para acender a vela suportá-la na parede de forma que a cera não caia na mesa. A resposta está no vídeo, mas saibam que pessoas recompensadas com dinheiro para terminar essa tarefa mais rápido acabam por realizá-la de forma mais lenta do que um grupo sem esse tipo de incentivo.



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mais Efeitos da Era WikiLeaks

No final do ano passado, no auge da questão WikiLeaks, escrevi alguns artigos sobre o que pensava da questão. Vejam um trecho de um de meus artigos:

O jornalismo está em cheque também. Novos desafios aos jornalistas se impõem nesse tipo de contexto. Como aproveitar a inteligência do público para gerar uma longa lista de matérias, e ainda por cima, aumentar a credibilidade das mesmas. Ou por outro lado, como filtrar as informações e decidir o que vale a pena ou não ser publicado de forma rápida. Na verdade, o grande jornalista do futuro será aquele que vai ser procurado diretamente pelos denunciantes ao invés de lançarem diretamente em sites tipo Wikileaks.

Pois vejam só o que li recentemente. O reputado The New York Times começa a estudar como criar uma linha aberta e com a mais estrita segurança para receber contribuições de quem deseja promover vazamentos. Embora nada tenha sido definido sobre como essa linha para vazamentos vá funcionar, sabe-se que eles precisam agir rapidamente. A concorrência saiu na frente. A rede de televisão árabe Al-Jazeera já criou uma linha dessas que passou a chamar de Unidade de Transparência. Há inclusive rumores que documentos secretos sobre violações de direitos humanos pelo exército israelense já chegaram aos jornalistas da rede árabe.

E cá por essas bandas? Algum meio jornalístico se atreve a abrir um canal de transparência como os que aparecem ailleurs?


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nova Versão de WikiCrimes no iPhone


Acaba de ser lançado na Apple App Store uma nova versão de WikiCrimes Mobile. Com ela será Possível consultar onde é perigoso, mas igualmente registrar um crime.

Trata-se de uma versão com grandes mudanças e com uma interface toda preparada para as mais novas versões do sistema operacional iOS 4 da Apple. A implementação deveu-se ao trabalho incansável de Daniel Valente, aluno recém-chegado ao Mestrado em Informática Aplicada (MIA).

Antes que alguém venha brincar que registrar crimes é difícil porque o celular é uma das primeiras coisas a ser roubada em um assalto, lembro que não necessariamente vitimas devem registrar crimes. Acreditamos que WikiCrimes Mobile pode ser uma importante ferramenta para profissionais como jornalistas que queiram registrar os fatos que presenciam diretamente do local onde ele ocorreu.

Vejam abaixo algumas das telas de WikiCrimes Mobile. Se quiser saber mais sobre WikiCrimes Mobile clique aqui.