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terça-feira, 31 de julho de 2007

A Cultura do Compartilhamento Através de Avaliações Coletivas

Outro exemplo da emergência da cultura do compartilhamento é o crescente aparecimento de avaliações de produtos e serviços na Web. Nos Estados Unidos isso já está totalmente consolidado. As pessoas ao irem a um cinema, hotel, comprarem um produto em uma loja, enfim em qualquer ação de consumo realizando um serviço ou comprando um bem, vão a Web e fazem uma avaliação deste serviço ou produto. É incrível como isso proliferou. Já faz parte do hábito do consumidor americano ler as avaliações (em inglês, chama-se review que ao pé da letra seria revisões em português). O mais interessante e que caracteriza perfeitamente a cultura do compartilhamento é que as pessoas fazem isso por puro voluntarismo, movidas pelo interesse de compartilhar com os outros suas experiências e opiniões. Por se tratar de avaliações feitas por pessoas que vivenciaram o serviço ou experimentaram um produto, elas ganham credibilidade mesmo que não sejam realizadas por especialistas. Isso não significa dizer que não existam avaliações de especialistas. Na verdade, identifiquei dois tipos de avaliações. Há sites especializados que realizam avaliações técnicas por especialistas, normalmente de produtos como o site CNET onde especialistas em eletrônica e computação fazem avaliações de produtos eletrônicos. Por outro lado, há os sites de prestação de serviço como as agencias de viagens que proporcionam espaço para os clientes avaliarem os produtos que lhes foram fornecidos. A livraria virtual Amazon possui um espaço para avaliações de livros feitas pelos leitores. Na minha estada em Stanford tive a oportunidade de assistir uma palestra do vice-presidente de pesquisa da Yahoo que disse que o futuro da web estará ligado a uma maior exploração dessa enorme base de avaliações que esta disponível atualmente e que cresce sem cessar. A idéia é que seja possível automaticamente aferir uma reputação ao produto ou serviço através das avaliações disponíveis. Cabe aqui novamente reforçar as recomendações de livros que discorrem sobre esse fenômeno: The Wisdom of Crowds (A Sabedoria das Massas) que está sugerido na coluna ao lado e Wikinomics (clique aqui para saber mais sobre o livro).

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Qualificando a Marca dos Países

Estive lendo o relatório da Simon Anholt chamado Nation Brand Index (NBI) que descreve o estudo feito sobre o quanto vale a marca de um país. Periodicamente o NBI mede a percepção das pessoas quanto às características dos outros países segundo seis diferentes ângulos: investimento e imigração, cultura, exportação, povo, governança e turismo. A perspectiva do investimento e imigração, visa medir o quão inclinadas a migrar ou investir no país as pessoas são. A dimensão cultural é medida pela percepção que as pessoas têm das músicas, artes, filmes e esportes. Em relação ao ângulo das exportações, os entrevistados são perguntados sobre o quão suscetíveis eles são para comprar produtos advindos de um certo país. A dimensão das pessoas é medida através da sensação de amizade, não preconceito e competência das pessoas do país avaliado. A dimensão governança é medida por critérios como o quanto os governos são democráticos, não corruptos e buscam a paz e a segurança mundial. Por fim o aspecto do turismo permite avaliar as belezas naturais e histórico-culturais do país. Surpreendentemente o país mais bem colocado é o Reino Unido. Entre os dez primeiros colocados sete são países da Europa ocidental (Canadá, Austrália e Japão são as exceções). Os Estados Unidos ocupam a 11ª posição e o Brasil a 19ª. O Brasil sai-se muito bem nos critérios “soft” como cultura, povo e turismo. No entanto, as pessoas não conseguem associar qualidade a produtos e serviços feitos no Brasil. Em particular, o critério relativo à imigração e investimento, é o que mais acredito ser representativo. Mesmo tendo uma avaliação super positiva do povo e da cultura do país, quando perguntados sobre se quereriam morar e trabalhar no País, o Brasil não é dos mais cotados. Ou seja, as pessoas têm uma visão positiva do País, mas acham que é só para passear, não para viver e trabalhar. Isso certamente tem reflexos nas decisões de investimento de estrangeiros no Brasil. Dinamarca e Holanda são os países que mais crescem nesse critério. O relatório completo pode ser obtido no site da Simon Anholt clicando aqui.

sábado, 28 de julho de 2007

Mastercard na Espanha

Divertidíssimo essa que o blog kibe loco (www.kibeloco.com.br) pegou. Uma propaganda espanhola da Mastercard em que uma caipirinha custa R$ 32,00. Isso mesmo trinta e dois! A turma não deixou passar essa e emendou: “vender caipirinha de R$ 32,00 para gringo, decididamente, não tem preço”.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Comprando Pizza no Futuro

Este vídeo que achei no YouTube é representativo de uma corrente de pessoas que está começando uma batalha para o uso politicamente correto da Web. Uma das coisas que mais preocupa as pessoas é a questão da privacidade. Dados pessoais estão disponíveis em diversos sites e cada vez mais tecnologias como a Web Semântica (clique aqui e aqui para acessar textos sobre isso) vão permitir a integração automática desses dados. O vídeo abaixo, em inglês, comporta uma crítica irônica de como a tecnologia vai avançar. Um simples sistema de uma pizzaria possuirá tanta informação sobre as pessoas que um cenário amedrontador pode ser vislumbrado. No vídeo, o diálogo da atendente com um solicitante é divertido, pois a atendente conhece todos os hábitos de consumo do solicitante. Quando o solicitante pede uma pizza de carne, a atendente diz que ao preço deve ser adicionada uma taxa e que o cliente tem que assinar um termo isenta a pizza de qualquer responsabilidade. Tudo isso porque como a pizza é de carne e o solicitante tem colesterol alto e hipertensão (descoberto automaticamente), a pizza poderá provocar danos a saúde (na tela aparecem os problemas de saúde do cliente como impotência e eczema). A atendente sabe os livros que o cliente comprou, sabe das passagens aéreas compradas para ir ao Hawaii, e até dos itens comprados no supermercado (inclusive 48 camisinhas). Vale a pena conferir.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Mercado de Desenvolvimento de Software Off-shore no Ceará

No mês de Abril escrevi que achava que a profissão de informática passava por uma espécie de crise de identidade (veja o texto clicando aqui). Não me é muito clara a direção que ela está tomando mesmo para um futuro em médio prazo. Tenho gradativamente aumentado esse sentimento (reconheço que não muito confortável para um professor na área), principalmente após a minha participação nas reuniões de um grupo de estudo coordenado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará que se propõe a elaborar um plano estratégico para o setor de Tecnologia da Informação no Estado. Este grupo tem por objetivo definir políticas de desenvolvimento para o setor e um dos temas recorrentes refere-se à definição de estratégias de formação de mão de obra. Essa questão toma proporções ainda mais relevantes quando se pensa a atender o mercado internacional de empresas de software. Os países em desenvolvimento como os EUA e a Inglaterra, por exemplo, tem contratado empresas na Índia para desenvolver softwares que serão usados em seus países. Isto tem sido cunhado de desenvolvimento off shore (ao pé da letra seria fora do porto em português). A infraestrutura de comunicação mundial estabelecida com a Internet e a tecnologia de redes existente permitem que tais atividades sejam desenvolvidas transparentemente em locais totalmente diferentes das sedes das empresas. Para as contratantes a atração principal desse modelo é a redução de custos, pois em países em desenvolvimento como a Índia se consegue serviço de boa qualidade com salários baixos. Os modelos indianos e recentemente os chineses deram certo porque nesses países havia, e ainda há, uma grande quantidade de mão de obra qualificada e muito barata disponível. Esta não é bem a realidade brasileira, principalmente porque não há tanta oferta de pessoal, embora alguns casos de sucesso nacionais nessa direção já possam ser identificados. A IBM de Hortolândia em São Paulo, por exemplo, possui cerca de cinco mil funcionários que fazem desenvolvimento de software para serem usados pelas próprias fábricas e escritórios da IBM ao redor do mundo. Exemplos como esse e estudos de consultorias internacionais indicam que o Brasil também tem condições de se tornar um desses paraísos de off shore. O Estado do Ceará, sabendo dessa possibilidade, tem buscado criar condições para que o desenvolvimento econômico nesse setor se torne realidade no Estado. O principal problema é que a maioria do pessoal necessário para desenvolvimento off shore é de programadores e a quantidade necessária para atender a demanda é normalmente bem maior do que as Universidades e Faculdades cearenses hoje lançam no mercado. Por esta razão urge um forte investimento em qualificação de pessoal que poderá assim resultar na criação de um novo nicho para o profissional de informática com a captação deste mercado. Uma das idéias é investir na formação de um profissional técnico mesmo sem a base acadêmica tradicional de cursos de ciência da computação, mas com qualificação em matemática e áreas afins que o permitam ter a abstração necessária para ser um bom programador de computador. Várias alternativas têm sido estudadas dentre os quais menciono a formação de programadores já no nível médio e a requalificação de desempregados de nível superior. O debate no tema está longe de se exaurir e não se pode dizer com certeza se os resultados de tais estratégias trarão o retorno desejado. O fato é que tal situação serve para reforçar o que já sabíamos, mas infelizmente não temos sido capaz de reverter: é preciso um forte investimento na formação de pessoas para se aproveitar as oportunidades da sociedade do conhecimento. Como lamentar-se não levará a lugar nenhum, só nos resta começar logo a agir, pois antes tarde do que nunca.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Simulações Computacionais Para Auxiliar o Policiamento Preventivo

Um dos projetos de pesquisa que coordeno na Universidade de Fortaleza (UNIFOR) visa auxiliar a Polícia a planejar a alocação da força policial. Neste projeto estamos desenvolvendo software para ajudar a entender onde o crime ocorre e que medidas podem ser tomadas para controlá-lo. Trata-se de um trabalho inovador com caráter eminentemente prático e que vem sendo desenvolvido há quase cinco anos. O primeiro software produzido no projeto foi ExpertCop que se destina a auxiliar a capacitação de policiais. Em 2005, ele foi utilizado em curso patrocinado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), onde policiais de todos os Estados do país foram treinados. Os avanços científicos obtidos no projeto têm sido respaldados por mais de uma dezena de publicações nacionais e internacionais produzidas pela equipe que trabalha no projeto. Dentre essas publicações, ressalto a publicação no congresso internacional de segurança e informática, onde tive a oportunidade de apresentar uma parte do trabalho ano passado em San Diego, na Califórnia. Outra publicação relevante foi feita em uma das revistas mais tradicionais de Inteligência Artificial a revista AI (Artificial Intelligence) Magazine. O projeto foi inicialmente desenvolvido com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), mas a iniciativa privada também contribuiu com investimentos da Motorola do Brasil fazendo uso da lei de Informática (incentiva investimento em pesquisa em Informática com contrapartida em abatimento de impostos). A Secretaria de Segurança do Ceará foi parceira de primeira hora e muito da inteligência do sistema advêm de entrevistas com policiais deste órgão. Recentemente, a Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal (FINEP) investiu na Empresa cearense IVIA que está contratando a UNIFOR para avançarmos no desenvolvimento de software de simulação para suporte a decisão. O projeto SIMPOL está começando neste mês e será desenvolvido nos próximos dois anos. Darei maiores informações sobre o SIMPOL com o avanço do projeto. Abaixo coloquei um vídeo, disponibilizado no YouTube pelo Leonardo, um dos integrantes da equipe, gerado no início do projeto. ExpertCop já evoluiu bastante, mas as idéias descritas no vídeo ainda estão bem atuais. Outras informações podem ser obtidas aqui.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Onde Está o Fair Play do Público no Pan Americano?

Muito se tem dito que os jogos pan-americanos no Rio serviriam de teste para saber se o Brasil tem como sediar uma copa do mundo ou mesmo os jogos olímpicos. Diz-se que o Pan serviria para avaliar a questão da infra-estrutura dos estádios, ginásios, complexos esportivos, bem como a infra-estrutura da cidade em geral, particularmente em relação à segurança pública. Acho que esquecemos um fator determinante e que não tínhamos percebido que estamos muito mal. Precisamos melhorar muito nossa postura enquanto espectador de um evento esportivo. A postura da torcida, em muitos momentos, é lamentável e reveladora de nossa falta de educação. O público parece que estava sedento por vaias. Começou vaiando o presidente Lula na abertura. Estaria o público vaiando o fato de o Governo Federal ter bancado o estouro do orçamento da festa e dos jogos (o que, aliás, é sim, um acinte)? Não creio que tenha sido essa a razão. Com o desenrolar dos jogos ficou evidente que a falta de educação do público tinha uma dimensão maior do que uma vaia por motivações políticas. Logo no início dos jogos as vaias destinadas às ginastas adversárias deixaram os próprios (as) atletas brasileiros (as) incomodados. Várias outras situações constrangedoras vivenciadas pelos atletas ocorreram. Vaiar atleta americano no pódio, então, nem se fala, virou rotina. Os lamentáveis episódios de vaias e de violência contra atletas cubanos e árbitros no judô foram mais um exemplo. Não há justificativa para isso. Torcer pelas equipes e atletas brasileiros fazendo barulho, gritando e vibrando é mais do que normal. O que não se pode é desrespeitar os adversários, muito menos após o final da competição como nas premiações. O público brasileiro conseguiu se portar raivosamente talvez contagiado pela forma violenta que cada vez mais caracteriza as torcidas em estádios de futebol. Há que existir respeito pelos atletas que, independentemente do país que representam, são merecedores de admiração. Eles representam a perseverança, a obstinação, a luta pela quebra de seus próprios limites e acima de tudo fair play. O consolo é que os atletas brasileiros demonstram que entendem bem esses conceitos. Além das declarações dos ginastas, insatisfeitos com a postura da torcida, os judocas brasileiros se juntaram aos cubanos para saudar e aplacar a ira do público. Mesmo no Handball os atletas brasileiros tiveram o domínio para evitar maiores violências contra os Argentinos. Acredito que temos que torcer muito pelos atletas brasileiros, que merecem todo nosso apoio, mas respeito pelos outros e reconhecimento dos vencedores é o que o espírito olímpico exige.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Exemplos de Redes Small World

Continuando no tema que vinha discorrendo no texto anterior, a rede de artistas de cinema, por exemplo, é uma rede Small World, pois a distância que existe entre dois artistas de cinema a partir de filmes que eles atuaram é sempre muito pequena (em média seis conexões). Suponha a título de exemplo que queremos analisar a distância de Lima Duarte a Kevin Bacon (dois atores que aparentemente deveriam estar bem distantes). Poder-se-ia verificar que ele tinha atuado com Sonia Braga que tinha atuado com Robert Redford que atuou com Kevin Bacon (somente três passos). Muitos sites hoje em dia promovem um serviço para encontrar as conexões entre artistas a partir de bancos de dados de filmes e músicas. Vejam, a título de exemplo, em um site da Universidade de Virginia nos EUA, que a distância há entre qualquer artista ao superconectado ator Kevin Bacon (clique aqui para acessar). Descobri em outro site, que Gilberto Gil e Phill Collins, dois cantores aparentemente que não tem muito a ver um com outro, estão conectados por apenas seis links (clique aqui para saber quais são essas conexões e realizar outras consultas em uma base de cantores). Em função de seis ser em média o número de conexões de uma rede Small World, este fenômeno é também conhecido de seis graus de separação (six degree of separation já foi título de filme. Clique aqui para saber mais sobre o filme). Como já disse em texto anterior, não é só no mundo das celebridades artísticas se identifica claramente as redes Small World. Ela está junto de nós. Basta você mesmo que está lendo este blog fazer um pequeno exercício. Quantas conexões lhe separam do Presidente americano George Bush? Você acha que ele está muito longe? Pensem e me digam.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A Ciência das Redes Explica Porque o Mundo é Pequeno

Um dos livros sugeridos na coluna ao lado, chamado Linked, discorre sobre um dos temas mais fascinantes que tenho estudado recentemente e que alguns pesquisadores têm batizado de ciência das redes. Trata-se de um tema multidisciplinar em que físicos, biólogos, economistas, cientistas de computação e psicólogos dentre outros têm se debruçado. A idéia básica por trás destes estudos refere-se ao fato de que redes tanto naturais (por exemplo, rede de células) como artificiais (como redes de relacionamento entre pessoas) possuem uma forma (dita topologia) padrão. Isso faz como que as mesmas compartilhem várias propriedades dentre as quais o fato de possuírem um diâmetro pequeno (que significa que a distância média entre quaisquer dois pontos da rede não é longa). Outra propriedade importante dessas redes é o fato de possuírem pontos concentradores (hubs) que são largamente conectados. O primeiro a perceber isso foi um psicólogo americano chamado Stanley Milgram que realizou o seguinte experimento. Ele enviou aleatoriamente cartas a diversas residências da cidade de Omaha (no Estado de Nebraska) solicitando que as pessoas as repassassem diretamente a um destinatário em Boston (Estado de Massachussets). Caso a pessoa não conhecesse diretamente o destinatário, ela deveria repassar a carta para alguém com maior probabilidade de fazê-lo. O objetivo de Milgram era saber em quantos passos as cartas chegariam ao destino. Ao final do experimento ele concluiu que em média a carta viajava seis conexões até o destino. Ele assim abriu o campo de pesquisa para se entender as redes Small World (mundo pequeno) que foram como elas passaram a ser conhecidas. A partir de então vários estudos foram sendo feitos com o objetivo de verificar se algumas redes compartilhavam as mesmas propriedades de uma rede Small World. Pesquisas em diferentes domínios foram mostrando que redes tipo small world são mais freqüentes do que se poderia imaginar e que elas estão presentes em contextos naturais como artificiais. A rede de aeroportos mundiais, por exemplo, segue a topologia Small World, pois se pode chegar de qualquer parte do planeta a outro lugar com menos de seis conexões. Na área de saúde, por exemplo, ele permite compreender a velocidade com que vírus se propagam entre pessoas e com epidemias podem ser evitadas. Permite igualmente compreender a estrutura do DNA e de proteínas que parecem se estruturar seguindo a mesma forma. Na UNIFOR estou estudando essas redes em dois contextos diferentes. Estamos verificando como elas podem ajudar a realizar explicações de relacionamentos entre pessoas na web 3.0 e como elas podem ser importantes no contexto das simulações criminais a partir da compreensão de redes de criminosos. Em breve discorrerei mais sobre esses temas.

terça-feira, 17 de julho de 2007

“Y se sabe, Brasil es Brasil, tenga los nombres que tenga” e “Que Vença a Argentina!”

Ao ler as duas frases que fazem o título deste texto me motivei a refletir um pouco sobre o jogo Brasil e Argentina de Domingo. A primeira frase, que está em castelhano, li no site do jornal argentino El Clarin (ela diz basicamente que “é sabido que Brasil é Brasil qualquer que sejam os jogadores”). A outra frase foi escrita no blog de esporte do Jornal O Povo um dia antes do jogo. Primeiramente, tenho que dizer que minha admiração pelo futebol é acima de tudo uma admiração pelo esporte. Não me canso de observar como ele pode nos surpreender, pregando-nos peças incríveis. Evidentemente que sendo brasileiro este sentimento de admiração pelo esporte logo transborda para sentimentos de prazer e orgulho (não há como negar a virtude de nossos futebolistas desde a criação do esporte). Em um texto passado refleti sobre a noção de patriotismo brasileiro e o amor ao futebol (clique aqui para acessar). Algo que a grande maioria dos brasileiros não consegue dissociar. No entanto, não quero entrar nesta seara aqui. O jogo de domingo e a reação de parte da imprensa me levou a refletir o quanto este esporte consegue pregar peças nos jornalistas também. Boa parte da imprensa tentou ressuscitar o debate jogo bonito e perdedor versus jogo feio e vencedor. Exemplar disso foram os jornalistas cearenses do jornal O Povo que assinaram em grupo um texto que argumentava que “para o bem do futebol a Argentina deveria ganhar”. Acho que o jogo (e não só o resultado) pregou uma peça nesta parte da imprensa. O debate jogo feio versus jogo bonito foi por água a baixo. Não se pode dizer que o Brasil jogou feio. Um time equilibrado taticamente, compacto, com disposição defensiva e realizando contra ataques pontiagudos (normalmente com "um-dois" que era até então o estilo argentino de jogar). O golaço de Julio Baptista já foi motivo de embelezamento do jogo independente de qualquer coisa. Sobre a frase "que vença a Argentina”, quanta infelicidade! Não porque ache que é antipatriótico dizer isso, mas acho que não cabe a jornalista tomar partido em uma disputa deste nível e, ainda por cima, sob o prepotente argumento de que isso é para o bem do futebol. O futebol é o que é, justamente porque é sem lógica, sem nexo, surpreendente. De certo não temos uma seleção que possa ser considerada favorita em qualquer competição que participe. Nem se pode dizer, depois que o time ganhou, que todos são craques. Mas como os argentinos do El Clarin disseram com sabedoria, a seleção brasileira é reconhecidamente forte quaisquer que sejam os jogadores convocados. A seleção é cheia de deficiências e está longe de ser um time dos nossos sonhos. Reconhecer as limitações foi a grande virtude da comissão técnica e da equipe. Isso permitiu a realização de um plano de jogo bem delineado e que levou a um futebol, senão vistoso e envolvente, mas objetivo e vencedor. Querer insistir no debate Feio vs Bonito e de que a equipe deveria ter perdido para mostrar os podres da CBF, etc. simplesmente não é pertinente.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Legrand e Morricone

Estou em débito com o grande amigo Bill Clancey quando lhe prometi o link para dois dos maiores compositores de músicas de filme de todos os tempos: o Francês Michel Legrand e o italiano Ennio Morricone. Graças ao YouTube, posso pagar o débito com grande estilo. Abaixo duas pérolas destes gênios. Legrand com seu clássico Les moulins de mon coeur tema do filme The Thomas Crown Affair (Thomas Crown – A Arte do Crime) com Steve McQuin e Faye Dunaway (1968) que ganhou Oscar de melhor música no mesmo ano. Aliás, muitos pensam que esta música é inglesa, pois sua versão “The Windmills of Your Mind” ficou muito popular, principalmente depois do remake de 1999 com Pierce Brosman e Rene Russo com a música sendo cantada por Sting. Vejam o próprio Legrand cantando e no piano em um apresentação da televisão francesa France 2.

Da mesma forma que Legrand, a obra de Enio Morricone é imensa e toda de altíssima qualidade. No entanto, não há como não mencionar a magistral composição Gabriel’s Oboe do filme The Mission (A Missão). Um filme magnífico que não poderia ter música diferente. Vejam esta gravação com o próprio Morricone na regência.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Jogando Wii

O jogo da Nitendo Wii (pronuncia-se Uí) que não é ainda muito popular por essas bandas, principalmente pelo preço, é uma verdadeira quebra de paradigma em se tratando de jogos eletrônicos. Nunca fui muito chegado a jogos eletrônicos. Quando fui convidado para jogar tênis(no Wii) na casa do amigo Walfredo, confesso que não me motivei. Mas foi uma experiência interessantíssima. Primeiro, o Wii acaba aquela coisa de ficar sentado apertando botões de console que já me deixa incomodado. Vem-me logo a imagem de alienação, preguiça e acumulação de calorias. No jogo de Tênis do Wii foi bem diferente. Antes mesmo do jogo começar, já tinha dado para perceber a diferença. Precisei aprender a usar a raquete que é o próprio controle remoto (chamado Wiimote). Depois quando o jogo começou, percebi que não tinha nada de passivo, sem sedentarismos. É pura malhação. A gente movimenta o controle como se estivesse batendo na bola. É perfeito o nível de precisão e de como o jogo captura os movimentos da raquete. Abaixo posto uma propaganda que permite ver as diversas possibilidades que o jogo traz.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

O Sucesso de Rembrandt



Em Maio escrevi um texto que incentivava a todos a visitarem a exposição Rembrandt na UNIFOR (clique aqui para ver o texto). Fiquei extremamente motivado com a iniciativa louvável da UNIFOR. Agora que a exposição terminou recebi esta mensagem, postada ao lado, descrevendo alguns números da iniciativa. Clique na foto para ler o texto em detalhe.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Abaixo o Relaxogozismo!

Nossos políticos têm a rara habilidade de cometer gafes e o “relaxe goze” dito pela Ministra do Turismo, Marta Suplicy é um exemplar magnífico disto. Ao ler a coluna de João Ubaldo Ribeiro no Jornal O Diário do Nordeste de Domingo (oito de julho) deparei-me com a imaginativa expressão “Relaxogozismo” que intitula este texto. Da mesma forma que João Ubaldo, acho que essa expressão é emblemática não só da postura governamental diante dos atrasos em aeroportos, mas igualmente de um estado de espírito que risca nos tomar de conta. Trata-se de um sentimento sistemático, que nos invade gradualmente. De tanto sermos bombardeamos com escândalos e falcatruas, apresenta-se o sentimento de indignação mas igualmente o de impotência perante o que está posto. Expressões tipo “Não tem jeito!”, “Ninguém é punido mesmo” e “Todos são assim!” são parte de nosso cotidiano quando realizamos nossas análises as mais simples dos políticos, das instituições e enfim do país. Esse sentimento tende a levar-nos ao imobilismo, a passividade e a resignação. Enfim o relaxogozismo começa a se apresentar em suas diferentes formas. A quem interessa este estado de espírito? Me parece claro que os maiores beneficiários de atitudes relaxogozistas da população são os mesmos que abusam e se elocupletam do poder. Temos que reafirmar nossa confiança de que as coisas podem melhorar através da vigilância, da cobrança, mas acima de tudo das ações que sirvam de exemplo. Volto aqui a lembrar a tecla que tenho repetidamente batido neste blog: vamos fazer a nossa parte, mas não no sentido egoísta, individualista e revanchista de querer se igualar as nossas elites. Desistamos de buscar exemplos nas elites. Invertamos essa lógica. O lema é fazer a coisa certa. Digo isso pensando primordialmente na classe média, pois acredito piamente que as transformações de um país ocorrem quando a classe média age como motor das mudanças. Ela tem condição de dar exemplo, tem educação suficiente para perceber as melhores direções e tem condições de influenciar as massas. As classes médias em todos os países são sempre as responsáveis pela contaminação de idéias, pois além de estarem próximos dos que as produzem são os pioneiros em implantá-las. No entanto, no Brasil é exatamente essa classe que está sendo tomada pelo relaxogozismo. Ela não vive de bolsa família nem de rendimentos de aplicações financeiras. Tem crise de identidade. É esta classe média que não pode relaxar e que tem que confiar que “quem goza por último ... “.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Empreendedorismo na USP

Estive esta semana participando do encontro brasileiro de Inteligência Artificial no Rio de Janeiro. O evento aconteceu no Instituto Militar de Engenharia (IME) na Praia Vermelha juntamente com outros seminários e com a conferência geral da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Tive oportunidades de fazer contatos com colegas sobre diversos assuntos de pesquisa, tecnológicos e acadêmicos de uma forma geral. Coincidentemente, a USP esteve presente ativamente nas minhas conversas em dois momentos diferentes (e por razões diferentes). Com alguns colegas professores daquela Universidade tive a oportunidade de discutir sobre a questão da invasão da reitoria pelos alunos e sobre a crise que momentaneamente eclodiu naquela Universidade. As conversas não me ajudaram muito a entender o porquê da reação tão virulenta dos alunos. Acredito que a questão político-partidária teve fator determinante, mas ainda não tenho condições de fazer uma análise mais criteriosa sobre o assunto. O outro momento em que a USP fez parte de minhas conversas, foi em um agradável almoço que tive com alguns colegas e em que tive a oportunidade de conhecer o Prof. Imre Simon. Ele é um renomado pesquisador na área de computação e matemática e uma referência para diversos alunos que já orientou e ensinou. Tive a oportunidade de tomar conhecimento de um projeto que ele empreende na Fundação de Pesquisa de São Paulo (FAPESP) que criou uma incubadora virtual com o objetivo de “ promover e facilitar o desenvolvimento cooperativo de conteúdo digital aberto de qualidade, de viés acadêmico, tecnológico ou social. Ela proporciona, através da internet, uma infra-estrutura computacional e técnica para produção de conteúdo”. Pude conhecer ainda a paixão do Prof. Imre pelos temas relacionadas à sociedade de produção de conhecimento que tenho tanto mencionado neste blog e que está tão popular depois do surgimento da web 2.0. Em particular, Imre mencionou a admiração que tem pelo livro “The Wealth of Networks” de Yochai Benker (que também é minha), e que tinha sugerido neste blog em Maio (clique aqui para ver o texto ). Ele tem promovido um ciclo de debates em torno de cada capítulo do livro, onde especialistas em diversas áreas dissecam os temas sob a perspectiva de suas especialidades. As sessões são transmitidas ao vivo pela Internet e a próxima delas será no dia 23 de Agosto as 14:30. Clique aqui para acessar o site das transmissões. Na verdade, Imre já tem discutido a questão da produção social desde 1999 com a disciplina “Informação, Comunicação e Sociedade do Conhecimento”. O material que ele usa nas suas aulas está disponível no seguinte endereço pode se acessado aqui. O contato com Imre me deixou mais motivado ainda a continuar minha cruzada de divulgar e ensinar (dentro de minhas possibilidades) a cultura do empreendimento na web. Foi extremamente recompensador saber que alguém de sua estatura como profissional tenha adotado esta bandeira. Até mesmo as dificuldades que soube que ele enfrenta me serviram de motivação, pois se até mesmo ele no contexto de uma grande Universidade brasileira e no Estado mais rico da federação as têm, não teria porque ser diferente comigo.

sábado, 7 de julho de 2007

O SuperComputador Que Não É Só Um.


O desenvolvimento de supercomputadores sempre foi um objetivo da ciência da computação. Alguns desses computadores tornaram-se um mito dentre os quais acho que o Cray 1 é o mais marcante deles. A sua inédita forma em C foi muito propalada. Tive a oportunidade de visitar no Digibarn (museu de tecnologia de Bruce Damer) um Cray 1. Estive literalmente dentro do Cray. Veja a foto ao lado para ter uma idéia do que digo e do tamanho da máquina. A parte inferior que mais parece um banco é para a passagem dos muitos cabos que ligavam seus dispositivos. No entanto, recentemente, a mais nova moda tecnológica é adquirir a mesma potencia computacional de um supercomputador por meio de uma rede de computadores que possam trabalhar paralelamente. A computação distribuída tem avançado muito nos últimos anos e a infraestrutura da Internet permite a construção de redes gigantescas. Um exemplo incrível de que nível isso pode chegar pode ser visto no projeto Folding@Home(clique aqui para ir a página em português do projeto ). Trata-se de um projeto onde mais de 200 mil computadores no mundo todo estão interligados e proporcionam uma potência computacional que já chega a 800 TeraFlops e continua aumentando. Teraflops é uma medida de capacidade de processamento significando que um computador pode processar um trilhão de instruções por segundo (uma calculadora normal processa somente algumas instruções por segundo). A mais recente inovação trata-se da adição na rede das consoles de jogo PS3 da Sony (que são, na verdade, uma espécie de microcomputador). Estima-se que somente a inclusão dos PS3 na rede pode elevar a potência da rede em mais de 100TFLOPS. Os supercomputadores são usados por cientistas que sempre realizam experiências que exigem muito poder computacional. Experiências como a habilidade de reproduzir os fenômenos biológicos com objetivo de encontrar curas para o câncer e Alzheimer é um exemplo do desafio perseguido pela ciência e que precisa poder computacional extremo.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Brasil e Europa Pesquisando Televisão Digital

Esta semana a UNIFOR esteve ciceroneando pesquisadores de várias partes da Europa para discutir televisão digital. Trata-se do projeto SAMBA (System for Advanced interactive digital television and Mobile services in BrAzil – Sistema para televisão interativa digital Avançada e serviços Móveis no BrAsil). Este projeto é financiado pela comunidade européia e visa investigar formas de desenvolvimento de software, hardware e infraestrutura de comunicação para aplicações em televisão digital. Dentre os vários parceiros que fazem parte deste projeto a UNIFOR e a USP representam as universidades brasileiras. Como já comentei em um texto passado (Clique aqui para acessá-lo) a grande inovação da televisão digital no Brasil será a interatividade. Os programas de TV continuariam sendo transmitidos por satélite, mas a TV estaria interligada a Internet por um “canal de retorno” (normalmente pela conexão telefônica). Acredita-se que será uma das mais fortes iniciativas para diminuir a exclusão digital facilitando o fornecimento de informações e serviços para a população que tem dificuldade em acessar a Internet. É exatamente este o foco de SAMBA: prover serviços interativos de televisão digital a baixo custo. Uma das tecnologias presentes no projeto é a PLC (Power Line Communication) que permite que a rede elétrica seja usada como canal de retorno da televisão. Desta forma não seria necessário gasto com infra-estrutura telefônica e se aproveitaria a grande rede de distribuição de energia elétrica que hoje atinge mais de 90% das residências brasileiras. Os testes do projeto SAMBA estão sendo efetuados na cidade de Barreirinhas no Maranhão, onde várias residências estão sendo preparadas para receber sinais da televisão digital e para usar a rede elétrica como canal de retorno para a interatividade. Paralelamente na Itália, mais especificamente na região de South Tyrol, uma outra comunidade está também sendo preparada para ser o ambiente de teste no contexto europeu. Equipes da UNIFOR e da Empresa Create-Net da Itália, realizaram estudos para identificar o perfil dos usuários de televisão nos dois locais. Os resultados destes estudos foram apresentados no encontro desta semana em Fortaleza. Evidentemente que divergências no padrão de uso foram identificadas a começar com o dobro da quantidade de tempo que os brasileiros gastam na TV que os italianos. Outro aspecto relevante, particularmente no que se refere ao desenvolvimento de aplicações para a TV digital, é o fato de que os brasileiros assistem programas de televisão em família, o que não é muito típico nos países europeus (principalmente pelo fato de que muitas pessoas vivem sozinhas). Creio que isso pode ser uma excelente oportunidade para criação de aplicações educativas que atinjam toda a família. Acho que há um espaço próprio para aplicações que façam emergir a cultura do compartilhamento (veja textos que escrevi sobre essa cultura aqui e aqui ). Não poderia deixar de mencionar a excelente organização do evento na UNIFOR, onde a equipe coordenada pela Profa. Elizabeth Furtado foi extremamente feliz em mesclar reuniões de trabalho com atividades lúdicas em intervalos como a apresentação do coral e camerata da UNIFOR, cantando e tocando músicas nordestinas. O ponto alto do encontro foi quando a apresentação dos perfis de usuários da televisão identificados em Barreirinhas foi apresentado no teatro da UNIFOR. Artistas do teatro da UNIFOR encenaram de forma criativa e divertida os diferentes tipos de usuários. Um exemplo excepcional de como a Universidade pode, ao integrar os seus diferentes setores e recursos, por em prática a multidisciplinaridade.

terça-feira, 3 de julho de 2007

As Mil e Uma Utilidades do Iphone


A genialidade de Steve Jobs para empreender já foi comentada neste blog. Sua mais recente aposta é o telefone celular iPhone que teve lançamento no mercado americano na semana passada. Um lançamento, diga-se de passagem, bem concorrido. Ao lado posto uma figura de uma pessoa que conseguiu comprá-lo, mostrando-o como um troféu. Há uma grande expectativa de que este telefone venha revolucionar o mercado por ter, dentre outras novidades, uma nova interface de interação. Esta divertida publicidade do iPhone mostra que as mil e uma maravilhas esperadas no seu lançamento não tem limites e podem ser o maior inimigo do sucesso do empreendimento.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Cultura de Compartilhamento: Você compartilharia seu carro?

Tenho sempre dito aos meus alunos que o empreendedor que deseja investir na web tem uma grande dica a seguir: vislumbrar um negócio que explore alguma possibilidade de compartilhar coisas. Esse tem sido o tom do mundo web com a cultura de compartilhamento como já mencionei em um texto recente (clique aqui para ver o texto). Pois bem, dentro dessa linha, os americanos criaram um serviço inovador de compartilhamento de carros. O site www.zipcar.com explica como o serviço funciona. A idéia funciona como um serviço de aluguel de carros, mas muito mais flexível. A Empresa possui vários pontos de carro espalhados na cidade. O cliente se cadastra na web para poder dizer o horário que vai usar o carro e onde deseja retirá-lo e devolvê-lo. O sistema todo é automático com o uso, pelos clientes, de um cartão de crédito que é passado nos locais de retirada e devolução dos carros. As tarifas variam de sete a nove dólares por hora de uso e ainda podem reduzir quando se consegue fazer um grupo de usuários. Algo que me lembrou o tempo de faculdade quando fazíamos rodízio de carros para economizar. O serviço está disponível em mais de dez grandes cidades americanas e pode também ser usado em algumas cidades do Canadá. A Zipcar tem feito parceria com algumas empresas para prover o serviço para os funcionários das mesmas e assim facilitar a formação de grupos. Enfim, uma iniciativa interessante, ambientalmente correta e com uso forte de tecnologia. É o empreendedorismo tecnológico em essência. Alguém arrisca aqui no Brasil?